BUSINESS MODEL CANVAS
Por: Bruna Cavalcanti • 10/3/2016 • Trabalho acadêmico • 2.376 Palavras (10 Páginas) • 530 Visualizações
BUSINESS MODEL CANVAS
1 INTRODUÇÃO
O ambiente empresarial contemporâneo é marcado pela competitividade acirrada e pelo dinamismo crescente das formas de relação entre a organização e seus diversos
stakeholders. Nesse tipo de espaço complexo, o advento de novas tecnologias tem constantemente ampliado as fronteiras de atuação das organizações, tornando-se essencial a utilização de ferramentas que possibilitem o desenvolvimento de novas formas de criação, entrega e captura de valor. (GIOVANNINI, 2008 apud GAVA, 2014).
Conforme Magretta (2002, apud GAVA, 2014) um modelo de negócio consiste em uma análise da cadeia de valor que transpõe a organização como um todo, e identifica, entre outras questões relevantes, quem é o cliente, qual a sua realidade social e econômica, o que é verdadeiramente valor para esse cliente, qual a lógica econômica ligada a essa cadeia de valor e como obter lucro.
Para a elaboração de um bom modelo de negócio, além de intenso debate interno, deve existir uma ferramenta que possibilite sistematizar conceitos e compreender de maneira clara os assuntos que estão sendo abordados. Esse tipo de método de trabalho permite que todos os componentes envolvidos no processo tenham um ponto de partida em comum, falem a mesma linguagem e tenham entendimentos semelhantes acerca de uma mesma matéria.
Diante de tal situação, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de Modelos de Negócios inovadores se apresenta como uma fonte de vantagem competitiva. Proposto por Alexander Osterwalder e Yves Pigneur, o BusinessModel Canvas é uma ferramenta visual que auxilia no processo de desenvolvimento de Modelos de Negócios de maneira interativa e simples, o que tem levado a sua adoção em larga escala pelas mais diversas organizações.
O Canvas parte do pressuposto que o empreendedor possui algumas hipóteses que precisam ser testadas, sendo que a formatação do método acaba facilitando isso, pois o objetivo é descartar ideias ruins e viabilizando as boas, ajustando o modelo a cada novo ciclo.
2. MODELO DE NEGÓCIOS
O pensamento estratégico vem se desenvolvendo ao longo dos anos e com isso pesquisadores e executivos notaram que para uma organização ser um diferencial competitivo é preciso ir além da definição das estratégias internas. Assim, o conceito de modelo de negócio passou a ser mais difundido nas organizações.
De acordo com Osterwalder e Pigneur (2003, apud GAVA) nos ambientes instáveis e incertos os modelos de negócios possuem fundamental importância, pois realizam a ligação entre estratégia, processos internos e sistemas de informação, facilitando a comunicação entre esses componentes e favorecendo a difusão do conhecimento interno e com isso têm-se a geração da vantagem competitiva.
O Modelo de Negócio é o conjunto de análises e reflexões sobre o próprio conceito da empresa. Para Gitahy (2015) modelo de negócios é a forma como uma empresa cria, entrega e captura valor. Ainda, pode-se conceituá-lo como sendo um documento na qual sua empresa desenvolve os conceitos de entrega de valor aos seus públicos de interesse, sejam eles acionistas ou colaboradores.
3. BUSINESS MODEL CANVAS
Para que uma ideia se transforme em um negócio de sucesso é preciso agregar valor aos clientes de uma forma que gere o resultado esperado pela organização. Isso só ocorrerá quando toda a organização estiver diretamente envolvida, ou seja, conhecendo seus potenciais clientes, quais problemas precisam ser resolvidos, como resolve-los e como obter o capital que irá manter a estrutura do negócio e gerar lucro para a organização. Quando todos estes aspectos estão alinhados pode-se afirmar que a empresa possui seu modelo de negócio.
Com base na importância desse modelo para as organizações surge o Business Model Canvas que é uma metodologia de planejamento de projeto inspirada em conceitos de neurociência, desing thinking e na experiência do professor Jose Finocchio em consultoria e aulas de gerenciamento de projetos. Sua metodologia foi proposta Alexander Osterwalder, com base no Business Model Generation (BMG). Canvas é um diagrama visual em que se consegue avaliar um projeto inteiro, integrando escopo, tempo, requisitos, stakeholders, etc. (VAZ, 2013).
O PM Canvas parte da premissa de que a criação de um novo projeto deve ser guiada por algumas perguntas: Por quê? O quê? Quem? Como? Quando e quanto? As respostas para essas questões servirão como ponto de partida para a criação do canvas.
O quadro do modelo é dividido em dois hemisférios, que se igualam ao cérebro humano, o lado esquerdo refere-se a questões mais lógicas e o lado direito trata dos assuntos emocionais, assim, a complementação das duas partes é o que irá apresentar o resultado final. Sugere-se preencher o Canvas da direita para a esquerda, pois assim é possível conhecer primeiro os anseios e desejos dos envolvidos para, em seguida, começar a defini-los de forma mais concreta.
Vale ressaltar que o modelo de negócios não deve ser pensado individualmente e sim coletivamente – os questionamentos em grupos, testes e interações são cruciais para que se obtenha sucesso na execução das estratégias propostas.
Ele é uma ferramenta prática e versátil que pode ser utilizada desde a criação de uma nova empresa ou até mesmo em uma organização já consolidada no mercado, para isso é necessários que os gestores estejam dispostos a pensar colaborativamente em busca de novas soluções para os seus problemas.
O PM Canvas tem como principal objetivo estruturar um modelo inovador de plano de negócios, trazendo praticidade e principalmente dinamicidade na análise das organizações. (TONIN, 2013). Ainda, propõe uma maneira mais simples e amigável de elaborar um plano de projetos. Ele ajuda a desenhar o modelo mental que temos do plano e permite visualizar suas ligações e dependências em uma única página. Para colocar a metodologia em prática é preciso uma folha em formato grande (A1) e alguns bloquinhos de post-it. A ideia é que o gerente de projetos coordene um brainstorm com os membros de sua equipe e com o cliente para que todos construam o plano juntos, tendo, ao mesmo tempo, uma visão conjunta sobre seus objetivos, fases, custos e benefícios.
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