Atividade Individual FGV - Economia Empresarial
Por: flaviocamposjr • 28/1/2022 • Trabalho acadêmico • 1.264 Palavras (6 Páginas) • 613 Visualizações
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Atividade individual
Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios |
Aluno: Flávio Henrique de Paiva Campos Júnior |
Disciplina: Economia Empresarial |
Turma: 1121-1_35 |
INTRODUÇÃO Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais. |
O setor econômico a ser abordado será o de pneumáticos. Focaremos especificamente no mercado Brasil. Serão realizadas análises macro e micro econômicas dentro do perímetro proposto. |
CONTEXTO DO SETOR Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização. |
O mercado de pneumáticos atravessa uma situação comum às indústrias depois da pandemia de COVID-19. Inicialmente, não se acreditava que o mercado fosse retomar níveis normais de consumo tão rapidamente, então, hoje, este segmento da indústria vive um cenário de baixíssimos estoques e elevado back order. Os dados sobre oferta e demanda de pneus não são consolidados pela ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) mas, segundo a ANFIR (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), existe uma demanda média por 800mil pneus de carga por ano no Brasil. Considerando o último report da ANIP, temos um total de vendas até nov/21 de 619k pneus de carga no Brasil. Considerando-se também que todas as pneumáticas estejam produzindo em capacidade máxima (o que é razoável dado o cenário exposto acima, apesar de haver uma certa turbulência no fornecimento de matéria-prima nos últimos meses, em função da crise global de logística que só deve estar 100% dissolvida em meados de 2023) e extrapolando-se os dados para o ano completo, teoricamente, teríamos um total ofertado de quase 700k pneus anuais. Comparando isso aos dados da ANFIR, ainda temos uma lacuna de 100k pneus a serem importados para atendimento ao mercado. Exploraremos mais dados ao realizar as análises macro e microeconômicas, conforme abaixo. |
ANÁLISE MACROECONÔMICA Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise. |
Analisando a situação macroeconômica vivida atualmente no Brasil, temos o seguinte: PIB: Forte impacto causado desde o início da pandemia. Cenário ainda é de incerteza, agravado pelas constantes aparições de novas variantes da COVID-19; [pic 3] Desemprego: O Brasil atravessa, hoje, uma das maiores taxas de desemprego da última década (apesar da redução deste número no último trimestre); [pic 4] IPCA: [pic 5][pic 6] O histórico dos dados só nos mostra até 2020. A perspectiva de fechamento da inflação para 2021 está em algo próximo a 11%, o que seria a maior alta em muitos anos. Para tentar conter a alta inflação, o COPOM vem subindo seguidamente a taxa básica de juros, e a perspectiva é de mais aumentos para os próximos meses. Taxa Selic: Podemos verificar, abaixo, como a taxa Selic foi reduzida desde o início do governo Bolsonaro, em função das elevadas expectativas com relação às promessas de campanha do governo que tinham fortes fundamentos de liberdade econômica. Tais promessas não foram e provavelmente não serão executadas, houve também o forte impacto causado pela pandemia de COVID-19 e o COPOM se viu obrigado a subir a taxa de juros fortemente nos últimos meses. A perspectiva é de que a Selic fecha 2022 em 13%, retornando a patamares do governo Dilma.[pic 7] Risco Brasil: O info-gráfico abaixo mostra um breve resumo do risco Brasil durante o governo Bolsonaro. A última data do mesmo contempla jul/21, mas atualmente, conforme fechamento de dezembro, o risco Brasil já está em 221 pontos, retornando a patamares vistos no governo Dilma. A perspectiva é de uma subida ainda maior até as eleições.[pic 8] Diversos fatores influem nesta questão, como a falta de articulação do chefe do executivo com o congresso, a demora demasiada para executar as reformas necessárias ao país, o não cumprimento das promessas de campanha, entre outros. |
ANÁLISE MICROECONÔMICA Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional. |
