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As Estruturas de Fundação e Contenções

Por:   •  24/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.403 Palavras (6 Páginas)  •  147 Visualizações

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Centro Universitário UNA

Disciplina: Estruturas de Fundação e Contenções

Professor: Gerson Amorim de Castro

Integrantes:   Aline Isabela

Anderson Matos

Mª Aparecida Carvalho

Paulo Junior

Sirlene Oliveira

Soraya Avelar

Thamires Batista

BLOCOS DE FUNDAÇÃO E

MUROS DE PNEU

Belo Horizonte

2018

  1. Blocos

As fundações são elementos essenciais às superestruturas por serem responsáveis por descarregarem os esforços necessários ao seu equilíbrio para o solo. Elas podem ser rasas ou profundas. Considerando, especificamente, as fundações rasas, estas podem ser definidas como as fundações que se situam inferiormente à infraestrutura e se distinguem pela transmissão do esforço ao solo por meio das pressões difundidas sob sua base (ALONSO, 2010).

Integrando esse tipo de fundação, os blocos de fundação, são elementos de apoio construídos de concreto simples ou ciclópico, geralmente não armados, dimensionados de maneira que as tensões sejam sorvidas pelo próprio concreto (Alonso, 2010). São caracterizados também, por terem uma altura relativamente grande, necessária para que trabalhem essencialmente à compressão (TEIXEIRA,1998).

Conforme, Bastos (2006), os blocos recebem e transmitir ações dos pilares diretamente para o solo ou por meio de estacas e tubulões. Comunmente, os blocos são elementos de rigidez elevada. Devido a isso, os recalques neles não possuem necessidade de urna análise posterior com relação à interação solo-fundação, ou seja, o calculo do requalque é feito sem levar em conta a flexibilidade da fundação (VELLOSO; LOPES, 2010)

Dentre as vantagens apresentadas pelos blocos de fundação, destacam-se a rapidez na sua execução, o baixo custo (se comparado com outros tipos de fundação), a sua boa capacidade de suporte para obras de pequeno porte e boa trabalhabilidade ao esforço de compressão. Como é uma fundação não armada, é possível economizar em sua execução pela não necessidade de compra de barras de aço (BARROS, 2011).

Em relação a seu dimensionamento, ele é realizado de forma que a armadura longitudinal para flexão seja dispensada. Portanto, as forças de tração, maiores na base, precisam ser inferiores à resistência a tração do concreto, de modo que o suporte ao cisalhamento seja alcançado (VELLOSO; LOPES, 2010).

Figura 1: Blocos escalonados (a) e comum (b)

[pic 1]

Fonte: ALONSO, 2010

Pela figura 1, podemos verificar a presença de um ângulo α. Este, conforme Alonso (2010) é obtido através da relação (Figura 2) entre a tensão aplicada ao solo pelo bloco σs (carga do pilar somada ao peso próprio do bloco divido pela área da sua vase) e a tensão admissível à tração do concreto, σt, em que seu valor é da ordem de fck/25, não sendo adequado adotar valores superiores do que 0,8MPa (Alonso, 2010).

Figura 2: Variação de α em função da relação σs/σt

[pic 2]

Fonte: ALONSO, 2010

Por serem utilizados onde a camada resistente do solo se encontra a uma profundidade de 0,5 a 2,0 metros, os blocos devem ter alguns cuidados em seu processo de execução. Eles são:

  • Ao executar a abertura da vala é necessário verificar se existem formigueiros ou raízes de árvores nela ou suas proximidades;

  • As dimensões devem observar à profundidade mínima de 40 cm, se a largura da parede de 1 tijolo então deve-se adotar a profundidade mínima de 45 cm, caso seja de ½ tijolo deve-se adotar 40 cm;
  • Para terrenos inclinados deve-se executar o bloco com geometria de escada (escalonada) com profundidade mínima de 40 cm e máxima de 50 cm;
  • Deve-se promover a compactação da camada resistente do solo resistente, apiloando o fundo com soquete de 10 a 20 kg visando uniformizar o fundo da vala;
  • É recomendada a aplicação de uma camada de concreto magro (90 kgf/cm2) com espessura variando de 5 a 10 cm;
  • A execução do embasamento pode ser de concreto, alvenaria ou pedra. A partir do material utilizado é definido o intervalo do processo de cura;
  • Deve-se realizar a construção de uma cinta de amarração para que esta absorva os esforços não previstos, suporte pequenos recalques, distribua o carregamento e combata esforços horizontais. Podendo ser de concreto armado, alvenaria ou concreto simples com utilização de fôrma lateral;
  • É recomendado a aplicar uma camada de impermeabilizante para evitar a subida de umidade por capilaridade para a alvenaria. Isso extinguirá a chance de ocorrência de descontinuidade (que pode comprometer a resistência). A impermeabilização deve ter ao menos 10 cm de profundidade em relação ao topo da alvenaria de embasamento, os impermeabilizantes mais usados são: argamassas poliméricas ou mesmo emulsões asfálticas ou acrílicas;
  • O controle de execução deve observar a locação do centro dos blocos e da linha das paredes, a cota do fundo de vala e também sua limpeza.

2.0 Muros de Pneu

Segundo Gerscovich (2010), os muros de pneus, Figura 3, são constituídos a partir do lançamento de camadas horizontais de pneus, amarrados entre si com corda ou arame e preenchidos com solo compactado. Funcionam como muros de gravidade.

Figura 3: Muro de contenção de terra usando pneus como material de construção

[pic 3]

Fonte: Gerscovich, 2010

Muros de arrimo por gravidade são estruturas corridas que se opõem aos empuxos horizontais pelo próprio peso. Geralmente, são utilizadas para conter desníveis pequenos ou médios, inferiores a 5m.

 A utilização de pneus em obras geotécnicas apresenta-se como uma solução que combina a elevada resistência mecânica do material com baixo custo, comparativamente aos materiais convencionais. O custo depende basicamente da quantidade de pneus, que são pneus usados. Geralmente encontrados em depósitos de lixo, esses pneus podem ser adquiridos por baixo preço.

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