Palma, Milho e Cana
Por: anaarbara • 20/10/2017 • Projeto de pesquisa • 5.819 Palavras (24 Páginas) • 482 Visualizações
ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA JOSÉ NUNES DA MATA
ANA BÁRBARA
LAÍSA PORTO
HELLEM LARISSA
ISRAEL GAVIÃO
GUTEMBERG
EVELYN
PALMA, MILHO E CANA DE AÇÚCAR
Angical-Ba
2016
PALMA, MILHO E CANA DE AÇÚCAR
Trabalhoapresentadoà Escola Família Agrícola José Nunes da Mata, como requisito parcial para a obtenção de nota para a disciplina de Zootecnia.
Professor: Maikon Lemos
Angical-Ba
2016
1INTRODUÇÃO
O desenvolvimento da agricultura tem se caracterizado pelo surgimento, em intervalos distintos de tempos que altera profundamente a situação de equlibrios nas diferentes formas de explorações agricolas.
Diante dessa situação, a região semiárida é caracterizada pela instabilidade climática, limitando às atividades agropecuárias no Nordeste. A concentração daschuvas em poucos meses do ano acarretam em estacionalidade deprodução, com redução da disponibilidade no períodoseco e impactos negativos sobre a viabilidade técnica e econômica daprodução animal.
Neste cenário os palmais se destacam como planta forrageira idealpara mitigar os efeitos do baixo rendimento da pecuária no semiárido.Se bem manejada, a palma é capaz de atingir altas produtividades,garantindo a suplementação dos animais. Pelas composições químicasnão é recomendada em uso exclusivo, mas principalmente compondo obalanço nutricional da dieta e ofertando água aos animais, bem como o seu uso na culinária.
Partindo desse pressuposto, tem-se o milho que é uma das culturas comerciais mais importantes com origens nas Américas, havendo provas de que é cultivado há pelo menos 5.000 anos. Embora de origem tropical, é cultivado em praticamente todas as partes do mundo, visto que o uso do milho em grão como alimento animal representa cerca de 70% do consumo deste cereal no mundo.
Assim, em vista, por conseguinte temos a cana de açúcar que desde que chegou ao país no início do século XVI, junto com as primeiras caravelas, a cana de açúcar se tornou um dos mais importantes cultivos desenvolvidos no Brasil. Atualmente, o país ocupa o primeiro lugar no ranking de produção de açúcar e é o maior exportador de etanol do planeta.
Este estudo apresenta-se como uma possibilidade de repensarmos os paradigmas nas mudanças climáticas e nas perspectivas de aumento na área plantada e na procura por informações sobre a cultura de plantio do tema proposto.
2 PALMA
A palma é originária do México, mas possui ampla distribuição geográfica, sendo cultivada na América do Sul, na África, e na Europa (SOUZA et al., 2008). Largamente difundida no Nordeste brasileiro – recebendo o nome genérico de palma (é, ainda, conhecida por: urumbeta, cacto, cacto-de-cochonilha, palma-de-engorda, palma-miúda, palma-forrageira, palma-doce, palmatória-doce, nopal, cardo-de-cochonilha, cacto-sem-espinhos).
No Brasil sua introdução ocorreu no final do século XVIII (SIMÕES etal., 2005). A priori, era destinada à criação de uma cochonilha(Dactylopius cocus) capaz de produzir corante. Logoem seguida, a planta passou a ser usada como ornamental. E somenteno início do século XX, como planta forrageira. Esse último uso seintensificou na década de 90 quando ocorreram secas prolongadas noNordeste.
A área de cultivo no Brasil é superior a 500 mil hectares (MOURA et al.,2011), predominantemente no Nordeste. Adaptou-se bem ao semiáridopor apresentar aspectos fisiológicos que permitem seu pleno desenvolvimentoem condições adversas e por se constituirenergética de baixo custo.
No Nordeste, o primeiro Estado a introduzir e pesquisar palma foi Pernambuco (LIRA et al., 2006), e até os dias atuais se destaca como grandelíder na produção de conhecimento da espécie. O sucesso dos trabalhos noEstado é devido à boa adaptação da planta ao clima do agreste.
A palma forrageira é uma planta rústica que tem um bom desenvolvimento em região com pouca chuva. Entretanto, informações sobreumidade do ar e do solo, temperatura média do dia e da noite sãodeterminantes na produção.
A palma apresenta uma boa digestibilidade pelos ruminantes, sendo uma alternativa de forragem durante as estiagens nas regiões sujeitas a esta situação climática, nos Estados Unidos da América, México, África do Sul, Austrália e Nordeste do Brasil. Embora adaptável a estes lugares, suas qualidades nutritivas são inferiores às de outras forrageiras, como sorgo, capim-elefante e milho, por exemplo.
Seus valores nutricionais são, em média: matéria seca 6,38%; proteína bruta (11,44%), com altos valores de extrato etéreo e carboidratos não-estruturais, observando-se ainda matéria mineral. As raquetes possuem, segundo pesquisas, valor nutricional similar à silagem de milho.
2.1 Plantio e Manejo
A palma responde positivamente à melhoria nas práticas de cultivo.Portanto, quanto mais adequado for o seu manejo, maior será a suaprodução.Para o preparo do solo, é recomendadoaração, subsolagem, gradagem e profundidade dos sulcos de aproximadamente 20 cm. Deste modo o espaçamento a ser usado é variável com a fertilidade do solo, a quantidade de chuva , o número de plantas que sedeseja por hectare e do uso isolado ou consorciado do campo. É importante enfatizar que a situação ideal de espaçamento é aquela em que a maior parte da luminosidade atinja asraquetes, sem haver sombreamento das mesmas
O plantio é realizado por meio de cladódios (raquetes) que são dispostosverticalmente. As raquetes para o plantio devem ser grandes esadias, sem qualquer mancha e que já tenham emitido ou devem esta próximas de emitirem seus brotos. As raquetes com dois a três anosde idade são as mais adequadas para o plantio.
O plantio deve ocorrer pelo menos um mês antes do início da estação chuvosa, para evitar o apodrecimento das raquetes pelo contato com o solo úmido (SANTOS et al., 2006). Outro cuidado para garantir a brotação das raquetes é o chamado período de cura. Antes do plantio, as raquetes deverão permanecer por 15 dias na sombra para perder o excesso de umidade, permitir a cicatrização das injúrias ocorridas no corte e, assim, diminuir as possibilidades de incidência de doenças. Depois desse período, poderão ser enterradas pela metade ou 2/3, favorecendo o desenvolvimento do sistema radicular.
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