A Investigação Operacional
Por: Ana Silva • 22/9/2018 • Trabalho acadêmico • 925 Palavras (4 Páginas) • 169 Visualizações
Resumo sobre a História da Ginástica
A Evolução da Educação Física (Ginástica) em Portugal
1.O INÍCIO
O ano de 1834 é indicado por Albano Estrela como o momento em que se inicia um período que se denomina de «descoberta da necessidade de Educação Física», integrada no ensino oficial em 1836, por legislação revogada escassas oito anos depois.
D. Pedro IV (1834) pretendera mesmo estabelecer ali uma Escola Nacional de Ginástica. Só a impossibilidade de contratar um discípulo de Amorós levou a que, durante alguns anos, a orientação fosse levada a efeito por artistas de circo (Darras e depois Bellini) que dispunham do primeiro ginásio equipado "com todos os instrumentos para a arte acrobática"
Outro foco importante da génese da nossa ginástica, situa-se 1860, com a fundação em Lisboa de um circo, o Price.
Este, está indissoluvelmente ligado ao início da história de ginástica portuguesa visto que, antes de o relacionarem com o Real Ginásio, já há mais de 13 anos abrira a primeira Escola de Ginástica e era o principal dinamizador da ginástica que se fazia em Lisboa, sob influência dos artistas que passavam pelo Price.
Ora, por isso, parece poder-se falar de uma influência do “turnen”, a ginástica alemã que, afinal, não veio a vingar em Portugal.
Tratava-se de uma ginástica que procurava desenvolver a coragem, a resistência e a eficácia física e psíquica. As suas características de risco, complexidade e superação individual, quando mal interpretadas, também podiam ser confundidas com as actividades circenses.
Adolfo Coelho, médico e adepto da ginástica formativa e educativa de Ling escreve que em 1883 a ginástica de aparelhos era praticada na escola, mas considerava-a "um trabalho pesado e perigoso" que não estava de acordo com os objectivas pedagógicos da escola.
Estes foram anos de grande dinamismo:
- por intervenção de Elias Garcia, a ginástica passa a fazer parte das actividades das escolas primárias que dependiam da Câmara de Lisboa (1880).
- começam a publicar-se os primeiros livros sobre o assunto, tais como o "Manual Teórico Prático" de Paulo Lauret (1881) e "Elementos Tradicionais da Educação" de Adolfo Coelho;
- abrem o Instituto de Gimnalogia, em Lisboa (1880), O Gimnasio Lauret, no Porto (1884) e outro em Coimbra;
- realiza-se o primeiro concurso de ginástica (1885);
- publica-se o primeiro jornal desportivo, "O Sport" (1894)
Logo, até final do século XIX tanto a ginástica privada como a pública (quando existiu), colhiam o seu conteúdo no trabalho dos artistas de circo, no dos militares da Academia de Joinville e no trabalho de aparelhos próprio da “turnkunst” alemã.
Quer dizer, a Linha acrobática e empírica Iniciou-se no momento em que a Real Casa Pia, por não ter conseguido contratar um discípulo de Amorós (1835), encarrega artistas de circo de darem aulas aos seus alunos e prolonga-se até final do século.
A ginástica passou então a ser encarada mais como uma necessidade higiénica do que psíquica e, momentos houve, em que mal se distinguia a ginástica pedagógica da respiratória.
Curiosamente, não existem grandes diferenças entre os exercícios desse primeiro concurso e aqueles que constituíram o programa dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna realizados uma década depois: argolas, barra fixa, corda de trepar, paralelas e três tipos de saltos.
2. A GINÁSTICA NA EUROPA E A SUA INFLUÊNCIA EM PORTUGAL
Antes de entrarmos no século XX, mais próximo e conhecido, relembre-se o que se passava pela mesma época, nos países em cuja órbita cultural fomos colher elementos, directa ou indirectamente, para vermos algumas das consequências das opções e interpretações feitas em Portugal.
Assim, muito antes de se adoptar em Portugal uma ginástica com as características da ginástica sueca, já na Alemanha a ginástica de aparelhos havia sido criada (1816), interdita e levantada essa interdição (1842).
Só no século XX é que a ginástica pedagógica sueca conheceu novo desenvolvimento e o desporto moderno deixou de ser combatido naquele pais.
...