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Caso De Maria

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Por:   •  16/11/2013  •  681 Palavras (3 Páginas)  •  1.414 Visualizações

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O CASO DE DONA MARIA

RELATO DE CASO

Estamos num município brasileiro de 100 mil habitantes, Pé de Serra, habilitado em gestão plena do Sístema Munícipal, onde mora D. Maria e sua família .

Dona Maria é a nossa personagem: mulher de 52 anos, seis filhos pequenos, moradora da periferia do município, atualmente desempregada. Assim como o marido, vive de bicos (lava roupa para fora) .

Foi à Unidade de Saúde Jd. das Flores, a mais próxima de sua casa, após ter sido alertada pelo marido que, na semana anterior, percebera um pequeno caroço na sua mama esquerda, ao acariciá-la. Nos quinze dias seguintes à descoberta do caroço, tentou, por duas vezes, agendar consulta com o médico.

Não obtendo sucesso, procurou, por orientação da Agente Comunitária de Saúde, a enfermeira Sandra, dizendo-se assustada com o caroço, que aquilo não podia ser normal.

A enfermeira disse que conversaria com o méico para um encaminhamento, e saiu com um pedido para marcar uma consulta com um mastologista em outra unidade. Três semanas depois, conseguiu a consulta com o mastologista, que a examinou e solicitou uma mamografia.

Oito semanas depois, conseguiu fazer a mamografia no município de referência: Beira Mar. O mastologista, no retorne marcado para cinco semanas após sair o resultado do exame (o que ocorreu em dois dias), pede a biópsia, que deveria ser marcada em uma policlínica.

Quatro semanas depois, ela foi submetida à biópsia; aguardou mais seis semanas para receber o resultado e teve de esperar outra semana para agendar o retorno com o mastologista, que a encaminhou ao oncologista do H pital do MuMtipio de Beira Mar, credenciado no SUS como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).

Não tendo conseguido marcar a consulta,ela foi, com a cara e a coragem, ao Hospital e,após ter comovido uma auxiliar de enfermagem com sua história,conseguiu agendar uma consulta “extra”.

Foi examinada pelo oncologista, que disse que ela tinha se demorado muito a procurar um médico, que deveria ter vindo mais cedo. Foram solicitados, além dos exames básicos, exames de alto custo: cintilografia óssea e tomografia computadorizada de abdome e pelve. Foi orientada que voltasse para marcar o retorno assim que tivesse os resultados em mãos.

Só conseguiu agendar os exames de sangue e urina; para a radiografia de tórax esperou uma semana, e outras três, para a tomografia e a cintilografia.

Esperou outra semana para agendar o retorno com o mesmo oncologista, que diz a ela que, por ter passado tanto tempo, o tumor encontrava-se em estadiamento localmente avançado (estadiamento III), e Dona Maria, por isso, precisaria de quimioterapia prévia.

Recebeu, então, a quimioterapia prévia, observando-se regressão considerável do tumor, que se perde o tratamento, a quimioterapia, por não ter conseguido ser operada em tempo hábil (esperou mais de seis meses pela cirurgia, quando o recomendável seria entre 15 e 30 dias após o termino da quimioterapia), e o tumor volta a crescer e se torna inoperável.

Então, é indicado para Dona Maria ser submetida à radioterapia e, por ser uma senhora com mais de 50 anos, também a hormonioterapia, mesmo sem averiguar com a dosagem dos receptores tumorais hormonais; tratamentos estes que não funcionam.

Dona Maria vê-se, em seis meses,

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