EMBALAGEM METÁLICOS: AVALIAÇÃO VISUAL DE EMBALAGENS METÁLICAS

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia[pic 1]

Departamento de Tecnologia Rural e Animal

Campus Itapetinga – Engenharia de Alimentos

EMBALAGEM METÁLICOS: AVALIAÇÃO VISUAL DE EMBALAGENS METÁLICAS.

RELATORIO 04

Relatório apresentado ao professor Leandro Soares pela discente Daniela Xavier Sousa, para fins avaliativos da disciplina de Embalagens para alimentos, do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus - Itapetinga.

Itapetinga

Fevereiro de 2019

Introdução

A embalagem desempenha um papel fundamental na indústria alimentícia graças às suas múltiplas funções. Além de conter o produto, a embalagem é muito importante na sua conservação, mantendo qualidade e segurança, atuando como barreira contra fatores responsáveis pela deterioração química, física e microbiológica. São classificadas de acordo com o material de fabricação, como plásticas, metálicas, celulósicas, vidro, ativas e inteligentes, etc. (SANTOS; CASTRO, 1998).

Segundo a ANVISA, embalagem é o recipiente, o pacote ou a embalagem destinada a garantir a conservação e facilitar o transporte e o manuseio dos alimentos. A origem das embalagens metálicas teve início no século XVII, pelo francês Nicolas Appert. Pode-se dizer que se tratou de uma das maiores invenções na área de embalagens, pois permitiu um maior tempo de vida útil dos alimentos e uma melhor distribuição dos mesmos a baixo custo.

As embalagens têm se destacado como uma importante ferramenta do composto de marketing. Há muito tempo elas deixaram de ser consideradas apenas por suas funções básicas, como conservar, proteger e transportar o produto. Como os avanços tecnológicos as embalagens assumem outros papeis de grande importância, sendo que, em grande parte dos casos, a embalagem representa o único meio de comunicação com o mercado consumidor. (GARRÁN, 2006).

As embalagens metálicas são amplamente utilizadas em alimentos, principalmente aquelas fabricadas a partir do aço e alumínio e na maioria das vezes são protegidas no seu interior e exterior por um revestimento orgânico, denominado verniz.  Suas propriedades fundamentais são a resistência à corrosão e a resistência mecânica. O produto enlatado deve ser conservado de modo adequado, evitando assim a alteração da cor e do sabor do alimento (CABRAL, 1984).

 É imprescindível que a qualidade do metal usado na fabricação de embalagens para acondicionar os mais diversos produtos, como os alimentos, sejam mantidos, uma vez que a corrosão pode prejudicar a integridade do produto, além de denegrir a imagem da embalagem comprometendo seu potencial de venda. Assim, a interação da embalagem com o ambiente em que ela é submetida deve ser estudada e analisada de forma que se possa conhecer sua resistência à corrosão externa e interna. (DANTAS et. Al, 2011). O presente estudo teve como objetivo avaliar visualmente as embalagens metálicas internamente e externamente quanto a aparência e estado físico.

Material e métodos

Foram obtidas latas metálicas de diferentes produtos, com o intuito de avaliar a aparência e o estado físico das mesmas, essa análise foi tanto internamente quanto externamente de acordo a avaliação visual. As latas adquiridas eram latas de conservas de sardinha da marca Coqueir, Palmeiras e (88), ameixa da marca SoFruta e Olé. Prosseguindo as análises foi primeiramente, realizado a avaliação visual externa, observando a aparência, presença ou não de ferrugem e locais amassados. Os resultados avaliados foram classificados de acordo com a tabela 1 a seguiu, de ordem decrescente da qualidade visual. Posteriormente foi feita a avaliação interna, levando em consideração a presença de ferrugem no corpo, tampa, fundo e na recravação e a presença de riscos ou manchas no verniz. Os resultados avaliados foram classificados de acordo com a tabela 2.

Tabela 1- Analise visual externa

Grau	Descrição visual
G 1 (ótima)	Lata sem nenhuma depreciação.
G 2 (boa)	Lata com alguns riscos na litografia no rótulo, não amassada e sem corrosão.
G 3 (regular)	Lata com amassados leves e pontos de corrosão.
G 4 (ruim)	Latas amassadas e corroídas.
G 5 (péssima)	Latas totalmente amassadas e enferrujadas.

Tabela 2 – Analise visual interna para latas com verniz (inclui corpo, tampa e fundo).

Grau	Descrição visual
G 1 (ótima)	Lata intacta, verniz perfeito e sem manchas
G 2 (boa)	Lata com alguns pontos e riscos escuros
G 3 (regular)	Latas com manchas pretas na agrafagem e remoção parcial do verniz
G 4 (ruim)	Latas com manchas e corrosão de verniz na agrafagem e outras partes
G 5 (péssima)	Latas com verniz bem removido e corrosão intensa em todas as partes da lata

Resultados e Discurssão

OS resultados obtidos após a avaliação visual externa e interna das embalagens metálicas estão apresentados na tabela 3:

Tabela 3: Resultados da avaliação visual externa e interna das embalagens metálicas.

Embalagens	Marcas	Análise visual externa	Análise visual interna
Sardinhas	Coqueiro	G3 (regular): Latas com amassados leves e pontos de corrosão	G1 (ótima): Lata intacta, verniz perfeito e sem manchas
(88) Molho de Tomate	G3 (regular): Latas com amassados leves e pontos de corrosão	G1 (ótima): Lata intacta, verniz perfeito e sem manchas
Palmeira	G2 (boa): Lata com alguns riscos na litografia no rótulo, não amassada e sem corrosão	G1 (ótima): Lata intacta, verniz perfeito e sem manchas
Ameixa em calda	SOfruta	G4 (ruim): Lata amassada e corroídas	G2 (boa): Latas com alguns pontos e riscos escuros
Olé	G3 (regular): Latas com amassados leves e pontos de corrosão	G1 (ótima): Lata intacta, verniz perfeito e sem manchas
Lata de Milho Verde	Bandulle	G3 (regular): Latas com amassados leves e pontos de corrosão	G1 (ótima): Lata intacta, verniz perfeito e sem manchas
Fungini	G3 (regular): Latas com amassados leves e pontos de corrosão	G3 (regular): Latas com amassados leves e pontos de corrosão