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CORRELAÇÃO ENTRE OS ÍONS CLORETO CONTIDOS NO AEROSSOL MARINHO E A CONCENTRAÇÃO SUPERFICIAL DE CLORETO PRESENTES NO CONCRETO

Por:   •  19/4/2016  •  Projeto de pesquisa  •  2.830 Palavras (12 Páginas)  •  421 Visualizações

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  • CORRELAÇÃO ENTRE OS ÍONS CLORETO CONTIDOS NO AEROSSOL MARINHO E A CONCENTRAÇÃO SUPERFICIAL DE CLORETO PRESENTES NO CONCRETO SUBMETIDO A ATMOSFERA MARINHA NA ZONA PORTUÁRIA DA CIDADE DE IMBITUBA–SC.

  • JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO PROPOSTO

Durante toda a história o concreto vem sendo o principal material empregado pelo homem na construção civil. Fórmulas mais rudimentares, formadas por água, agregados e aglomerantes serviram de matéria prima para a construção de diversas estruturas que resistem até os dias de hoje. Entretanto, a durabilidade das estruturas de concreto vem sendo amplamente discutidas e chega-se ao consenso de que além de resistir aos esforços mecânico que sobre elas atuam, devem também ser capazes de resistir aos agentes agressivos, principais causadores da redução de vida útil dessas estruturas (SOUTO, 2010; CALÇADA, 2004; ISAIA, 2011).

Para Medeiros (2008), o leigo tem a ideia de que ao concluir uma construção, cessam os custos de sua materialização, porém, deve ser levado em conta a necessidade de serviços de manutenção para assegurar o desempenho adequado para qual foi dimensionada.

Conforme mesmo autor, a armadura de aço em estruturas de concreto armado, encontra-se protegida sob envoltório de concreto (cobrimento), uma camada que funciona como uma barreira de proteção na qual dificulta o ingresso de substâncias capazes de iniciar o processo de corrosão das barras de aço. Porém ressalta que a continuidade no sistema de poros do concreto e a tendência natural de fissuração superficial faz com que o envoltório de concreto não seja uma barreira perfeita na inibição de agentes agressivos.

Torres (2011) define a corrosão na armadura como um processo pelo qual o aço retorna ao estado de óxido de ferro, sendo este retorno no concreto armado estimulado pela alteração de pH decorrente de carbonatação ou presença de íon cloreto. Ainda segundo Torres (2011) com a extensa costa brasileira, e a concentração populacional justamente nessa faixa, a consequente influência de íons cloreto sobre estas edificações é significativa, acarretando deterioração da estrutura e levando a investimentos em manutenções periódicas e reparos estruturais.

Siter (1984) apud Helene (1993) ressalta que o custo de intervenção em manutenções periódicas e reparos estruturais nas situações mais delicadas para aumentar a durabilidade da edificação pode chegar a ultrapassar o valor da estrutura nova, sendo extremamente oneroso a intervenção para aumento de durabilidade em uma estrutura no período de manutenção corretiva. Daí a necessidade de entendermos a correlação de vapor marinho e os níveis de depósito de íons cloreto em atmosfera marinha.

De acordo com Andrade e Whiting (1996), tem-se como principal causa para a corrosão em barras de aço protegidas por envoltório de concreto, dentre inúmeras outras possíveis, a penetração de cloretos. Destacando-se as zonas de atmosfera marinha, as quais sofrem com íons cloreto como agente corrosivo, não necessariamente atacando superfícies que apresentam contato direto à água do mar podendo alcançar edificações a relativa distância do mar (CALÇADA, 2004).

Hamada e Laiw (1994) apud Borba Júnior (2011) define ambiente marinho como atmosfera com forte presença de cloretos nas faixas próximas ao mar e com diminuição desses níveis de íons cloreto a medida em que ocorre o afastamento da costa, esse ambiente denominado Zona de Solo, não recebe os respingos diretamente do mar, mas recebe influência direta do aerossol marinho, liberado pelo movimento das ondas e marés e trazido até o continente pelo vento, com concentração diretamente ligada a topografia da região, intensidade e direção dos ventos locais.

Os prejuízos causados por tais agentes às estruturas de concreto armado, estendem-se por todos os continentes e alcançam prejuízos financeiros altíssimos, afetando sócio e economicamente as regiões que sofrem com as condições as quais estão ambientadas (BORBA JÚNIOR, 2011).

Andrade (2005) apud Borba (2011) cita três motivos pelos quais os estudos da vida útil de estruturas de concreto armado sob influência de atmosfera marítima devem ser ampliados, o maior uso de concreto em ambientes agressivos, os elevados custos na construção e manutenção de estruturas sob essa condição e as pesquisas e desenvolvimento de materiais indicados para emprego nessa atmosfera sem dados suficientes de desempenho ao longo do tempo.

Meira et al. (2007) enfatiza o reduzido número de pesquisas em estruturas subaquáticas ou em zonas de maré em condições reais, sendo ainda mais escassos esses estudos de interação de cloretos de aerossol marinho com estruturas em ambientes reais, apresentando os parâmetros envolvidos em condição simultânea, com ênfase para os vários parâmetros climatográficos.

Borba (2011) sinaliza a importância da variabilidade de aplicação de estudos semelhantes em diversas regiões do país, vide as dimensões geográficas e variações climatográficas, diretamente ligadas a variação dos índices de depósitos de cloreto no aerossol marinho, quanto no que se encontra depositados no concreto.

  • OBJETIVOS

  • GERAL

Este trabalho tem como objetivo geral definir a correlação entre depósito de íons cloreto no aerossol marinho e a concentração superficial de íon cloreto no concreto em área de atmosfera marinha na zona portuária da cidade de Imbituba – Santa Catarina.

  • ESPECÍFICOS

Para alcançar o objetivo geral foram selecionados os seguintes objetivos específicos:

  • Atribuir revisão bibliográfica sobre aerossol marinho e depósito de íon cloreto em concreto;
  • Definir as variáveis envolvidas;
  • Determinar o traço ideal e confeccionar os corpos de prova de concreto;
  • Monitorar o depósito de Clˉ no aerossol marinho pelo método da vela molhada;
  • Medir a concentração superficial de Clˉ nos corpos de prova pelo método de titulação potenciométrica;
  • Compilar isoladamente os resultados;
  • Validar estatisticamente a correlação de ambos os resultados;
  • Fornecer dados para criação de uma matriz de correlação entre depósito de íon cloreto no aerossol marinho e a concentração superficial de íon cloreto no concreto em regiões de atmosfera marinha em Santa Catarina.
  • Definir de acordo com os resultados obtidos uma melhor solução de sistema de proteção de superfície conforme Medeiros (2008).

  • REFERENCIAL TEÓRICO

  • AEROSOL MARINHO

Para Warneck (1988), é empregado o termo aerossol para o conjunto de ar e partículas carreadas pelo mesmo, sob forma coloidal. Sendo assim, podem-se ter tipos diversos de aerossol, conforme as características do local de exposição e das partículas em suspensão, quais sejam: rurais, urbanos, marinhos e árticos. ”

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