A Lei de Stokes
Por: Brenda Paiva • 23/8/2021 • Relatório de pesquisa • 1.116 Palavras (5 Páginas) • 414 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA[pic 1]
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE, TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
FÍSICA EXPERIMENTAL II
VISCOSIDADE – LEI DE STOKES
Imperatriz – MA
2021
Brenda Paiva Campi Neves
VISCOSIDADE – LEI DE STOKES
Imperatriz - MA
2021[pic 2]
SUMÁRIO
1. Introdução ............................................................................................................... 4
2. Objetivos ................................................................................................................. 6
3. Metodologia............................................................................................................. 6
4. Resultados e Discussão.......................................................................................... 7
5.Conclusão................................................................................................................ 8
Referências Bibliográficas .......................................................................................... 9
- INTRODUÇÃO
Associamos viscosidade a uma espécie de atrito interno que causa fricção entre as camadas do fluido que se movimentam em diferentes velocidades podendo ser explicada, a nível microscópico, como devendo-se à transferência de momento linear entre as partículas que compõem o fluido. Tecnicamente é caracterizada pelo coeficiente de viscosidade dinâmico, η, sendo ele a razão entre a força de cisalhamento e o gradiente de velocidade perpendicular a essa força, que dela decorre. A determinação do coeficiente de viscosidade de fluidos é importância em diversas áreas, desde a engenharia, caracterizando fluidos lubrificantes de máquinas, até a medicina, relacionando-se à secreção de muco do organismo, à circulação sanguínea, à distribuição de partículas de fármacos por meio desta, etc (VERTCHENKO & VERTCHENKO, 2017)
Segundo Silva (2015), o movimento de um corpo em um meio viscoso é influenciado pela ação de uma força viscosa (Fv), proporcional à velocidade (v), conhecida como lei de Stokes. No caso de esferas em velocidades baixas, essa força viscosa (força de arraste), em modulo, é expressa pela equação abaixo
Fv = 6 π η R v [1]
onde η é o coeficiente de viscosidade dinâmica do meio (N s/m2), R (m) é o raio da esfera e v é a velocidade de queda da esfera (m/s). Se a esfera possuir densidade maior que a de um líquido e for solta na superfície do mesmo, no instante inicial apresentará velocidade zero, mas a força resultante acelera a esfera de forma que aumenta sua velocidade.
[pic 3]
Figura 1. Forças atuantes na esfera em meio viscoso e gráfico da velocidade limite em função do tempo de queda.
Coelho (2013) diz que se pode encontrar a velocidade de uma esfera caindo em um fluido que está em repouso, somando-se o empuxo à força de arraste e o igualando a seu peso:
[pic 4]
em que: γfluido é o peso específico do fluido e γesf o peso específico da esfera. Resolvendo para descobrir o valor “μ”, chega-se à clássica expressão da Lei de Stokes:
[pic 5]
A lei de Stokes é válida apenas para fluidos em regimes laminar. Um fluxo laminar é definido como uma condição onde as partículas do fluido se movem em caminhos suaves em formas de lâmina ou linhas. Um regime de fluxo não laminar é conhecido como turbulento. Nessas condições o movimento das partículas do fluido ocorre de forma aleatória e irregular. Nessas circunstancias podem se formar vórtices e redemoinhos dentro do fluido (STROBEL).
[pic 6]
Figura 2. Exemplo de um fluxo laminar (esquerda) e um
fluxo turbulento (direita) em torno de uma esfera.
- OBJETIVOS
Compreender a influência da força peso (P), força empuxo (E), força de arrasto (FA) e demais forças sobre o movimento de um corpo, imerso em um fluido viscoso, consoante a segunda Lei de Newton; Estimar experimentalmente o coeficiente de viscosidade dinâmico de um fluido (η); Entender, de forma básica, a atuação do campo de velocidades e de pressão, das forças dissipativas, do formato do corpo e do tubo na dinâmica do movimento de um corpo em meio viscoso; Analisar, a partir da atividade experimental, conceitos inerentes a força de arrasto de Stokes, ao número de Reynolds e ao tipo de fluxo (laminar ou turbulento).
- METODOLOGIA
3.1 MATERIAIS
- Conjunto para queda em meio viscoso: Viscosímetro de Stokes – CIDEPE ref. EQ 124;
- Corpos de prova esféricos (com massas determinadas em uma balança de precisão e diâmetro medido utilizando um paquímetro);
- Glicerina Líquida;
- Paquímetro - Vonder (resolução de 0,05 mm);
- Cronômetro adaptado;
- Béquer de 600 mL.
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Inicialmente, mediu-se a massa e o diâmetro dos corpos esféricos e calculou-se seu volume e densidade. Em seguida, mediu-se o diâmetro do tubo com o auxílio de um paquímetro. Após, iniciou-se a cronometragem da queda dos corpos em trechos de 10cm.
- RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela a seguir, apresenta os dados das esferas utilizadas no experimento.
Massa (kg) | Diâmetro (m) | Volume (m³) | Velocidade (m/s) | |
Esfera 1 | 0,0281275 | 0,02755 | 0,013775 | 0,1256 |
Esfera 2 | 0,0074206 | 0,018 | 0,009 | 5 |
Esfera 3 | 0,0239516 | 0,018 | 0,009 | 70 |
Segundo Vertchenko & Vertchenko (2017), escolhe-se trabalhar com glicerina por ser uma força viscosa, em temperaturas ambiente normais, é o termo dominante na força de arraste, cuja expressão é corrigida por termos que envolvem potências superiores da velocidade, e pela sua transparência, que facilita a determinação da velocidade das esferas através de sensores óticos.
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