Com relação à análise microeconômica: Vendas: Podemos verificar que a pandemia gerou o maior delta ano/ano - a iso-perímetro - do histórico de dados, já que em 2010 e 2013 tivemos a entrada da Continental e da Sumitomo, respectivamente, e em 2017 a base de dados foi alterada, passando a ser extraída através do portal COMEX do governo federal. Também verificamos que boa parte da produção nacional fica no Brasil, caracterizando uma sistemática Local to Local. Os dados de 2021 ainda não estão fechados, mas é bastante razoável inferir que o volume de produção de 2021 irá se aproximar mas ainda será inferior ao de 2019, justamente em função de a indústria, de maneira geral, não ter conseguido ser reativa o suficiente de modo a abastecer a retomada do mercado a patamares pré-pandêmicos. Gerando, conforme falamos na introdução, altos índices de back order e estoques baixos. Importante, também, ressaltar que, mesmo com o IPCA altíssimo que tivemos no último ano, a margem das empresas pneumáticas não reduziu, pois diversos aumentos foram repassados ao consumidor final. Aumentos estes, inclusive, maiores do que o próprio índice IPCA. [pic 9] [pic 10] Empregos: Podemos verificar o forte impacto causado pela pandemia em 2020, em uma queda de quase 10% do total. Apesar disso, atualmente a maioria das plantas de pneumáticos trabalha a 100% de sua capacidade produtiva, os dados de 2021 ainda não estão fechados, mas é bastante provável que estejam em patamares pré-pandêmicos. [pic 11] Balança Comercial: Podemos avaliar um aumento no percentual da quantidade de pneus importados comparando 2020 a 2019, apesar haver um movimento no sentido oposto quando olhamos pela perspectiva de custo. Isso se deve ao fato de que, após a crise dos caminhoneiros, o governo federal fez algumas concessões, uma delas foi reduzir o imposto sobre pneus importados (majoritariamente chineses), de modo a disponibilizar pneus mais baratos no mercado. Portanto, importamos pneus baratos mas exportamos pneus com maior valor agregado (normalmente do segmento premium) e por isso essa diferença. Este fator, inclusive, é alvo de forte discussão por parte dos fabricantes de pneumáticos Brasileiros, pois pode significar uma perda importante de marketshare já no curto prazo. [pic 12] [pic 13] [pic 14] |
CONCLUSÃO Apresente uma conclusão justificando a sua análise. |
Conforme pudemos ver ao longo das análises realizadas acima, o mercado de pneumáticos ainda sofre consequências da pandemia do COVID-19 e da greve dos caminhoneiros. Apesar disso, é um mercado forte no Brasil, que tem sua matriz de transporte fortemente baseada no modal rodoviário e com mais de 20 plantas produtivas entre os diversos fabricantes de pneumáticos. Assim sendo, espera-se uma retomada forte do mercado ainda em 2021 (os dados ainda não estão fechados), tomando mais corpo em 2022 e estando completamente recuperado em meados de 2023. Como ponto de atenção, o fator política é sempre chave para as empresas que comercializam produtos no Brasil. É importante sempre estar atendo às eleições do ano corrente. |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cite as fontes de consulta utilizadas de acordo com a ABNT. |
Dados Gerais da ANIP. ANIP, 2021. Disponível em: https://www.anip.org.br/anip-em-numeros/dados-gerais/. Acesso em 05/01/2022. IPCA acumulado: o que é e qual a inflação hoje. Riconnect, 2021. Disponível em: https://riconnect.rico.com.vc/blog/ipca-acumulado. Acesso em 05/01/2022. Risco Brasil chega aos 175 pontos, o maior patamar desde maio. Poder 360, 2021. Disponível em: https://www.poder360.com.br/economia/risco-brasil-chega-aos-175-pontos-o-maior-patamar-desde-maio/. Acesso em 05/01/2022. Risco Brasil já é 50% maior em 2021 e deve subir ainda mais até a eleição. Veja, 2021. Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/radar-economico/risco-brasil-ja-e-50-maior-em-2021-e-deve-subir-ainda-mais-ate-a-eleicao/. Acesso em 05/01/2022. Taxa Selic fecha 2021 aos 9,25% ao ano, o maior patamar desde 2017. Poder 360, 2021. Disponível em: https://www.poder360.com.br/economia/taxa-selic-fecha-2021-aos-925-ao-ano-o-maior-patamar-desde-2017/. Acesso em 05/01/2022. Com PIB em queda, trajetória da economia ganha formato de raiz quadrada. G1, 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/12/02/com-pib-em-queda-recuperacao-ganha-formato-de-raiz-quadrada-veja-grafico.ghtml. Acesso em 05/01/2022. Brasil - Taxa de Desemprego. Investing, 2021. Disponível em: https://br.investing.com/economic-calendar/brazilian-unemployment-rate-411. Acesso em 05/01/2022. Setor de implementos rodoviários sofre com falta de pneus. Estradão, 2021. Disponível em: https://estradao.estadao.com.br/caminhoes/setor-de-implementos-rodoviarios-sofre-com-falta-de-pneus/. Acesso em 05/01/2022. |
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