A INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE ARGÔNIO SOBRE A REDUÇÃO A PLASMA DA HEMATITA
Por: Anna Paula Littig Berger • 12/10/2021 • Projeto de pesquisa • 5.292 Palavras (22 Páginas) • 104 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DO ESPIRITO SANTO
CURSO DE ENGENHARIA METALÚRGICA
ANNA PAULA LITTIG BERGER
INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE ARGÔNIO SOBRE A REDUÇÃO A PLASMA DA HEMATITA.
Vitória
2014
ANNA PAULA LITTIG BERGER
INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE ARGÔNIO SOBRE A REDUÇÃO A PLASMA DA HEMATITA.
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenadoria do Curso de Engenharia Metalúrgica do Instituto Federal do Espirito Santo, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Metodologia de Pesquisa.
Orientador: Dr. Adonias Ribeiro Franco Júnior
Vitória
2014
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Diferentes espécies produzidas no plasma. 8
Figura 2 - Curva tensão x intensidade de corrente destacando-se a região de descarga luminescente anormal. 10
Figura 3 - Representação esquemática do funcionamento de uma fonte de potência de tensão pulsada. 11
Figura 4 - Aspecto do plasma na região de descarga luminosa anormal. 12
Figura 5 - Principais eventos na superfície do substrato durante o bombardeio iônico. 13
Figura 6 - Diagrama de Elligham. 14
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 OBJETIVOS 6
2.1 OBJETIVO GERAL 6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 6
3 REVISÃO DA LITERATURA 7
3.1 O PLASMA 7
3.1.1 Tipos de plasma 7
3.1.2 Mecanismo da descarga luminescente (“glow discharge”) 8
3.2 INTERAÇÃO DO PLASMA COM A SUPERFÍCIE DOS ÓXIDOS 12
3.3 O PLASMA COMO AGENTE REDUTOR 13
3.4 REAÇÕES DE REDUÇÃO DIRETA DA HEMATITA 15
4 METODOLOGIA 17
4.1 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 17
4.2 MATERIAL DE PARTIDA 17
4.3 EQUIPAMENTO DE REDUÇÃO 17
4.4 PROCEDIMENTO DE AQUECIMENTO E REDUÇÃO 18
4.5 CONDIÇÕES DE REDUÇÃO 18
4.6 GRAVIMETRIA 19
4.7 DIFRAÇÃO DE RAIOS X 19
4.8 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) E MICROSCOPIA ÓPTICA (MO) 19
5 RECURSOS 21
5.1 RECURSOS HUMANOS 21
5.2 RECURSOS FÍSICOS 21
5.3 RECURSOS FINANCEIROS 21
6 CRONOGRAMA 22
REFERÊNCIAS 23
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, novas rotas de obtenção de metais vêm sendo pesquisadas e desenvolvidas em decorrência das legislações ambientais cada vez mais rígidas e com uma crescente preocupação em minimizar as emissões de gases de efeito estufa e de resíduos sólidos.
Os processos de redução carbotérmica a vácuo, redução eletroquímica direta de óxidos refratários (processo CFF Cambridge), redução metalotérmica, moagem de alta energia (mechanical alloying) e redução direta de óxidos usando como agente redutor o hidrogênio são alguns exemplos de novos métodos menos agressivos ao meio ambiente (CHEN et al., 2000; HALMANN et al., 2011; KUBASKI; CINTHO, 2010; SURYANARAYANA, 2001).
A redução de óxidos, na qual o agente redutor é o hidrogênio gasoso, se constitui em uma alternativa bem atraente, já que não há a geração de gases de efeito estufa e tendo como subproduto resultante o vapor d’água. Já no início da década de 1970, Turkdogan e coautores, numa série de artigos publicados, afirmam que, dada a alta cinética do processo de redução em baixas temperaturas, o hidrogênio num futuro próximo poderia ser utilizado na produção em larga escala de ferro esponja (TURKDOGAN; VINTERS, 1971; TIEN; TURKDOGAN, 1972). No entanto, até os dias de hoje o alto custo de produção do hidrogênio, obtido pela reforma de hidrocarbonetos ou pela eletrólise da água ainda inviabiliza o desenvolvimento industrial de processos baseados no seu uso (PEÑA et al., 1996).
Na literatura existem alguns trabalhos mostrando que o plasma frio de hidrogênio, em baixas temperaturas, é um poderoso agente redutor dos óxidos de ferro e de cobre. Zhang et al. (2004) verificaram que na temperatura de 200ºC, após 60 minutos, é possível a obtenção de cerca de 100% de cobre metálico a partir do CuO, ao passo que nas mesmas condições, a redução do CuO não ocorre se utilizado como agente redutor o gás de hidrogênio. Mais recentemente, Rajput et al. (2012) mostram que em temperaturas tão baixas como 300ºC é possível a obtenção do ferro metálico quando se utiliza como agente redutor o plasma frio de hidrogênio. Os experimentos de Rajput et al. (2012) indicam que a redução a gás é cineticamente comparável à redução a plasma somente a partir de temperaturas acima de 800ºC.
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