A Gestão de manutenção

GESTÃO DA MANUTENÇÃO

           A manutenção é imprescindível à produção, pois uma pequena parada na produção pode ocasionar grandes prejuízos a organização. Por isso a engenharia de processos tem focado na gestão da manutenção que precisa trabalhar em conjunto com a produção para atender a demanda, propiciando uma melhor qualidade e produtividade. Com a aplicação da metodologia da manutenção autônoma, que visa dar condições ao operador de realizar rotinas de limpeza, lubrificação e inspeção, tornando-os capazes de resolver todos os tipos de anomalias, objetiva-se reduzir as paradas para manutenção corretiva e consequentemente aumentar a produtividade e confiabilidade das máquinas, equipamentos e processos.

          Normalmente nas empresas industriais encontramos mais de uma linha de produção devido a variação de produtos fabricados e por isso faz-se necessária várias interrupções (setups) para modificar a linha conforme o produto demandado, portanto é preferível definir uma linha piloto para realizar a implantação e aprendizado do sistema de manutenção autônoma, escolhendo a linha mais simples e estável do processo produtivo da empresa, a qual não tenha problemas de qualidade do produto, assim facilitando a correção dos eventuais erros e omissões sem afetar a produtividade. As paradas para manutenção devem ser programadas e correr em conjunto com a produção para que uma operação não afete a outra, demandando o conhecimento do fluxo de produção, identificação e frequência das falhas dos equipamentos para que os gestores possam preparar materiais, insumos e ferramental necessários para realizar a manutenção e determinar o momento específico para que esta seja realizada através de monitoramento tendo como vantagem a diminuição do número de vezes e períodos das paradas com o decorrer do tempo, através da elaboração da programação e planos de ação decorrentes do aprendizado adquirido na implantação e nos resultados das análises de falhas que, nada mais é, que uma atividade multidisciplinar que engloba pessoas experientes e envolvidas com os processos e os equipamentos buscando a identificação das causas de quebra e/ou falhas dos mesmos. Uma ferramenta consagrada para a análise de falhas é a FMEA, dívida basicamente em dois estágios, sendo que no primeiro estágio faz-se a identificação dos possíveis modos de falhas e seus efeitos e no segundo estágio determina-se os níveis de risco alocando-os em ordem de prioridade, sendo identificada a falha mais crítica para a aplicação de ações de melhoria. Com os riscos mapeados os gestores podem planejar e controlar a manutenção garantido a máxima disponibilidade das máquinas e equipamentos para a produção e ainda reduzir os custos, evitando uma parada não planejada por quebra de máquina ou ferramenta por exemplo.

          Com a globalização a concorrência torna-se ainda mais acirrada, exigindo das empresas desempenho classe mundial a fim de garantir sua sobrevivência no mercado, portanto, a manutenção autônoma é uma poderosa ferramenta que vem sendo aplicada nas empresas que visam maior eficácia de seus processos produtivos.

          Conclui-se que a utilização da metodologia da manutenção autônoma na indústria contribui ativamente na gestão de processos de forma positiva proporcionando a empresa importantes resultados como: redução de falhas e paradas impactando diretamente no aumento do nível de produção e redução de custos.

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