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A Teoria das ideias de Platão

Por:   •  15/5/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  545 Palavras (3 Páginas)  •  225 Visualizações

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A teoria das ideias de Platão.

Em geral, as teorias das ideias de Platão, como encontramos nos diálogos, afirma que existem determinadas entidades fundamentais e independentes. As ideias que são imutáveis, e que as coisas mutáveis com as quais temos contato direto por meio da experiência, dependem diretamente de sua existência e natureza, das ideias. Além disso, as teorias sustenta que as ideias imutáveis são cognoscíveis através do arrazoamento ao passo que as coisas mutáveis são cognoscíveis. Caso possam sê-lo, através da percepção sensorial, dessa forma duas proposições são centrais na teoria de Platão: a primeira proposição puramente Metafísica, e a segunda epistemológica, sobre o conhecimento. Esse duplo aspecto da teoria das ideias, sua dimensão Metafísica e sua dimensão epistemológica gerou desde o início uma questão básica de interpretação, como os aspectos se relacionam e qual deles é o mais fundamental. De modo geral, enfatizam a Metafísica como aspecto principal da monumental obra de Paul Natorp.

As ideias de Platão em todo caso foram as mais fundamentais e gerais, determinam a natureza do pensamento e do conhecimento, e como consequência, a natureza da realidade a realidade que se sujeita ao pensamento e ao conhecimento. A primeira é uma tese Metafísica e não faz referência ao pensamento ou conhecimento. Ela apenas afirma que, para Platão, as entidades foram fundamentais e independentes, as ideias imutáveis das quais todas as coisas dependem para existência e natureza e não são substâncias, mas explicações objetivas das “leis da natureza”, como Natorp também denomina.

A interpretação de Natorp, decorre diretamente que as ideias de Platão não são substâncias transcendentais. Dessa forma elas não são habitantes de um mundo de substâncias imutáveis, situado além deste mundo espaço temporal de substâncias mutáveis. Dessa forma, Natorp quer resgatar a teoria de Platão de uma crítica a ela dirigida por Aristóteles. Segundo essa crítica, as ideias de Platão não passam de reproduções imutáveis e perenes de um mundo conhecido de coisas mutáveis e perecíveis. É praticamente consequência da interpretação de Aristóteles que o conhecimento de Platão se limita às ideias, e que as coisas sensíveis não são estritamente cognoscíveis, mesmo se mostrarmos com certa justificação, que o conhecimento limitado às ideias não é simplesmente qualquer tipo de conhecimento, mas conhecimento explicativo e que, portanto, as coisas sensíveis podem, para Platão ser cognoscíveis num sentido diferente e menos estrito um sentido que será associado à percepção sensorial ainda que assim parece ser consequência inevitável da interpretação de Aristóteles, que o conhecimento das ideias não tem nenhuma relação com o conhecimento das coisas sensíveis, na medida em que o conhecimento é possível. Pois, na interpretação de Aristóteles as coisas sensíveis serão indeterminadas para que existam ou não ideias imutáveis; como é por causa da sua indeterminação que as coisas sensíveis não são cognoscíveis, embora talvez sejam cognoscíveis em sentido menos estrito, acreditam-se que quer existam ou não ideias imutáveis. Assim, segundo a interpretação de Aristóteles existem uma dissociação epistemológica radical entre as ideias e as coisas sensíveis, do mesmo modo

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