A Construção civil e desastres naturais
Por: emanuel454 • 23/4/2018 • Trabalho acadêmico • 1.425 Palavras (6 Páginas) • 360 Visualizações
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Construção civil e desastres naturais
Terremotos
Uberlândia
2017
1 INTRODUÇÃO:
Este trabalho objetiva, entender o funcionamento de um dos principais eventos naturais de grande impacto: os terremotos ou abalos sísmicos. Nele, será apresentado a definição e escalas de terremotos, assim como, dados que provam o impacto que este fenômeno traz consigo. Também foi abordada, a sismicidade no Brasil e seus adjacentes. Além disso, algumas das inúmeras opções para amenizar ou até mesmo extinguir os efeitos subsequentes ao fenômeno, visando as tecnologias referentes ao ambiente da construção civil e suas atuações. Para concluir o trabalho, juntou-se todas as ideias captadas pelos conceitos, técnicas e afins, para entender a melhor solução na construção civil perante o tema de terremotos. Dessa forma, tem-se que a melhor solução é estar preparado para o ocorrido.
2 SISMO:
Um abalo sísmico (Figura 2.1) é um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície da terra, resultante de movimentos subterrâneos das placas rochosas, da atividade vulcânica ou da migração de gases no interior da terra. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas que se propagam em todas as direções.
Figura 2.1 – Abalo Sísmico
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Fonte: BRITANNICA (2017)
O fenômeno tectônico provoca tipos de ondas (Figura 2.2) que se propagam de três formas diferentes, são elas: longitudinais (Primárias ou “P”), transversais (Secundárias ou “S”) e por fim, superficiais (Raleigh waves, R-waves; Love waves, L-waves) (Clough e Penzien, 2003).
As ondas primárias ou simplesmente “P”, correspondem a uma vibração de alta intensidade que desloca a matéria que a encontra, em um movimento de compressão e tensão. São as mais rápidas, chegando a superfície primeiramente. Já as ondas secundárias ou “S”, provocam deslocamento perpendicular à sua propagação.
No caso das ondas superficiais, a energia de vibração da onda que se propaga perto da superfície, ocorre a formação de duas outras ondas: as ondas de Rayleigh e as de Love. São mais lentas que as ondas primárias e secundárias e amortecem rapidamente (Clough e Penzien, 2003), além disso, podem ou não ocorrer durante o terremoto.
Figura 2.2 – Os tipos de onda que se propagaram em um abalo sísmico.
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Fonte: BRITANNICA (2017)
3 MAGNITUDE DOS TERREMOTOS:
Durante o fenômeno debatido, há grande liberação de energia devido as fortes ondas já mencionadas. Para mensurar e escalar os níveis de movimentos sísmicos, foi criada a escala Richter – conceito introduzido pelo próprio Charles Richter – na qual, é comparada ao volume de energia produzida, seja a produzida pelo sismo ou pela energia transmitida pelas ondas e por sequente dissipada por outros fenômenos.
Em 1935, Charles Richter desenvolveu uma escala logarítmica para medir a magnitude de um terremoto. Segundo ele, a magnitude M, de um sismo está diretamente ligada a energia produzida durante o mesmo, de acordo com a equação, a partir do logaritmo de base dez da máxima amplitude da onda sísmica: A.
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Onde A é a leitura do sismômetro (Figura 3.1) produzida por um sismo e é a amplitude de referência.[pic 5]
Figura 3.1 – Sismógrafo
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Fonte: KSON (2017)
Para exemplificar a teoria até agora mencionada, têm-se a tabela a seguir:
Tabela 1 – 5 grandes terremotos nos últimos 10 anos e o prejuízo (US$)
Ano e Local | Escala Richter | Prejuízo (aproximado) |
2011 - Japão | 8,9 graus | 25 bilhões |
2010 - Chile | 8,8 graus | 30 bilhões |
2009 - Pacífico Sul | 8,3 graus | 5 bilhões |
2007 - Padang | 8,4 graus | 3 bilhões |
2007 - Ilhas de Solomon | 8,1 graus | 1.5 bilhões |
Fonte: Adaptado, EXAME (2017)
4 SISMICIDADE NO BRASIL:
Por ocupar grande parte da estável Plataforma Sul-Americana e por não conhecer a ocorrência de abalos sísmicos, o Brasil, hodiernamente, não é considerado referência em sismos ou terremotos. No entanto, novas pesquisas feitas a partir de estações sismológicas mostram, amiúde, diariamente novos eventos sismológicos de pequena e média magnitude.
5 SISBRIK – TIJOLO ISOLANTE SÍSMICO:
Desenvolvidos por engenheiros da Universidade Politécnica de Valência (UPV), na Espanha, os tijolos “sisbrick” (Figura 5.1) tem como objetivo, proteger as paredes dos edifícios contra terremotos. A tecnologia combina materiais, não divulgados, que absorvem os movimentos sísmicos horizontais e que suportam e mantêm cargas verticais. Reduz também as tensões entre vigas e pilares e as paredes.
Figura 5.1 – Tijolo SISBRIK[pic 7]
Fonte: PETCIV (2017) disponível em:
6 INTEGRAL MANSORY SYSTEM (IMS):
Foi pensando em regiões com iminência de terremotos, que engenheiros da Universidade Politécnica de Madri, na Espanha, desenvolveram e construíram casas de baixo custo e resistente a terremotos utilizando um sistema denominado de Sistema de Alvenaria Integral (Figura 6.1), no inglês, Integral Mansory System.
São usadas treliças pré-fabricadas feitas com barras de aço ou vergalhões (os mesmos usados para a construção de lajes e concreto armado), leves e de fácil instalação. Esses suportes se conectam em três direções para construir as paredes e pisos, criando uma malha muito resistente aos tremores.
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