A ANÁLISE SOBRE O TENTO A CONDIÇÃO HUMANA DE HANNAH ARENDT

ANÁLISE SOBRE O TENTO A CONDIÇÃO HUMANA DE HANNAH ARENDT

Jessica dos Santos Leitão

Hannah Arendt, filósofa alemã nascida em 1906, escreveu obras que marcaram o século XX,

dentre as quais está o livro A Condição Humana, onde fez o estudo acerca das características

essenciais para a sobrevivência do “homem”.

Hannah inicia contextualizando a ideia de artificialização humana, segundo a filósofa o planeta

seria a nossa quintessência, fornecendo ambiente ideal para a sobrevivência da vida orgânica.

Seria nos, os seres humanos, os responsáveis por causar o desequilíbrio a partir da ciência,

sendo assim, é possível dizer que ao prover esse aspecto artificial modificamos a vida humana,

gerando efeitos colaterais dentro das ciências naturais.

Analisando os aspectos mais elementares, aqueles que provem a sobrevivência humana, é

abordado a expressão vita activa, ao qual a autora associa três atividades: labor, trabalho e ação.

O labor estaria associado ao processo biológico; o trabalho a artificialização, sendo algo

produzido para que, de certa forma, facilite a sobrevivência humana e apresentando aspecto não

essencial; enquanto que a ação é associada a necessidade de vivermos e compartilharmos com

o outro; sendo assim, as três seriam importantes para o desenvolvimento do homem em

sociedade.

Analisando as três atividades abordadas no texto, podemos estender o seu significado e

analisarmos a ideia de alienação humana. Quando falamos da ação, acredito que podemos

associa-la a um aspecto também abordado por Hannah, que seria sobre o “condicionamento

humano”, que estaria associado a um comportamento gerado por estímulos externos. Sendo

assim, a ação de compartilhar e conviver com o outro pode nos influenciar em camadas mais

profundas, gerando a alienação.

Também acredito que é possível analisar a alienação de outro ponto de vista. Em momentos do

texto, Hannah levanta a necessidade humana de se desprender da Terra, da dissociação, que

pode ser relacionada a artificialização. Nesse caso, ocorre devido a nossa necessidade de mudar

ou transformar a vida, um exemplo é a procura por aquilo que estenda a expectativa humana.

Sendo assim, a ciência criaria certo torpor como pode ser visto no trecho do texto: “ A reação

imediata, expressa espontaneamente, foi alívio ante o primeiro passo para libertar o homem de

sua prisão na terra. ” - que pode ser interpretado também de forma figurada, como a

possibilidade de se afastar de tudo aquilo que incomoda ou aflige.

Outro ponto abordado é sobre o know-how, associado ao conhecimento prático. Segundo a

filosofa “Ainda não sabemos se esta situação é definitiva;