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A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS NA MATEMÁTICA

Por:   •  26/3/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.079 Palavras (5 Páginas)  •  319 Visualizações

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A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS NA MATEMÁTICA

Fabiana Dias Seabra1

Renata Campos de Oliveira2

Daniel Brandão Menezes3

Resumo:

Texto com um mínimo de 250 e no máximo 500 palavras, em parágrafo único, justificado e espaçamento simples, fonte Times New Roman, tamanho 10. No resumo, devem ser apresentados o objetivo do trabalho, os métodos utilizados, os resultados mais importantes e as conclusões obtidas.

Palavras-chave: Mapas Conceituais; Ensino da Matemática; História da Matemática; Metodologia de Ensino.

1 INTRODUÇÃO

Os mapas mentais, primeiramente apresentados na década de 70 por Joseph Novak, são estruturas gráficas que esquematizam um conjunto de ideias de determinado assunto e têm uma grande diversidade de aplicações. São diagramas que têm como objetivo indicar as conexões entre itens e conceitos de forma hierárquica. (MOREIRA, 2012).

De acordo com Dandolini e Souza (2008), esses mapas apresentam fácil construção, exigindo apenas a seleção prévia de termos e conceitos relevantes, sua organização de forma hierárquica (partindo das ideias mais gerais e chegando nas mais específicas) e a análise das relações entre eles. A partir daí, monta-se o mapa, onde os conceitos são colocados dentro de quadros e, em seguida, são feitas as ligações entre eles.

Podendo ser utilizados de diversas formas, como no planejamento curricular e em sistemas de avaliação, os mapas mentais, na área de ensino e aprendizagem, tem como principal objetivo proporcionar uma visão integrada do assunto, explicitando relações entre conceitos que podem facilitar bastante a aprendizagem. (MOREIRA, 2006).

Vale ressaltar que a compreensão dessas conexões, além de esclarecer o conteúdo, torna o processo de ensino mais ativo, já que a busca por relações múltiplas entre ideias estimula o raciocínio, substituindo a aprendizagem mecânica e decorativa.

Dessa forma, o presente artigo objetiva analisar historicamente a inserção dos mapas conceituais na área da Matemática e propor a utilização desses mapas como metodologia de ensino e aprendizagem.

2 METODOLOGIA

Este artigo se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, realizada através de análises bibliográficas de artigos e livros. Dentre as obras analisadas, foram de maior relevância os estudos de Moreira (2006; 2012), para a definição de mapa conceitual, e de Grevholm (2008), Caldwell et al. (2006) e Dandolini e Souza (2008), para a análise histórica da utilização dos mapas na Matemática.

3 HISTÓRIA DOS MAPAS CONCEITUAIS NA MATEMÁTICA

A utilização dessa metodologia na área do ensino já é bastante utilizada e a literatura específica é bastante rica, principalmente na língua inglesa. No Brasil, no entanto, os mapas conceituais ainda são pouco abordados e a literatura é restrita. Na área da Matemática, mais especificamente, a utilização dos mapas conceituais é pouco explorada, apesar do potencial que essa metodologia mostra no processo de facilitação da aprendizagem.

No ano de 1996 iniciou-se uma das primeiras pesquisas dedicadas especificamente à inserção dos mapas conceituais no ensino da Matemática. O estudo, dirigido por Barbro Grevholm, foi desenvolvido na Universidade de Adger, na Noruega. A pesquisa tinha como objetivo avaliar o desenvolvimento conceitual da Matemática na universidade, que, por coincidência, recebeu a visita do criador dos mapas conceituais, Joseph Novak. Ele sugeriu que Grevholm utilizasse sua metodologia de diagramas para avaliar seus alunos.

Dessa forma, Barbro inicialmente construiu alguns mapas, juntamente aos alunos, e, durante a pesquisa, pediu que os alunos desenvolvessem seus próprios mapas, para que pudesse avaliar a evolução do aprendizado dos alunos na área conceitual da Matemática. Assim, o uso dos mapas mentais foi inserido pela primeira vez como método de ensino e aprendizagem na Matemática. (GREVHOLM, 2008).

Após o sucesso desse estudo, diversas universidades americanas começaram a iniciar pesquisas para explorar a eficiência dessa metodologia tão pouco utilizada na área da Matemática. É o exemplo da Universidade de North Florida, que iniciou em 2005 um projeto para inserir o uso de mapas conceituais no ensino da Matemática em escolas do ensino fundamental. A universidade ofereceu diversos cursos para os professores dessas escolas, o que incluiu o uso dos mapas como ferramenta de ensino e avaliação, assim como a utilização de softwares para a construção deles. (CALDWELL et al., 2006).

Ademais, o tema vem sendo abordado no Brasil, mesmo que de forma menos ampla. O mapa da figura 1, por exemplo, foi utilizado por Danilo Periotto em seu estudo, na Universidade Federal de São Carlos, que objetivou a inclusão dos mapas conceituais no ensino de Equações Diferenciais Ordinárias.

[pic 1]

Figura 1 – Mapa Conceitual de Equações Diferenciais Ordinárias

Fonte: Danilo Periotto, 2003

Além disso, na Universidade Federal de Santa Catarina, foi realizada a pesquisa de Dandolini e Souza (2008) que visou inserir o uso dos mapas conceituais nas disciplinas de Lógica Matemática do Curso de Licenciatura em Matemática a Distância, na qual os mapas foram utilizados tanto no ensino como para a realização de atividades e avaliações.

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