A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DOUGLAS KRAFT ROMEIRO
Por: Douglas Kraft • 15/4/2021 • Resenha • 887 Palavras (4 Páginas) • 259 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
DOUGLAS KRAFT ROMEIRO
Turma 01 de PERSPECTIVAS EM ASTROFÍSICA
Atividade 5 - texto dissertativo sobre o cap 10 e parte I do cap 12 do livro astronomia do Brasil.
São Cristóvão - SE
2020
História da astronomia no Brasil
O capitulo em questão mostra uma breve história do Observatório Nacional com seus primeiros objetivos e pretensões, mostra a dificuldade de se fazer a astronomia no Brasil e as relações do Observatório com a sociedade e a politica do país.
O rumo de uma nação é influenciado pelos seus líderes, Dom Pedro II era um notório amante da astronomia, assim prestava certa atenção nessa área no país mesmo contra o interesse de boa parte da nação na época. Mesmo que Dom Pedro II não tenha criado o Observatório Nacional, ele financiou o desenvolvimento do observatório e nomeou o francês Emmanuel Liais(1826-1900) como diretor, dando uma certa autonomia ao francês para fazer as mudanças necessárias para se fazer astronomia. Por esses atos Dom Pedro II é considerado o patrono da astronomia no Brasil.
Liais tomou como base o Observatório de Paris, queria que o ON se tornasse uma escola formadora de astrônomos pois era uma instituição focada em assuntos práticos e servia para formação do exército. Liais conseguiu certo sucesso e começou as publicações cientificas, estruturou o ON para ele ser reconhecido pela sociedade internacional, porem com seu desafeto de interesses com exército, que tinha saído fortalecido da Guerra do Paraguai(1864-1870), fez com que fosse substituído em 1881 por Luiz Cruls (1848-1908).
Cruls uns dos primeiros astrônomos do observatório, continuou as ideias de seu anteceder, porem sem entrar em temas políticos, focando apenas nos objetivos da instituição. Claramente foi o período mais produtivo para o ON consolidando o observatório como instituição cientifica além de criar uma revista de divulgação cientifica para o público leigo.
Um dos objetivos de Liais era transformar o observatório conhecido internacionalmente, objetivo que Cruls conseguiu alcançar de certo modo, porem as condições de trabalho não eram boas, tentou buscar apoio e recursos para um novo local para o observatório, um lugar ideal para fazer astronomia, não conseguiu ver o resultado dos seus esforços pois acabara morrendo sendo substituído por Henrique Morize (1860-1930)
Morize tentou manter o objetivo central do observatório que era fazer ciência, teve muitas dificuldades financeiras pois com a proclamação da república a principal força política interessada na continuidade dos investimentos, Dom Pedro II havia destituído do poder.
Sem uma voz politica a favor dos interesses do observatório Morize teve que mudar sua atenção que era focada apenas na instituição para uma atuação mais política a favor da ciência. Os recursos da instituição eram drenados para projetos de ordem pratica do Governo, restando pouco para a ciência pura. Com seus esforços para mudar o pensamento das elites e político da época, Morize conseguiu ajudar a criar a Academia Brasileira de Ciências, o instituto de meteorologia e a nova sede do observatório.
Os três diretores mencionados buscaram desenvolver uma astronomia moderna mesmo com as capacidades limitadas de financiamento, lutando contra uma corrente de pensamento positivista que buscava fazer pesquisas praticas para a sociedade em detrimento em uma ciência de base. A início seus esforços era de fazer uma astronomia de posição, localizar astros e cataloga-los, apenas com o surgimento de novas técnicas de espectroscopia é que surgiu a capacidade de se fazer uma astronomia “moderna”.
No início do século 19 foi uma época de bastante mudanças na astronomia, antes toda a ciência feita era baseado na astrometria, novos métodos de observações que a princípio não possuía aplicação pratica na sociedade e a mudança nos meios para captar recursos.
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