Discussão de Acidentes em Engenharia
Por: Mariana Otoni • 20/5/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 2.756 Palavras (12 Páginas) • 144 Visualizações
Discussão de acidentes em engenharia
- Introdução
Os acidentes estruturais na construção civil acontecem com grande frequência em todo o mundo tanto em fase de execução quanto durante o seu uso. Normalmente ocorrem em ação conjunta de diversos fatores inerente ao processo construtivo das estruturas, passando desde a concepção e execução, até a sua utilização.
Alguns fatores contribuem decisivamente para aumentar a possibilidade dos acidentes estruturais, sendo eles o envelhecimento das estruturas, que entram em sua fase de maturidade, ou seja, próximo da vida útil pelas quais foram projetadas, O meio ambiente onde elas se encontram, devido a grande poluição atmosférica causada pelo alto grau de industrialização das cidades e o crescimento acelerado da construção civil, necessitando de inovações tecnológicas, as quais trouxeram por si mesmas a aceitação de maiores riscos.
- Acidentes devido a erros de execução
- Falhas no escoramento
Não se deve retirar o escoramento, somente pela resistência, e sim pelo módulo de elasticidade do concreto na data. As falhas devido a deformação vertical das escoras podem ocorrer devido a duas maneiras: se forem apoiadas diretamente sobre solos compressíveis e se forem apoiadas diretamente no último nível concretado. No primeiro caso é necessário o levantamento das cargas recebidas pelas escoras durante a concretagem e das cargas de utilização posterior da estrutura e no segundo, deve ser previsto escoramento parcial nos níveis inferiores e um planejamento de retirada de escoras.
Cargas de impacto sobre o sistema de escoramento durante a concretagem e a remoção prematura de escoras, têm sido as causas primárias do colapso de edifícios durante a construção. É comum a retirada precoce das escoras provocando deformações excessivas nas vigas e lajes. O problema se agrava, quando se tenta corrigir o problema com o engrossamento do contra piso e do revestimento no teto, acrescentando mais carga na estrutura que não são previstas em projeto.
Figura 1 - Colapso causado por recalque do solo
[pic 1]
Fonte: Cunha (2018)
- Falhas na execução das fôrmas
Um estudo adequado da execução das fôrmas reduzirá a necessidade de correção da falta de prumo e alinhamento de peças estruturais com regularização em argamassa ou gesso. As fôrmas deverão ser executados com um determinado grau de estanqueidade para que se evite a perda da calda de cimento nas pequenas aberturas das fôrmas durante a vibração.
- Falhas no lançamento e adensamento do concreto
O concreto deverá ser lançado no máximo após 1 hora do seu amassamento. Após esse prazo, o concreto começa a perder sua trabalhabilidade. Outro cuidado a ser observado, é que a altura de lançamento em queda livre do concreto não deva ultrapassar a 2,5 m. Os riscos que se corre m ao lançar o concreto em altura acima desse valor, é a segregação da brita.
Outro fator durante a execução, que potencializa o surgimento de patologias nas estruturas, é o adensamento mal executado. O excesso de vibração ou falta de vibração, pode provocar a segregação dos agregados e a estrutura perderá resistência, devido ao alto índice de vazios. Além disso, o concreto ficará poroso e permeável, facilitando o acesso da água nas armaduras, provocando a corrosão.
- Falhas devido a erros na cura do concreto
Dá-se o nome de cura ao conjunto de medidas com a finalidade de evitar a evaporação prematura da água necessária à hidratação do cimento.
A cura do concreto nem sempre é levado a sério, isso acaba resultando na perda d’água do concreto por evaporação, impedindo que a reação com o cimento ocorra por completo, provocando uma significativa perda de resistência do concreto tornando-o mais poroso com o surgimento de fissuras, aumentando a permeabilidade e facilitando o acesso de agentes agressivos e consequente prejuízo na estabilidade da estrutura, sendo responsável por alguns casos de acidentes estruturais.
- Acidentes estruturais devido a o recalque de fundações
- Execução de fundação em solo compressível
É comum surgirem problemas relacionados a deformabilidade do solo , em edificações onde foram executados fundações sem considerar o efeito de solos compressíveis. Nesses locais, o aterro executado, mesmo sendo
em pequenas alturas, provocou após alguns meses o adensamento da camada compressível do subsolo, provocando afundamento dos pisos. Essas deformações gerou o surgimento de sobrecargas não previstas nas vigas baldrames e fundações.
A deformação de solos compressíveis depende de suas características geotécnicas, e da altura e o tipo de aterro depositado sobre ele, devendo ser tomadas certos cuidados na execução do aterro, para que ao final das acomodações tenhamos um recalque final onde a soma do aterro mal executado com a deformação da camada compressível seja compatível com o previsto.
- Execução de fundação direta e fundação profunda em aterros
Os piores locais para se edificar, são terrenos que receberam aterros sanitários ou que f oram depositados lixos industriais. Em casos onde ficou decidido que irão ser executados as fundações rasas, os profissionais de engenharia devem prestar bastante atenção, após atravessar a camada de aterro, em apoiar as sapatas em solos compatíveis para resistir ao peso da edificação.
- Falhas na execução de estacas ou tubulões
As principais possíveis causas de acidentes na execução de fundação, com estacas pré-moldadas ou moldadas no local, da seguinte forma: estacas fora da posição correta, onde pode ocorrer erros de locação das estacas devido f alhas no projeto ou na marcação em obra e erros de cravação: durante a cravação das estacas, podem ocorrer erros do operador do bate estacas, da má qualidade das estacas, de camadas de solos difíceis de serem ultrapassadas e da presença de elementos que impeçam a sua penetração.
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