Cálculo da Diferença de Potencial em Eletrodos e Eletrólitos
Por: André Luiz Lopes da Silva • 31/10/2018 • Artigo • 1.308 Palavras (6 Páginas) • 201 Visualizações
Cálculo da diferença de potencial em eletrodos e eletrólitos
André L. L. Silva¹, Gabriel A. de Almeida², Raphael L. P. Silva3, Thiago L. Malafaia4. ¹CEFET – RJ Angra dos Reis (IC), ²CEFET – RJ Angra dos Reis (IC), ³CEFET – RJ Angra dos Reis (IC), 4CEFET – RJ Angra dos Reis (IC).
* Prof.ª Raquel G. Gonçalves. Email: raquel.gonçalves@cefet-rj.br
Rua do Areal, 522, Parque Mambucaba, Angra dos Reis – RJ.
Palavras Chave: Pilha, Bateria, Eletroquímica.
Abstract
Calculation of potential difference in electrodes and electrolytes. we tryed to explain the operation of a cell by means of electrochemistry, in order to reach a public in which it has difficulty in learning this practice. And also teach about the differences that each element and its aqueous solution can make in the obtension of a tension.
Introdução
As pilhas são dispositivos que possuem dois eletrodos e um eletrólito (solução) onde ocorrem reações de oxirredução espontâneas que geram corrente elétrica.[1]
Cátodo - É o eletrodo positivo, que recebe os elétrons, ou seja, onde ocorre a semi-reação de oxidação, de modo que sofra deposição de metal. Ou seja, o catodo reduz.
Ânodo - É o eletrodo negativo, que perde os elétrons, ou seja, onde ocorre a semi-reação de redução, de modo que sofra corrosão. Ou seja, o ânodo oxida.
Ponte salina - Tubo que liga os dois eletrólitos. Possui algum sal dentro e é responsável por manter o desequilíbrio de cargas por mais tempo. Seu funcionamento exato ainda é um pouco desconhecido.
Potencial - É a voltagem gerada pela pilha. Para calcula-lo, basta subtrair o menor potencial de redução de um dos eletrodos do maior potencial de redução, do outro eletrodo.
Potencial de redução é a capacidade de uma reação de atrair os elétrons para si. Em outras palavras, o potencial de redução de um elemento é a capacidade dele de sofrer redução: quanto maior o potencial de redução, maior a capacidade do elemento de reduzir.[2]
Os matérias utilizados no experimento foram: eletrodos (cobre, zinco e níquel), soluções aquosas de sal (sulfato de cobre, sulfato de zinco, sulfato de níquel,sulfato de potássio e ácido clorídrico), estante de tubos de ensaio, tubos de ensaio, zinco em pó, béqueres, balões volumétricos e pipeta Pasteur.
Método utilizado: Raquel Et al[3]
Seguindo os métodos da apostila, chegaremos a uma concentração de NiSO4 desconhecida, do qual devemos descobrir utilizando a equação de Nernst:
E = Eº + RT/2F ln [Q]
Onde E é o potencial de eletrodo, F a constante de Faraday (96485 C mol-1), R a constante dos gases (8,314 J mol-1 K-1), T a temperatura termodinâmica e Q a concentração de íons de uma substância em uma solução. Onde a temperatura T faz total diferença no potencial obtido da pilha
Onde E0 é descrito por:
E0= E0(redução) – E0(oxidação)
Onde podemos substituir na formula:
E = Eº + 0,059/2 log [Q]
É uma equação simplificada, onde tem considerado uma temperatura ambiente, e por isso os resultados são fixos para essa temperatura padrão. Caso há temperatura não seja ambiente, deverá ser usada a primeira fórmula.
Solução Eletrodo
CuSO4.5H2O(0,1 mol/L-1) Cu
CuSO4(0,0125 mol/L-1)
Diluído Cu
ZnSO4.7H2O(0,1 mol/L-1) Zn
NiSO4.6H2O(x mol/L-1) Ni
Tabela 1. Concentrações de solução e eletrodos.
Eletrodo Potencial E0
Cu 0,34v
Zn -0,76v
Ni -0,25v
HCl 0v
Tabela 2. Potencial padrão dos elementos.
C1V1=C2V2
Comparando dois metais com diferentes potenciais de redução (Zn e Cu), observamos a oxidação em um experimento simples.
Adicionando um volume suficiente de HCl a cada uma das amostras de Zn (em pó) e Cu (uma lâmina), observamos a oxidação de Zn e o Cu mantendo seu estado normal. O Zn oxidou ocorrendo a redução do íon H+ e formando H2 sendo liberado na forma de gás.
Resultados e Discussão
Realizados os procedimentos seguindo a apostila (Raquel Et al[3]) obtivemos valores de tensão diferentes para cada combinação de pilha diferentes.
Figura 2. Cobre e Zinco
Ânodo: Zn(s) Zn2+(aq)+2e-
Cátodo: Cu2+(aq)+2e- Cu(s)
Zn(s)+ Cu2+(aq) Zn2+(aq)+ Cu(s)
Valor calculado Valor medido
E=1,10v E=1,05v
Tabela 3. Potencial da Pilha de Cu-Zn
Utilizando a equação reduzida de Nersnt, obtivemos valores diferentes dos medidos. A variação pode ser explicada por um diferença de temperatura, contaminação nas soluções ou até um erro de reprodução do experimento.
Erro experimental = 0,05v
O eletrodo de Cu sofre redução (aumento de massa), pois seu potencial de redução é maior que o potencial de redução do Zn, que acaba sofrendo oxidação (diminuição de massa).
Observando que com o tempo, há um momento em que a concentração dos íons de zinco aumentaria muito e a dos cátions de cobre se tornaria muito baixa. A ponte salina composta neste experimento pelo filtro de papel embebido em k2SO4 impede que este efeito ocorra, mantendo as duas semicelas eletricamente neutras. Permitindo a migração dos íons entre soluções.
Figura 3. Cobre (solução diluída) e Zinco
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