As Medições, Constante Elástica, Lei de Hooke
Por: Paola Alessandra Bianchini • 1/7/2019 • Relatório de pesquisa • 1.535 Palavras (7 Páginas) • 211 Visualizações
Lei de Hooke
Bruna C. Bitencourt, Bruna Segat, Felipe Ramiro U. G. e Gustavo Amorim
Engenharia Química – ENGETEC
Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
E-mail: brusegat@gmail.com
Resumo. A experiência buscou, por meio de uma série de medições do alongamento de uma mola com diferentes pesos, determinar experimentalmente a constante elástica k de uma mola, verificar a Lei de Hooke e linearizar as equações trabalhadas. Além de constatar que a mola utilizada obedece a Lei de Hooke, por meio do experimento e da plotagem do gráfico, é possível observar valores diferentes para a constante k referencial e experimental.
Palavras chave: medições, constante elástica, Lei de Hooke, experimento, constante k.
Introdução
O termo elasticidade, na física, representa a propriedade mecânica de alguns materiais para sofrer deformação reversível quando são submetidos à ação de forças externas e retornar a forma original quando essas forças são removidas. A partir disso, têm-se a mola helicoidal como um exemplo de um corpo material elástico que pode ser comprimida, deformada ou distendida e, segundo Souza et al. (2012), a força restauradora que existe nos materiais quando sofrem uma dessas ações pode ser descrita pela Lei de Hooke.
A lei de Hooke, segundo Souza et al. (2012), determina a relação existente entre a deformação de uma mola e sua constante elástica, ou seja, descreve a força restauradora que existe nos materiais quando são deformados, comprimidos ou distendidos. Independentemente do sentido do deslocamento, conforme Resnick, Halliday e Krane (2017), a força restauradora sempre atua no sentido de levar o sistema de volta à sua posição de equilíbrio. A partir disso, a Lei de Hooke é dada pela equação 1.1.
FR = -k.x (1.1)
“O sinal negativo indica que a força elástica é uma força restauradora, um tipo de força que sempre aponta de volta para a posição de equilíbrio.” (KNIGHT, 2009). A constante é chamada, conforme Cutnell e Johnson (2016), de constante da mola e é o deslocamento da mola em relação à sua posição de equilíbrio. Além disso, eles afirmam [pic 1][pic 2]
que quando uma mola se comporta conforme a equação 1.1 é chamada de mola ideal.
Um objeto preso a uma mola que depois é esticada ou comprimida sendo retirada da posição de equilíbrio, segundo Bauer, Westfall e Dias (2013), quando for solto ele passará a oscilar de um lado para o outro e esse movimento é chamado movimento harmônico simples (MHS).
A força restauradora conduz a um movimento harmônico simples quando o objeto está preso a uma mola vertical, do mesmo modo quando a mola é horizontal. Dessa forma, “o peso do objeto faz com que a mola se alongue, e o movimento ocorre em torno da posição de equilíbrio do objeto pendurado na mola esticada.” (CUTNELL; JOHNSON, 2016). A partir disso, Kesten e Tauck (2015) apresentam uma relação entre o quanto a mola se alonga inicialmente x0 devido ao peso, o peso e a força restauradora que sustenta o peso. A relação é demonstrada pela equação 1.2.
mg = kx0 (1.2)
Neste experimento foram estudadas as forças que agem sobre uma mola durante e após sucessivos tensionamentos de diferentes intensidades, assim como fez o físico inglês Robert Hooke durante seus estudos que levaram a formulação da “Lei de Hooke”.
Procedimento Experimental
Os equipamentos e materiais utilizados foram:
- Um tripé com escala graduada
- Uma mola com porta-pesos aferido
- Uma régua graduada de 30 cm
- Cinco corpos com massas distintas
- Balança semianalítica
Foram empregados cinco corpos de massas distintas, pesados em uma balança semianalítica previamente a execução do experimento, os valores obtidos na pesagem se encontram na Tabela 1. Vale ressaltar que o barbante amarrado a cada corpo foi pesado juntamente a eles. A figura 1 representa um breve esboço dos equipamentos e materiais utilizados no procedimento.
Figura 1: Esboço do experimento
[pic 3]
Fonte: Disponível em:<https://pt.slideshare.net/RobertoLeao/relatrio-lei-de-hooke-turma-t5>. Acesso em: 25/03/2018
Tendo em mãos os valores das massas dos corpos deu-se início as medições da mola que, teve seu comprimento inicial registrado em X(mm) por uma fita de metragem. As massas foram atreladas a mola por meio de um barbante pendurado no gancho presente na parte inferior da mesma. Após a estabilização do sistema mola massa, foram anotados os comprimentos resultantes da mola, a fim de ter-se uma tabela de relação entre a massa e a deformação do corpo elástico. O mesmo procedimento foi repetido três vezes para cada objeto. Tais resultados se apresentam na Tabela 1.
Dos valores explanados anteriormente, plotou-se um gráfico, cuja utilidade foi desenvolver a reta da equação e posterior a isso utilizar os dados para novos cálculos.
Resultados e Discussão
Após a realização do experimento, os dados práticos foram anotados na Tabela 1 e consequentemente analisados.
Tabela 1. Dados práticos
Objeto | m(g) | x(mm) Medida 1 | x(mm) Medida 2 | x(mm) Medida 3 |
1 | 296,19 | 198 | 211 | 209 |
2 | 543,47 | 310 | 311 | 309 |
3 | 179,45 | 131 | 128 | 129 |
4 | 50,34 | 33,5 | 30,9 | 30,8 |
5 | 101,83 | 78 | 70 | 70 |
Fonte: O próprio autor
A partir das anotações foi possível perceber que havia uma diferença significativa entre as massas dos corpos pesados e, quanto maior a massa do objeto, maior o deslocamento x da mola. Isso ocorre pois, segundo Kesten e Tauck (2015), há uma relação entre o quanto a mola se alonga inicialmente x, o peso do objeto e a força restauradora. Dessa forma, o comprimento da mola aumentava proporcionalmente à medida que se aumentava o peso do objeto.
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