APLICAÇÃO DO CICLO PDCA PARA ANÁLISE DA INTERFERÊNCIA DA QUEBRA DE CARCAÇA NO RENDIMENTO DO FILÉ EM UM ABATEDOURO DE AVES

Aplicação do ciclo PDCA como metódo de otimiação de processo: estudo de caso em um abatedouro de aves em Mato Grosso do Sul

Objetivo geral

 Aplicar o ciclo PDCA pra quantificar, analisar e buscar causas das perdas no processo de desossa do peito de frango.

Objetivo específico: 

• Mapear o processo
• Identificar possíveis perdas no processo
• Propor melhorias para otimização do processo

Justificativa

• Importância da qualidade de produto

A avicultura é uma atividade econômica que vem se tornando cada vez mais importante para o Brasil. O país ocupa o segundo lugar na produção mundial de frango, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, e a primeira posição na exportação desse tipo de carne. (ABPA, 2018).

Os mercados e clientes tem ficado cada vez mais exigente quando se trata de produtos e serviços, buscando um alto padrão de qualidade, desta forma as empresas estão em constante evolução e aperfeiçoamento de processos para alcançar a qualidade dos produtos e serviços (COBRA; RANGEL, 1992).

Para Maschio e Raszl (2012), grande parte das perdas ocorre dentro do abatedouro. Por isso a busca por constante evolução, nos processos, na qualidade de produtos e serviços é preciso e quando bem-sucedida traz consigo a redução de custos, o aumento de rentabilidade e diminuição de desperdícios. E na realidade atual de mercado, é necessário a busca por o aperfeiçoamento de seus processos para aumentar a competitividade com seus concorrentes e dessa forma alcançar uma redução de custo de produção e garantir um produto de qualidade.

No setor alimentício, além da preocupação com a qualidade é necessário a garantir a segurança através da inocuidade dos produtos. Para Oliveira (2004), a garantia da qualidade se dá pela utilização de princípios de gestão, aperfeiçoamento contínuo, desenvolvimento de recursos e assistência técnica, sendo necessário o processo produtivo controlado, equipe qualificada, e a existência de um sistema de informação eficiente e a busca constante por procedimentos que minimizem impactos negativos.

Referencial Teórico

Avicultura no Brasil

A produção de frangos de corte, atualmente, é considerada uma atividade econômica internacionalizada e uniforme, sem fronteiras geográficas de tecnologia. Podendo ser considerada um complexo industrial que não deve ser analisado apenas sob o aspecto de produção e distribuição, e sim por meio de uma abordagem sistêmica do setor. As características desta atividade contribuem para aumentar a geração de emprego e de renda no campo. O sistema de integração desenvolvido no Brasil mostra-se ideal para pequenas propriedades (VIEIRA & DIAS, 2005).

A avicultura brasileira destaca-se no mercado internacional de carnes. Ocupa desde 2011 a liderança na exportação de carne de frango e a terceira posição em produção mundial desse produto. De acordo com dados da União Brasileira de Avicultura – UBABEF (2013) em 2012, o Brasil foi o terceiro maior produtor mundial de carne de frango, produzindo um total de 12,6 milhões de toneladas de carne de frango, ficando atrás apenas dos EUA, que possui uma produção de 16,5 milhões de toneladas, se destacando como o maior produtor mundial do produto, e a China com uma produção de 13,7 milhões de toneladas, segundo maior produtor.

Avicultura no Mato Grosso do Sul

MENDES & SALDANHA (2004) destacam a ocupação de novas plantas da agroindústria avícola no cerrado brasileiro e em novos projetos nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre, Tocantins e no Nordeste brasileiro a partir de 2000. Para SILVA et. al. (2007) e ALBINO & TAVERNARI (2008), a expansão produtiva tornou a região Centro-Oeste um novo pólo de expansão para as grandes empresas processadoras, com perfil de produtores diferentes, tais como: contrato com um número reduzido de granjas com maior capacidade de produção; e a característica da região se destacar como maior produtora de milho e soja, base da alimentação das aves.

O estado de Mato Grosso do Sul ocupa a oitava colocação de maior produtor desde 2009, vem a apresentando um crescimento médio na sua produção de 5,25% ao ano. (IBGE/SIDRA, 2013). Quando se trata de exportação, ocupa o oitavo lugar como maior exportador brasileiro, exportando 125,26 mil toneladas, e sendo responsável por 3,27% do total das exportações em 2012 (SECEX/MIDIC/ALICEWEB, 2013).

Ferramentas de Gestão da Qualidade

        Um sistema de gestão de qualidade apresenta vantagens quando suas ferramentas são aplicadas de forma correta. Os princípios de gestão da qualidade são o ponto de partida para os esforços de gerenciamento da empresa alcançar melhoria contínua, eficiência a longo prazo e satisfação do cliente [1-4].

        Esse sistema de gestão deve ser baseado na integridade de todos os recursos de produção e suporte da companhia. Permitindo um fluxo do processo sem falhas, cumprindo todas as exigências dos contratos, normas e mercado relacionados requerimentos de qualidade [5]. Ter o sistema de gestão da qualidade em local é pré-requisito para sua aplicação bem-sucedida no dia a dia. Se o foco da empresa é o cliente, a empresa deve selecionar maneiras eficientes de aquisição e comercialização de dados pesquisa para confirmar se os produtos ou serviços atende às demandas dos clientes e expectativas. As informações coletadas são inestimáveis no processo de tomada de decisão com base em fatos. Técnicas de coleta de dados e análise também são de grande importância para definir oportunidades para novos processos e melhoria da qualidade dos produtos. [6]. Dentre estas técnicas e ferramentas utilizadas, pode-se citar o ciclo PDCA e as ferramentas da qualidade como poderosas armas usadas na gestão da qualidade (MATALIMA, 2007).

Diagrama Causa e Efeito (REESCREVER)

O Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe, também chamado diagrama de Causa e efeito Também pode ser chamado diagrama 6M, visto que em sua estrutura, os problemas podem ser classificados em seis tipos diferentes: método; matéria-prima; mão de obra; máquina; meio ambiente e medida (ARAÚJO, 2010).

É uma ferramenta de fácil entendimento muito utilizada em processos de qualidade. Kaoru Ishikawa foi o criador do diagrama em 1943 e o usava em ambientes industriais para averiguar a dispersão na capacidade qualitativa dos produtos e processos. Trata-se de uma ferramenta que possibilita o reconhecimento e observações das potenciais causas de variação do processo ou da ocorrência de um fenômeno, bem assim como da forma como essas causas interagem entre si (WILLIANS,1995).