As Pontes e Estruturas
Por: durvalsjr • 19/9/2021 • Trabalho acadêmico • 2.234 Palavras (9 Páginas) • 266 Visualizações
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Pontes e Estruturas Especiais JP
Professora: Geciane da Silva Goncalves
ATIVIDADE AVALIATIVA 1 - RESUMO
Aluno: Aparecido Batista de Moura
RA: 744433
9º Semestre da Engenharia Civil
Processos construtivos
Os processos de execução a serem apresentados referem-se às pontes de concreto.
Classificadas em:
- Construção com concreto moldado no local, com cimbramento fixo;
- Construção com elementos pré-moldados;
- Construção com balanços sucessivos;
- Construção com deslocamentos progressivos.
Construção com concreto moldado no local, com cimbramento fixo.
É o mais antigo, a concretagem das vigas executadas sobre a fôrma que fica apoiada no escoramento em contato com o terreno. Após atingir a resistência necessária do concreto, a viga pode ser protendida, e após a protensão do vão, o escoramento e as fôrmas podem ser retirados.
Este processo não é recomendado para os seguintes casos:
- Altura de escoramento elevada (pilar com altura maior que 15 metros);
- Leitos de água profundos e largos, sem regimes bem definidos e com correnteza forte (velocidade da água acima de 3 metros por segundo);
- Obras de grande comprimento (acima de 400 metros);
Construção com elementos pré-moldados
A construção, na sua forma mais comum, consiste no lançamento de vigas pré-moldadas por meio de dispositivo adequado.
Estas vigas geralmente são pré-moldadas e protendidas em um pátio de pré-fabricação localizado próximo ao local da obra.
Tipos
- Lançamento com auxílio de treliças
Um dos equipamentos mais conhecidos no mercado para executar o lançamento de vigas com auxílio de treliça é a treliça lançadeira. Este é um equipamento automotor para o lançamento de vigas pré-moldadas até sua posição definitiva sobre os pilares.
Este processo é possível para vãos de até 45 metros e vigas com até 120 toneladas. Em casos de trechos curvos e rampas máximas de até 5% este processo também é possível de ser executado.
- Lançamento com guindaste
Para o lançamento com guindaste é necessário que se tenha espaço suficiente no local da obra para seu posicionamento, além da resistência no terreno para sustentar o guindaste.
Este processo é aplicável para peso de vigas até 300 toneladas.
- Construção com balanços sucessivos
A construção das pontes em balanços sucessivos é feita a partir dos lados dos pilares, em segmentos; a fôrma para a moldagem de cada segmento é sustentada pelo segmento anterior, sendo, portanto, necessário que o concreto desse segmento anterior esteja com a resistência adequada.
Características do processo:
- Ausência de cimbramento;
- O comprimento das aduelas varia entre 2 e 7 metros dependendo da capacidade do escoramento e o ideal é que o comprimento delas seja constante para facilitar a execução da fôrma;
- Indicado em casos de pilares muito altos (maiores que 20 metros) em que o escoramento direto passa a ser dificultado, como por exemplo, em casos de vales e rios profundos e largos;
- Além da profundidade dos leitos d´água, outro fator que influência é a correnteza. Se esta for muito forte, o escoramento passa a ser inviabilizado e o balanço sucessivo recomendado mesmo o pilar sendo curto.
- Como não há juntas de dilatação, aumenta o conforto para o motorista.
- Construção com deslocamentos progressivos
A construção com deslocamentos progressivos consiste na execução da ponte em segmentos, em local apropriado junto à cabeceira da ponte; também eliminando ou reduzindo drasticamente o cimbramento.
O processo consiste na pré-fabricação das aduelas às margens da intervenção.
Cada aduela é concretada e protendida diretamente contra a anterior. Após a cura, o conjunto todo é empurrado para frente através de macacos hidráulicos com a distância de uma aduela com o auxílio de sistemas treliçados que suportam a estrutura até atingir o pilar seguinte.
Características do processo:
- Ausência total de escoramento;
- O canteiro de trabalho é fixo e pode ser coberto, sendo protegido das intempéries;
- Execução da obra com rapidez;
- Indicado para pontes retas ou com curvatura uniforme;
- Não há juntas;
- Há alternância de solicitações em cada seção durante a fase de empurramento da superestrutura;
- A proa que avança em balanço é dotada de bico metálico resistente e leve, destinado a reduzir o momento fletor do mesmo;
- O equipamento hidráulico para o lançamento localiza-se no encontro a partir do qual a ponte é lançada;
- Os apoios da superestrutura são inicialmente deslizantes;
- Adequado para pontes com no mínimo 150 metros de extensão e contendo no mínimo 3 vãos;
- Os segmentos têm de 15 a 25 m de comprimento e são executados em um prazo aproximado de um por semana.
Cuidados a serem tomados:
• Evitar esforços adicionais causados por falta de nivelamento e falta de precisão das fôrmas;
• Verificação das fases construtivas devido à influência do método construtivo no cálculo.
Elementos para elaboração do projeto
O objetivo é apresentar alguns dos elementos indispensáveis para a elaboração de um projeto de ponte e que devem estar disponíveis antes do início do projeto definitivo da estrutura.
- Elementos geométricos
Os elementos geométricos aos quais o projeto de uma ponte deve atender, derivam das características da via e de seu próprio estrado.
No caso das rodovias federais, o DNIT estabelece as condições técnicas para o projeto geométrico das estradas e das pontes enquanto que no estado as rodovias estão sob a responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do estado. Segundo o DNIT, as estradas federais são divididas em:
- Classe I
- Classe II
- Classe III
- Classe IV
O desenvolvimento planimétrico e altimétrico de uma ponte é, na maior parte dos casos, definido pelo projeto da estrada. Isso é verdade principalmente quando os cursos de água a serem transpostos são pequenos. No caso de grandes rios, o projeto da estrada deve ser elaborado já levando em consideração a melhor localização da ponte. Dessa forma, deve-se procurar cruzar o eixo dos cursos de águas segundo um ângulo reto com o eixo da rodovia. Além disso, deve-se procurar cruzar na seção mais estreita do rio de forma a minimizar o comprimento da ponte.
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