A REFLEXÃO E REFRAÇÃO DA LUZ
Por: Vanessaoh18 • 28/7/2015 • Relatório de pesquisa • 1.983 Palavras (8 Páginas) • 341 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FÍSICA IV
PROFESSOR DR. CLENILTON COSTA DOS SANTOS
Vanessa de Oliveira Holanda
2013006005
REFLEXÃO E REFRAÇÃO DA LUZ
São Luís – MA
2015
- DESCRIÇÃO TEÓRICA
A reflexão e a refração da luz são fenômenos ópticos relacionados com a forma como a luz se propaga. Quando a luz incide sobre uma superfície, ela pode ser refletida e refratada. Observe a figura 1:
Figura 1: Esquema representativo da incidência de um raio sendo refletido e refratado[pic 1]
Podemos observar na figura que a luz incide sobre uma superfície de separação entre dois meios com um ângulo de incidência, i. Uma parte dela atravessa a superfície e passa de um meio para outro, ou seja, é refratada com um ângulo de refração, r, e a outra parte retorna ao meio de origem.
Quando a superfície é polida, como no caso dos espelhos, a luz é totalmente refletida, ou seja, retorna ao meio de origem. A reflexão da luz pode ser classificada de duas formas:
- Reflexão regular: se os raios de luz incidirem sobre uma superfície totalmente polida e forem refletidos todos na mesma direção e paralelos entre si, conforme mostra a figura 1.2.
Figura 1.2: Reflexão regular[pic 2]
- Reflexão difusa: ocorre quando os raios de luz incidem sobre uma superfície irregular e são refletidos em várias direções distintas, conforme a figura 1.3.
Figura 1.3: Reflexão difusa[pic 3]
Existem duas leis para a reflexão da luz:
- O ângulo de incidência é sempre igual ao ângulo de reflexão, αi = αr;
- O raio incidente, o raio refletido e a reta normal à superfície de separação pertencem a um só plano.
Observam-se estas leis na figura 1.4:
Figura 1.4: De acordo com as leis da reflexão, os raios incidente e refletido possuem o mesmo ângulo com a normal à superfície.[pic 4]
A refração da luz (Figura 1.5) consiste na mudança da velocidade da luz ao passar de um meio para o outro. É em virtude desse fenômeno que um objeto colocado dentro de um copo aparenta estar torto ou que uma piscina parece ser mais rasa do que realmente é.
Figura 1.5: Quando os raios de luz passam de um meio para o outro, ocorre mudança na direção e velocidade de propagação [pic 5]
A intensidade da refração dependerá da variação sofrida pela velocidade ao passar de um meio para outro. Para caracterizar os meios materiais, existe o índice de refração, representado pela letra “n”, sendo calculado da seguinte forma:
n = c
v
Sendo que:
c – velocidade da luz no vácuo;
v – velocidade da luz no meio material;
n – índice de refração.
A lei básica da refração da luz, que também pode ser denominada lei de Snell, tem o seguinte enunciado: “Quando a luz passa de um meio, cujo índice de refração é n1, para outro meio, que tem índice de refração n2, temos:
n1 . Senθ1 = n2 . Sen θ2
Sendo que θ1 é o ângulo de incidência, e θ2, o ângulo de reflexão.”.
- METODOLOGIA
2.1 OBJETIVOS:
- Verificar a relação entre o ângulo de incidência e o ângulo de reflexão (1º enunciado da lei da reflexão).
- Verificar a lei de Snell-Descarte e medir o índice de refração do acrílico usando esta lei.
- Medir o ângulo crítico (θc) para o qual ocorre o fenômeno da reflexão interna total da luz.
2.2 MATERIAL UTILIZADO:
- 01 (uma) fonte de luz (laser);
- 01 (um) disco graduado de Hartl;
- 01 (um) espelho plano.
- 01 (um) semicírculo de acrílico.
- PROCEDIMENTO:
- Ajustou-se e se alinhou todo o sistema óptico, de forma que a luz do laser passasse exatamente pelo centro do disco graduado de Hartl;
- Posicionou-se o espelho ortogonalmente em relação à trajetória do raio de luz, fazendo com que o raio refletido incidisse sobre a saída de luz do próprio laser;
- Fizeram- se as medidas do ângulo de reflexão para cada ângulo de indicência, verificando-se a reversibilidade do caminho óptico. Os resultados foram anotados no Quadro 1;
- Antes de qualquer medição ou verificação, todo o sistema óptico foi ajustado, fazendo-se incidir um raio luminoso precisamente no centro do corpo semicircular de vidro para que os raios refratados fossem perpendiculares à superfície de emergência;
- Fez-se, ainda, variar o ângulo de incidência, girando o disco de Hartl e se observou a variação do ângulo de refração;
- Após observação, os dados foram anotados e o Quadro 2 foi preenchido. O Gráfico 1 foi feito ainda para expressar a relação entre os senos dos ângulos de incidência e refração.
- Alinhou-se novamente o sistema, mas dessa vez colocando o semicírculo de acrílico de forma que a superfície plana dele coincidisse com o diâmetro do suporte;
- Fez-se incidir a luz laser perpendicularmente à face circular do semicírculo e para duas medidas do ângulo de incidência;
- Anotaram-se os respectivos ângulos refratados, preenchendo o Quadro 3.
- Observou-se o fenômeno da reflexão interna total;
- Para o cálculo de [pic 6], usou-se o índice de refração do ar igual à unidade ([pic 7]= 1,0). Mediu-se o valor do ângulo crítico (θc) e se calculou novamente [pic 8]. Anotou-se o resultado.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na primeira parte do experimento, usou-se um espelho plano para se medir o ângulo de reflexão e observar se condiziria com o esperado teoricamente. Os resultados foram expostos no Quadro 1 que se segue:
Quadro 1: Ângulo de reflexão nos sentidos direto e reverso[pic 9]
A partir deste Quadro, observa-se que, em alguns ângulos de incidência, o resultado obtido diferenciou um pouco do esperado. Isso pode ter sido causado por um alinhamento não tão satisfatório do espelho e também pela inclinação desregulada do disco graduado de Hartl. No entanto, quando esse erro aconteceu, a diferença foi pequena e em muitos casos a teoria foi confirmada. Logo, o experimento foi satisfatório.
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