A Transferência de tarefas antes incumbidas aos seres humanos para as máquinas
Por: AurelioONB • 26/10/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 10.260 Palavras (42 Páginas) • 227 Visualizações
- INTRODUÇÃO
A transferência de tarefas antes incumbidas aos seres humanos para as máquinas é um fenômeno que vem aumentando cada vez mais nas indústrias, de uma maneira geral. A implementação de maquinários, dispositivos e equipamentos tem sido um caminho seguro e eficaz para a melhoria da produtividade do processo produtivo na maioria das empresas, bem como para o controle de qualidade eficiente.
De acordo Moraes e Castrucci (2012), a automação industrial é definida como qualquer sistema, apoiado em computadores, que substitui o trabalho humano, em favor da segurança das pessoas, da qualidade dos produtos, rapidez da produção ou da redução de custos, assim aperfeiçoando os complexos objetivos das indústrias, dos serviços ou bem estar.
Considera-se o início da automação industrial quando se decorre a primeira revolução industrial, com conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Na década de 1920, Henry Ford revoluciona o processo de fabricação de automóveis com a produção em série com esteiras transportadoras e maquinários. Após a Segunda Grande Guerra o modelo de produção Toyotismo ocasionou outra revolução, com desenvolvimento de linhas que empregam maquinários, dispositivos e equipamento adequados à necessidade de produção do produto com foco em reduzir custos e desperdícios, aumento da qualidade e melhoria da produtividade. Em todas as situações a automação industrial, foi empregada quando se necessita inovar, melhorar e otimizar o processo produtivo.
Tendo em vista os benefícios de se aplicar a automação no processo produtivo, o presente trabalho apresenta automatização realizada no processo de embalagem de bolas de tênis. Precisou-se embalar 2000 mil bolas de tênis em tubos plásticos, em seguida encaixotá-los em caixas com capacidade de 4, 6 e 8 unidades, em 8 horas.
No segundo item deste trabalho encontram-se os fundamentos teóricos que o fundamentam, no terceiro as justificativas, no quarto a metodologia: cronograma, lista de materiais e cálculos, no quinto descrição do projeto, já no sexto a descrição do funcionamento, no sétimo a conclusão, a bibliografia finaliza sendo o nono item.
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
- ESTEIRA TRANSPORTADORA
As esteiras ou correias transportadoras são utilizadas para o carregamento, transporte e abastecimento de materiais úmidos, abrasivos ou pegajosos no processo de manufatura. De acordo com o projeto específico de cada empresa, as esteiras variam suas características, podendo ser lisas ou com taliscas, com bordas fechadas e apresentar ou não acessórios diferenciados. A aplicação da esteira transportadora padroniza a produção, aumenta a sua velocidade e reduz os custos (VANDERHULST, 2017).
2.1.1 Esteira com taliscas
As esteiras com taliscas são comumente empregadas nos setores agrícolas, alimentícios e de embalagens, realizam o transporte a granel e inclinado. O modo de trabalho dessas esteiras é de elevação de materiais e por isso conta com taliscas com tamanhos acima de 80 mm de altura (GLOBAL CORREIAS, 2017).
2.2 Dimensionamento da esteira transportadora
2.2.1 Determinação da capacidade da esteira transportadora
Obtém-se a quantidade de material transportado por hora por meio da equação 1.
(1)[pic 1]
Onde:
Q = A quantidade de material transportado, em kg/hora;
A = A seção transversal de carga, em metros quadrados;
V = A velocidade do transportador, em metros por segundo;
D = A densidade aparente do material transportado, em kg/m³;
K’ = Coeficiente que depende do ângulo de inclinação do transportador e que tem os valores indicados na tabela 1.
Tabela 1: Coeficientes de inclinação do transportador.
[pic 2]
Fonte: CAETANO, 2014.
- Potência de acionamento
A Potência de Acionamento P resulta da soma de três parcelas P1, P2 e P3, as quais correspondem, respectivamente, às potências necessárias para: o funcionamento da correia transportadora em vazio; deslocamento horizontal da carga e o deslocamento vertical da carga.
- Potência P1 para o funcionamento da correia transportadora em vazio
Esta potência é proporcional a um coeficiente C (valor = 1), ao coeficiente de atrito f (ver tabela 2), à distância entre eixos do transportador L, à velocidade da correia transportadora, v, e ao coeficiente Mv, que é dado por . Assim, temos:[pic 3]
(2)[pic 4]
Sendo Pc o peso por metro linear de correia transportadora, δ o ângulo de inclinação do sistema transportador e M o peso de partes móveis (veja tabela 3) (CAETANO, 2014).
Tabela 2: Coeficiente de atrito.
[pic 5]
Fonte: CAETANO, 2014.
Tabela 3: Coeficiente M.
[pic 6]
Fonte: CAETANO, 2014.
- Potência P2 para o deslocamento horizontal da carga
Esta potência é proporcional ao coeficiente C (valor = 1), ao coeficiente de atrito f (tabela 2), à distância entre eixos do transportador L, à quantidade de material transportado Q em Ton/hora, e ao cosseno do ângulo de inclinação δ do sistema transportador (CAETANO, 2014). Desta maneira, temos:
(3)[pic 7]
- Potência P3 para o deslocamento vertical da carga
Esta potência é proporcional à quantidade de material transportado Q, em Ton/hora, e ao desnível H (dado por ) existente entre os extremos do sistema transportador. Este, por sua vez, está relacionado com a distância entre eixos L e com ângulo de inclinação δ (CAETANO, 2014). Deste modo, temos: [pic 8]
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