A SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS E DETERMINAÇÃO DO PERCENTUAL DE ÁLCOOL NA GASOLINA
Por: Taiara Soares • 7/4/2018 • Relatório de pesquisa • 1.256 Palavras (6 Páginas) • 403 Visualizações
ESTUDO DA SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS E DETERMINAÇÃO DO PERCENTUAL DE ÁLCOOL NA GASOLINA
Palavras Chave: Química; Polaridade; Prática; Soluto; Solvente.
Resumo
O presente trabalho fundamenta-se nas constatações realizadas durante a aula prática de Estudos da Solubilidade dos Compostos e Determinação do Percentual de Álcool na Gasolina, da disciplina Química Geral, ministrada pelo Professor Alexandre Wentz na Universidade Salvador. O artigo envolve conhecimentos acerca da polaridade das moléculas dos solutos e solventes utilizados nos experimentos desenvolvidos em laboratório.
Introdução
O presente trabalho foi solicitado pelo Professor Alexandre Wentz, da disciplina de Química Geral da Escola de Engenharia e Tecnologia da Informação da Universidade Salvador. Sua realização consistiu em executar experimentos a respeito da solubilidade e posteriormente em encontrar o percentual de álcool existente em uma amostra de gasolina brasileira. Os procedimentos serão descritos em tópico próprio.
A prática foi executada no Laboratório de Química Geral do Prédio de Aulas 1 da Universidade Salvador no dia 23 de setembro de 2015.
Para a realização dos experimentos e compreensão dos resultados, deve-se conhecer de forma breve a respeito da “Polaridade Química”, que é a teoria que versa a respeito da separação das cargas elétricas em moléculas. De forma geral, o que define as moléculas como polares ou apolares é a desigualdade ou a uniformidade no compartilhamento de elétrons na mesma e a forma com que esta se organiza geometricamente.
As moléculas polares possuem uma desigualdade na eletronegatividade dos seus átomos, tornando o compartilhamento de elétrons desigual. Já as moléculas apolares possuem átomos que compartilham os elétrons entre si de forma mais uniforme, pois possuem eletronegatividade mais próximas. Vale ressaltar que o conceito de polaridade é relativo, pois existem diferentes graus a depender da molécula que se toma por referência.
Conhecendo as possibilidades de polaridade ou apolaridade, diz-se que solutos polares somente se misturam com solventes polares. Os solutos apolares, da mesma forma, só se misturam com solventes apolares.
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Para a prática, também é essencial o entendimento das “Interações Intermoleculares”, que são forças responsáveis por unir as moléculas na formação dos compostos. Dentre elas, pode-se citar as pontes de hidrogênio, interação na qual, o elemento que dá nome a mesma estará ligado diretamente ao flúor, nitrogênio ou oxigênio, o que levará a uma grande diferença de eletronegatividade. Esse é um tipo de ligação dipolo-dipolo, ocorrendo assim, entre moléculas polares.
Existem ainda a força dipolo induzido- dipolo induzido, ocorrente entre moléculas apolares e causada por leves mudanças na nuvem eletrônica –isso levará a formação de um lado positivo e um negativo de forma temporária em uma das moléculas, o que irá gerar a polarização das demais, resultando em suas interações-, e a dipolo-dipolo induzido, que é a mais fraca, existindo entre moléculas de diferentes polaridades.
Conhecendo essas propriedades, cujo aprofundamento teórico seria matéria para um outro artigo, a aplicação dos conhecimentos no experimento será definido nos próximos tópicos
Fonte: FELTRE, Ricardo. Fundamentos de Química: vol. único. 6ª.ed. São Paulo: Moderna, 2009. 700 p.
Experimental
O procedimento ocorreu conforme o fluxograma abaixo:
[pic 2]
[pic 3]
[pic 4]
Resultados e Discussão
Parte 1: É importante conhecer a polaridade dos solutos e solventes utilizados no experimento:
- Água: Polar
- Etanol: Natureza mista, pois possui grupos polar e apolar em sua molécula.
- Heptano: Apolar
- Óleo: Apolar
- Sal(NaCl): Polar
- Gasolina: A gasolina brasileira é misturada a um percentual de álcool, o que a deixa uma parte de seu volume polar, embora seja apolar.
Segundo a teoria, as substâncias polares e apolares não se misturarão, o que será confirmado na observação prática.
A miscibilidade das soluções foi aferida da seguinte forma: os tubos de ensaio que apresentaram apenas uma fase, possuíam substâncias miscíveis entre si. Os frascos que apresentaram duas fases, substâncias imiscíveis. Os resultados podem ser conferidos na tabela abaixo:
Tubos | Fases |
Tubo 1 | 1 Fase |
Tubo 2 | 2 Fases |
Tubo 3 | 2 Fases |
Tubo 4 | 1 Fase |
Tubo 5 | 2 Fases |
Tubo 6 | 2 Fases |
Tubo 7 | 2 Fases |
Tubo 8 | 2 Fases |
Tubo 9 | 1 Fase |
Tubo 10 | 1 Fase |
Tubo 11 | 2 Fases |
Tubo 12 | 2 Fases |
Parte 2: A gasolina brasileira é misturada ao Etanol (polaridade das substâncias descritas anteriormente). Para encontrar o percentual de etanol na gasolina, deve-se isolá-la e então fazer a regra de três sobre a diferença entre a quantidade de gasolina anterior.
Para isolar a gasolina do álcool, será utilizada uma solução de Cloreto de Sódio que possui um comportamento polar, o que a misturará com o álcool presente e isolará a gasolina, uma vez que a natureza polar no Etanol é predominante.
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