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Comparativo Automobilístico: Manutenção Preventiva e Corretiva

Por:   •  20/4/2022  •  Artigo  •  3.966 Palavras (16 Páginas)  •  160 Visualizações

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Comparativo Automobilístico: Manutenção Preventiva e Corretiva

OLIVEIRA, Matheus Nepomuceno

Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA. matheusnepo98@gmail.com

CINTRA, Nathália Cedro 

Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA. nathaliacedrocintra@hotmail.com

GOMES, Fábio Souza

Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA. fabioengenheiromec@gmail.com

Resumo

A realização da manutenção preventiva no âmbito popular é vista como gasto desnecessário, entretanto gastos relacionados a reparos acabam sendo maiores. A manutenção começa a ser evidenciada nos primórdios dos anos 1900, a manutenção preventiva é caracterizada por aquela realizada em intervalos predeterminados com critérios específicos já prescritos e com o objetivo de reduzir à degradação do item e a probabilidade de falhas, já a manutenção corretiva é a modificação de peças desgastas e componentes devido ao uso excessivo, sendo assim é imediata ao conserto de equipamentos. O objetivo deste estudo é identificar a importância da manutenção preventiva de automóveis visando a redução de custos e despesas com reparos corretivos e apontar os itens que precisam ser observados e avaliados em durante uma revisão preventiva de veículos leves. Coletou-se 12 casos de veículos leves em que foi necessária a manutenção corretiva e realizou-se a comparação dos valores entre os dois tipos de manutenção. Os veículos foram selecionados a partir de critérios específicos, que neste caso foi o mercado consumidor, a Hilux é a caminhonete mais vendida no Brasil e a Tucson é considerada o carro importado mais vendido no Brasil. Os resultados obtidos proporcionaram um valor percentual médio entre o gasto feito na manutenção corretiva em relação a preventiva para a Hilux de 788% já para a Tucson esse valor médio foi de 587 %. Valores que demonstram que a o valor da manutenção preventiva é mais baixo e que também é necessária para evitar gastos maiores.

Palavras-Chave: Manutenção Preventiva Em Automóveis; Manutenção Preventiva; Manutenção Em Veículos Leves

  1. Introdução: 

A manutenção preventiva em automóveis deve ser considerada como economia, no entanto, parte considerável dos proprietários de veículos ou condutores entendem que o valor despendido para a realização da manutenção preventiva dos seus automóveis configura gasto desnecessário. Na verdade, gasto e despesas estão presentes neste processo quando ocorre um sinistro, acidente ou intercorrência com o condutor em uma viagem ou no perímetro urbano,  havendo a obrigatoriedade de se realizar reparos corretivos que certamente gerarão maiores despesas, além de ter o desconforto de aguardar socorro em autovias e rodovias.

Os itens necessários a serem verificados como parte da manutenção preventiva serão devidamente dissertados no decorrer do estudo, visando assim, conscientizar profissionais e futuros usuários da importância e da aplicabilidade da manutenção preventiva em automóveis. Este estudo se justifica uma vez que a manutenção preventiva além de aumentar a vida útil e conservação do veículo, traz maior segurança no trânsito. Porém, a grande maioria dos proprietários de automóveis ainda não possuem a compreensão da importância e aplicabilidade da manutenção preventiva em seus veículos de acordo com as orientações da concessionária e fabricante.

Contudo o objetivo deste estudo é identificar a importância da manutenção preventiva de automóveis visando a redução de custos e despesas com reparos corretivos e apontar os itens que precisam ser observados e avaliados em durante uma revisão preventiva de veículos leves.

  1. Breve histórico da manutenção

 A história da manutenção acompanha o desenvolvimento técnico industrial da humanidade. No fim do século XIX, com o surgimento da mecanização das indústrias, surgiu a necessidade dos primeiros reparos. Nessa época a manutenção era realizada de forma caótica e totalmente desprovida de base técnica e econômica. A produção estava longe de ser racionalizada e, em consequências, as atividades colaterais não poderiam estar em situação muito diferente. Até 1914, a manutenção tinha importância secundária e as indústrias praticamente não possuíam equipes para a execução deste tipo de serviço, sendo que a maior parte dos cuidados com o equipamento era no sentido de trocar partes que gastavam e também evitar que o desgaste ocorresse em curto prazo (Corretiva) [1,2,3,4].

Com o advento da Primeira Guerra Mundial, as fábricas passaram a ter que manter uma produção mínima, em consequência sentiram necessidade de criar equipes que pudessem corrigir as falhas dos equipamentos no menor tempo possível. A Segunda Guerra Mundial trouxe a necessidade de aumento na produtividade, assim a indústria passou a se preocupar não só em corrigir falhas, como também em evitar seu aparecimento. Isto levou técnicos de manutenção a desenvolverem processos de prevenção de falhas que juntamente com a correção, completavam o quadro geral da manutenção formando uma estrutura tão importante quanto à produção (Preventiva). De 1940 a 1966, com o avanço das indústrias aeronáuticas, ocorreu a expansão dos critérios de manutenção preventiva. Assim surgiram estudos em torno de como reduzir os tempos dos reparos, aumentar eficiência das equipes, melhorar os métodos de trabalho, dimensionar quantidade de sobressalentes, estudar as características das falhas, entre outros. A partir da década de 60, a engenharia de manutenção passou a desenvolver processos mais sofisticados de controle e análise, utilizando-se de formulações matemáticas mais complexas, que assegurem a redução das falhas e a melhoria do processo produtivo. Com a expansão da indústria e a globalização da economia, que exigiu maior produtividade e melhora dos índices de qualidade dos produtos, a evolução da manutenção está atrelada ao desenvolvimento das unidades de produção. [2,5]

A sofisticação do processo fabril é proporcional ao nível de sofisticação e dificuldade da manutenção. Do ponto da vista de organização e da administração não se pode esperar que seja diferente. Conforme ocorreram mudanças na estrutura dos órgãos de produção foram ocorrendo mudanças na estrutura dos órgãos da manutenção. A manutenção pode ser definida como um conjunto de medidas ou ações que permitem conservar ou restabelecer um sistema em seu estado de funcionamento, ou ainda toda a intervenção que visa melhorar o desempenho de um sistema produtivo de forma rápida, com eficiência e baixo custo. A manutenção nas grandes empresas vista como uma atividade organizada pode ser prestada utilizando os conceitos abaixo: manutenção corretiva; manutenção preventiva e manutenção preditiva. No entanto, o foco deste estudo é a manutenção preventiva. [1,6,7]

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