A Análise do Tempo de Reverberação
Por: Victor Luchini • 30/10/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 2.176 Palavras (9 Páginas) • 420 Visualizações
[pic 1]
isis watanabe;
Paulo Gedeão Mendes;
Thaís Viana da Costa.
condicionamento acústico
Tempo de Reverberação
6CIV035 – CONFORTO AMBIENTAL
[pic 2]
Londrina
2016
isis watanabe;
Paulo Gedeão Mendes;
Thaís Viana da Costa.
condicionamento acústico
Relatório apresentado para a turma 2000 no curso de graduação de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Londrina, na disciplina de Conforto Ambiental, ministrada pela professora Drª Cláudia Donald Pereira.
Londrina
2016
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, a área de engenharia acústica tem sido amplamente requisitada, pois há uma demanda cada vez maior de projetos acústicos eficientes, que assegurem a qualidade sonora em sua utilização. Essa demanda não só se justifica em novas edificações, mas principalmente em adaptações de construções já existentes para fins pela qual não foi projetada inicialmente.
Nota-se um exemplo desta nova demanda, no advento dos shopping centers; as salas de cinemas, antes estabelecimentos espalhados pela cidade, migraram rapidamente a eles. Logo, houve-se uma mudança no comportamento dos usuários e cada vez mais as salas de cinema fora dos shopping centers foram sendo abandonadas. Seria um grande prejuízo a cultura não adaptá-las para outros fins de entretenimento, portanto, neste trabalho, propõem-se a adaptação de uma antiga sala de cinema numa sala de concerto.
Esta antiga sala de cinema possui as seguintes características:
-Dimensões do ambiente: 12,15m x 17,00m.
-Piso: concreto aparente, sem revestimento.
-Paredes: reboco liso.
-Teto: reboco liso.
-4 Portas acústicas com face de madeira (1,20m x 2,20m cada).
-1 janela de vidro simples 3mm (1,20m x 0,60m).
-Poltronas estofadas: 120 assentos.
-Tela de cinema: 4,00m x 10,00.
Pode-se observar as demais características detalhadas da sala na planta baixa (Anexo 1) e na planta em corte (Anexo 2).
A análise inicial será realizada calculando-se o tempo de reverberação no estado atual que a sala se encontra para 50% e 100% de ocupação nas frequências: 125, 250, 500, 1000, 2000 e 4000 Hz.
Posteriormente, será proposto melhorias, para adequá-la ao seu novo uso, a sala de concertos. A qualidade de uma sala de concertos depende da qualidade da reverberação, que é o equilíbrio entre o som direto e o som reverberante. A distinção das performances musicais ouvidas em salas de concertos é resultado da boa qualidade do som reverberante e a ausências de sons de interferência.
2. tempo de reverberação atual
O tempo necessário para o nível de som chegar ao máximo ou diminuir até zero, a partir de seu valor de equilíbrio, é chamado tempo de reverberação e esta é a mais importante característica de uma sala de concertos.
Os músicos ou as pessoas que gostam do tema sabem que determinados tipos de composição foram feitas para serem tocadas em locais específicos.
Por exemplo, o canto gregoriano. As igrejas góticas possuíam pé direito muito elevado, levando a um tempo de reverberação alto, isso faz com que seja necessário falar de forma mais lenta e alongada para obter-se inteligibilidade da informação. Por isso o canto gregoriano tem aquelas frases alongadas cantadas lentamente.
Já no período Barroco, devido a característica das pequenas capelas com paredes paralelas, possuía-se um tempo reverberação muito pequeno, propiciando, portanto, a criação de músicas para serem cantadas mais rápidas.
Atualmente já se tem conhecimento que se o tempo de reverberação é muito curto, as notas musicais são ouvidas isoladas umas das outras e a música é percebida de maneira leve. Se, o tempo de reverberação é muito longo, os sons das notas mais recentes se chocam com os das notas tocadas anteriormente, causando uma sensação de um som mais “arrastado”.
2.1 absorção sonora de cada superfície interna () - sala de cinema [pic 3]
Para cálculo da absorção sonora (), é necessário determinar anteriormente, os diferentes materiais de revestimento das superfícies a qual o som será exposto. Também, deve-se determinar as áreas correspondentes a cada superfície, exceto no caso de pessoas e cadeiras que ao invés da área indica-se a quantidade. Todas esses informações foram organizadas na tabela 1 para 100% de ocupação e na tabela 2 para 50% de ocupação. [pic 4]
Tabela 1: Dados antiga sala de cinema em desuso 100% de ocupação
N° | Superfície | Material de revestimento | Área da superfície |
m2 | |||
1 | Piso | Concreto aparente sem revestimento | 181,30 |
2 | Paredes | Reboco Liso | 259,79 |
3 | Teto | Reboco Liso | 206,55 |
4 | Portas | Madeira | 10,56 |
5 | Janela | Vidro Simples 3mm | 0,72 |
6 | Tela de Cinema | Tela de Cinema | 40,00 |
9 | Poltronas com Pessoa | Estofadas | 120,00 |
Fonte: Dos autores,2016
Tabela 2: Dados antiga sala de cinema em desuso 50% de ocupação
N° | Superfície | Material de revestimento | Área da superfície |
m2 | |||
1 | Piso | Concreto aparente sem revestimento | 181,30 |
2 | Paredes | Reboco Liso | 259,79 |
3 | Teto | Reboco Liso | 206,55 |
4 | Portas | Madeira | 10,56 |
5 | Janela | Vidro Simples 3mm | 0,72 |
6 | Tela de Cinema | Tela de Cinema | 40,00 |
7 | Poltronas Estofadas Vazias | Coberta com tecido | 60,00 |
8 | Poltronas com Pessoa | Estofadas | 60,00 |
Fonte: Dos autores,2016
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