INFLUÊNCIA DOS FATORES AMBIENTAIS NO CRESCIMENTO DOS MICROORGANISMOS DO SOLO
Por: mateuslazarin • 13/3/2018 • Trabalho acadêmico • 1.156 Palavras (5 Páginas) • 1.272 Visualizações
UNICESUMAR
CURSO DE AGRONOMIA
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA AGRÍCOLA
PROF.DRA.PATRÍCIA ROSIN CARNELOSSI
INFLUÊNCIA DOS FATORES AMBIENTAIS NO CRESCIMENTO DOS MICRORGANISMOS DO SOLO
ACADEMICO:
MATEUS SOUTO LAZARIN RA: 16077122
MARINGÁ 04 DE JULHO DE 2017
INTRODUÇÃO
A presença de um microrganismo no solo é resultante dos fatores ambientais (abióticos) que limitam a sobrevivência e a atividade dos microrganismos do solo. Os principais fatores abióticos do solo são a temperatura, a salinidade, o ph, as fontes de energia, os nutrientes, substratos orgânicos, e os elementos tóxicos. Sendo que a temperatura, o ph e a atmosfera gasosa são três dos mais importantes fatores físicos que influenciam o crescimento e sobrevivência dos microrganismos.
PH DO SOLO
O crescimento e sobrevivência dos microrganismos são muito influenciados pelo ph do meio ambiente. O ph ótimo para o crescimento microbiano, para o qual é máxima a multiplicação, é aproximadamente no meio do intervalo de ph onde o crescimento ocorre. O aumento ou diminuição do ph leva a uma diminuição da taxa de reações químicas devido à destruição das enzimas celulares e, por conseguinte afeta a taxa de crescimento e finalmente a sobrevivência do microrganismo. Diferentes espécies de microrganismos têm diferentes tolerâncias de ph e este ph específico reflete a adaptação do organismo ao seu ambiente natural.
Cada tipo de espécie é adaptado a um determinado tipo de ph como:
Acidófilos crescem melhor em condições ácidas, com valores de ph de 1 a 5,5. Ótimo ph 3,0.
Neutrófilos crescem e desenvolvem-se em valores de ph entre 5,4 a 8, não tolerando acidez ou alcalinidade. Ph ótimo = 6,0.
Alcalófilos ou basófilos desenvolvem-se a valores elevados de ph entre 8,5 e 11,5, crescendo melhor em condições alcalinas.
Insensitivos ou indiferentes toleram uma ampla faixa de ph.
Para a maioria das bactérias o ph mínimo para o crescimento é 4 e o máximo é 9, sendo o ótimo entre 6 e 8 (neutrófilos). Os fungos preferem ambientes ligeiramente ácidos, sendo o seu ph ótimo entre 4 e 6.
ATMOSFERA GASOSA
Na maior parte das células o oxigênio atmosférico é necessário para o processo bi oxidação da respiração, no entanto há células que não tem o sistema enzimático para a respiração em presença do oxigênio e, por conseguinte necessitam de usar uma forma anaeróbia de respiração ou fermentação. Os microrganismos são classificados em grupos fisiológicos atendendo ao seu comportamento em relação ao oxigênio:
Aeróbios estritos são os que necessitam da presença de oxigênio para crescer e podem fazê-lo numa atmosfera com 21 % de oxigênio (“ao ar”). Estão dependentes da respiração aeróbia, utilizando o oxigênio como aceitador final de elétrons.
Aeróbios ou anaeróbios facultativos são aqueles que crescem em presença ou em ausência de oxigênio. No entanto, crescem melhor em presença do que em ausência de oxigênio, não sendo dependentes do oxigênio atmosférico.
Anaeróbios aerotolerantes são aqueles que não se beneficiam do oxigênio, pois são organismos que utilizam, exclusivamente, processos metabólicos anaeróbios (fermentação). Crescem igualmente bem na presença de oxigênio, pois produzem catálase e/ou superóxido dismutase (ao contrário dos anaeróbios).
Anaeróbios estritos são aqueles que podem ser “intoxicados” pelo oxigênio, que não crescem na atmosfera e não usam o oxigênio. Obtêm energia por processos que não envolvem a utilização de oxigênio (usam processos fermentativos ou respiração anaeróbia).
Microaerófilos necessitam de oxigênio como os aeróbios, mas só conseguem crescer com concentrações de oxigênio menores do que as que existem na atmosfera (• 21%); crescem melhor com concentrações de oxigênio entre 1 e 15%.
TEMPERATURA
Com o aumento da temperatura, a atividade enzimática aumenta até ao ponto em que ocorre desnaturação irreversível da estrutura proteica das enzimas. Cada microrganismo requer um intervalo de temperatura limitado de acordo com a sensibilidade dos seus sistemas enzimáticos ao calor. Assim, para cada espécie temos a considerar:
- temperatura máxima de crescimento: é a temperatura mais alta à qual o crescimento ainda ocorre. Acima desta temperatura a maior parte das enzimas é destruída e o organismo morre.
- temperatura mínima de crescimento: é a temperatura mais baixa à qual o crescimento ainda ocorre. Abaixo desta temperatura a atividade enzimática é inibida e as células ficam metabolicamente inativas de modo que o crescimento cessa
–temperatura ótima de crescimento: é a temperatura à qual a taxa de reprodução é máxima, o microrganismo cresce mais rapidamente; no entanto, não é necessariamente a temperatura ótima ou ideal para as outras atividades enzimáticas da célula. A temperatura ótima para uma espécie microbiana não fica no meio do intervalo de temperatura, é mais próxima do limite superior. A temperatura ótima de um determinado microrganismo está correlacionada com a temperatura do seu habitat normal. Podendo ser classificado com o grau de temperatura:
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