A Engenharia de Segurança

Tarefa 4

A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) está intimamente ligada a satisfação dos funcionários durante o exercício de suas funções na empresa, resumidamente seria o equilíbrio no que diz respeito ao bem-estar dos funcionários e a eficiência dos processos da empresa, utilizando ações de implementação de melhorias, que ao mesmo tempo que aumenta a produtividade, gera satisfação por parte dos funcionários. A QVT engloba duas óticas interdependentes: organizações e sujeito.

Sob a ótica das organizações ela é um preceito de gestão organizacional que se expressa por um conjunto de normas, diretrizes e práticas no âmbito das condições, das organizações e das socioprofissionais de trabalho que visão o bem-estar individual e coletivo, o desenvolvimento pessoal dos trabalhadores e o exercício da cidadania organizacional nos ambientes de trabalho. Sob a ótica do sujeito, ela se desenvolve por meio das representações globais que estes constroem sobre o contexto de produção no qual estão inseridos demostrando características de bem-estar no ambiente de trabalho de reconhecimento institucional e coletivo, de possibilidade de crescimento profissional e de respeito a características individuais. (Ferreira, 2011, pag. 219).

A intervenção eficaz e duradoura no campo da QVT implica remover ou atenuar as causas primarias do mal-estar dos funcionários em termos de condições, organização e relação socioprofissionais de trabalho, em especial, inverter o paradigma do “individuo como variável de ajuste” para o que é preconizado pela ergonomia, bem como em matérias que abordam sobre a qualidade de vida dos trabalhadores que é: “adaptar o trabalho ao ser humano”. A ergonomia visa contribuir na estruturação das situações decorrentes do trabalho, não apenas no que concerne aos aspectos materiais, mas principalmente nas dimensões sociais e organizacionais para que o próprio trabalho possa ser executado com o máximo de conforto, satisfação e eficácia. O conceito adotado tanto em QVT quanto a AET mostra a compatibilidade das suas abordagens metodológicas pois em ambos o objeto de estudo está relacionado ao bem-estar dos trabalhadores com a produtividade.

Algumas das práticas adotadas na empresa na qual trabalho são:

Feedback de avaliação de desempenho

A empresa avalia quais são os pontos fortes e fracos de cada funcionário. No caso dos pontos fracos, o primeiro passo é identificar o motivo de ele não ser produtivo para criar maneiras de reverter esse quadro e isso só é possível por meio do feedback de avaliação de desempenho, afinal, o funcionário só saberá que precisa melhorar se houver uma troca de informações transparente. São feitas reuniões a cada 3 meses de forma individual para apresentar os indicadores de desempenho, ouvindo o que o funcionário tem a dizer, ao passo que é destacado os seus pontos fortes e, ao final, é apresentado quais aspectos ele pode melhorar para ter um rendimento ainda melhor.

Flexibilização de trabalho

O funcionário tem duas opções de jornada de trabalho, uma em que o trabalho se inicia às 9h e finaliza às 19h e outra em que inicia o trabalho às 7h e finaliza às 17h, ambas com horário de almoço de 2h, mas um mesmo funcionário não pode manter um mesmo horário por mais de um mês, sendo realizadas permutas mensais entre os funcionários, essa condição de trabalho é monitorada através de uma equipe responsável pelo ajuste, com o auxílio de ferramentas de controle adotadas pela empresa, isso ajuda bastante pois o funcionário não fica preso a uma certa rotina de trabalho, pois em um mês ele sabe que vai chega mais tarde, e no outro ele sai mais cedo. Mas isso também pode ser negociado entre os funcionários, sendo passível de análise pelo setor responsável por esse controle.