A Evolução da Engenharia Química – Perspectivas e Novos Desafios
Por: faelrf • 31/3/2016 • Resenha • 1.522 Palavras (7 Páginas) • 1.003 Visualizações
Resenha: “A Evolução da Engenharia Química – Perspectivas e Novos Desafios”, de Lusimar Marques Porto
Por mais que seja arriscado fazer previsões sobre o futuro, essa é uma atividade intrínseca à função de engenheiro. Hoje, com a sociedade cada vez mais dinâmica, essa tarefa torna-se ainda mais difícil pois diferentemente de outras eras, o ser humano tornou-se agente ativo da história. Sendo assim, o autor questiona qual seria o papel do engenheiro nesse contexto de revolução constante.
A engenharia química tem suas origens na Alemanha, no século XIX, onde as universidades educavam seus alunos em uma abordagem que combinava química com processos da engenharia mecânica. O termo em si é creditado ao inglês George Davis, que em 1887 proferiu uma série de palestras sobre instalações químicas modernas à época.
A engenharia química é tão ampla que pode ser chamada de engenharia universal: por ter uma ampla formação em matemática, física, química, mecânica dos fluidos, transferência de calor, termodinâmica e cinética química e, por serem capazes de aplicar e interagir com processos oriundos da química, os engenheiros químicos são capazes de lidar com um número maior de problemas do que as outras categorias da engenharia.
As conquistas da engenharia química inúmeras. Entre elas, encontram-se produtos que caracterizam a forma como entendemos a sociedade moderna e verdadeiros trunfos da sociedade. Essas são as 10 maiores conquistas da engenharia química pela AiChE: Isótopos radioativos, plásticos, artefatos biomédicos, medicamentos, fibras sintéticas, gases puros, conversores catalíticos, fertilizantes, produtos petroquímicos e borracha sintética.
O século 20 foi glorioso para a ciência. Principalmente para a física, com a consolidação da teoria quântica e da relatividade geral. Nesse mesmo século, a sociedade usou e abusou de fontes não renováveis de energia como o carvão e o petróleo. O autor defende que estamos no último século a assistir à queima indiscriminada de combustíveis fósseis, pois esse será o século da tecnologia limpa, principalmente o hidrogênio, que tornará a dependência do petróleo obsoleta.
Uma vez que o século 20 foi o da tecnologia (principalmente da física e da química), o século 21 será influenciado pelos avanços da genética e da biotecnologia. Junto a isso, a tecnologia da informação permeará todas as atividades humanas, constando através de uma grande rede quase tudo que se possa imaginar. No início de 2001, a divulgação do primeiro draft do projeto Genoma estabeleceu um marco na história da humanidade. O domínio do código genético não é apenas uma conquista do da biologia moderna, as inúmeras técnicas e processos envolvidos são fruto do trabalho de químicos, engenheiros químicos e profissionais de outras áreas.
O autor continua comentando sobre as novas tendências da indústria, citando o relatório feito pelas entidades mais influentes das áreas de química e engenharia química dos EUA que descreve o cenário da indústria química americana e identifica grandes forças que deverão influencias os negócios da indústria química e define disciplinas técnicas que devem orientar e guiar esses objetivos.
Os desafios para o engenheiro químico do século 21 são muitos: Deverá obter uma formação clássica em engenharia química e ao mesmo tempo expandir suas fronteiras para campos interdisciplinares. O profissional também deverá ser empreendedor, espera-se que tenha iniciativa, capacidade de liderança e sobretudo, motivação e entusiasmo. A maior disponibilidade de computadores e sistemas automatizados tornará as instalações mais fáceis de serem gerenciadas, por outro lado, será requerida uma compreensão técnica mais avançada dos processos, especialmente para problemas novos.
Os estudantes de engenharia química em geral adquirem uma formação muito variada, e são expostos a elementos básicos de várias outras engenharias e outras áreas do conhecimento. Muitos concordam que eles estão prontos para quase todos tipo de trabalho técnico e preparados para o sucesso em muitas carreiras diferentes. Finalizando o parágrafo, o autor argumenta que em tempos onde a empregabilidade é palavra de ordem, não existe nada melhor do que apostar em uma profissão que aumente as chances de se atuar em diferentes áreas e funções.
A engenharia química foi devota de métodos e técnicas que desenvolveram e aprimoraram os processos químicos. Com o crescente desenvolvimento da ciência dos materiais, criaram-se oportunidades de se projetar produtos para necessidades específicas. Mais do que uma boa qualidade do produto, queremos agora trabalhar sobre o desempenho do mesmo, em propriedades que satisfaçam certos critérios a fim de atender certas características que farão do produto, por sua própria natureza, um item competitivo no mercado.
O homem aplica os princípios da engenharia química há milhares de anos. Muitas atividades humanas antigas, sem contar as façanhas dos alquimistas, envolvem aplicações de engenharia química. Como profissão moderna, no entanto, a engenharia química só se consolidou a partir da Segunda Guerra Mundial.
Dentro da engenharia química “tradicional” deverá haver maior ênfase na engenharia de produto, sem obviamente se descuidar da engenharia de processos. Estas novas vias ou especializações da engenharia moderna devem ser vistas mais como campos de atuação do que propriamente profissões emergentes. O título de engenheiro químico mais soma do que divide quando se trata de buscar novas alternativas de trabalho ou um novo emprego. Algumas das áreas de especialização moderna citadas no artigo são: Engenharia de alimentos, Engenharia de materiais, Engenharia de interfaces, Engenharia ambiental, Engenharia médica/de tecidos, Engenharia biológica/genômica/metabólica, Engenharia de petróleo e gás natural e Engenharia criogênica.
Além dessas, outras áreas de especialização da engenharia podem se beneficiar dos conhecimentos do engenheiro químico, como por exemplo a Engenharia Bioquímica: A partir da aplicação dos conhecimentos da engenharia química aos processos conduzidos a partir de reações bioquímicas – celulares ou enzimáticas – ocorre o advento da engenharia bioquímica.
O homem aplica os princípios da engenharia químicas há milhares de anos. A produção
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