ESTUDO DO PROCESSO DE SEDIMENTAÇÃO CONTÍNUA EM SEDIMENTADORES LAMELADOS

[pic 1] CNPq	[pic 2] UFAL	[pic 3]
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC CNPq/UFAL/FAPEAL

RELATÓRIO FINAL

(2014 – 2015)

SEPARAÇÃO PETRÓLEO-ÁGUA

ESTUDO DO PROCESSO DE SEDIMENTAÇÃO CONTÍNUA EM SEDIMENTADORES LAMELADOS

NOME DO ORIENTADOR: João Inácio Soletti

 

NOME DO BOLSISTA/COLABORADOR: Leonardo Cavalcante Lyra 

X	Bolsista CNPq			Bolsista FAPEAL
	Bolsista UFAL			Colaborador

*NOME DA GRANDE ÁREA DO CONHECIMENTO (CNPq): ENGENHARIAS

*NOME DA SUB-ÁREA DO CONHECIMENTO (CNPq) : ENGENHARIA QUÍMICA

 

Projeto Financiado:	SIM	X	NÃO
Caso afirmativo citar órgão financiador dos recursos: CNPq _________________________________

Maceió - AL,   09/08/2015.

RESUMO

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A crescente preocupação mundial com a preservação dos recursos naturais não renováveis, especialmente a água, tem incentivado grandes campanhas contra a poluição de rios e oceanos, visando à melhoria da qualidade dos efluentes lançados nos corpos receptores. Dessa maneira, surge à necessidade do aprimoramento de tecnologias para o tratamento de efluentes industriais que possuem em sua composição componentes orgânicos, evitando a contaminação dos mananciais aquíferos. A concentração máxima de óleo e sólidos no descarte de efluentes líquidos em corpos receptores depende da legislação de cada país e, de acordo com o CONAMA 357, o lançamento de efluentes oleosos não deverá exceder o teor de óleo e graxas em 20 mg/L. Muitos dos efluentes oleosos são oriundos da indústria petroquímica, sendo utilizada em destaque a tecnologia de flotação no tratamento. Os resíduos líquidos são, na sua maioria, oriundos do processo de industrialização e águas de lavagem, ricos em sólidos em suspensão, óleos e gorduras. Neste sentido, esse trabalho teve como objetivo a aplicação de sedimentação em sedimentadores laminados de alta taxa aplicado à separação de efluentes contendo sólidos em suspensão. O processo de coagulação utilizando o sulfato de alumínio como agente coagulante, o polieletrólito aniônico como auxiliar de coagulação e o ácido clorídrico como corretor de pH, apresentou resultados satisfatórios, pois o processo de coagulação foi eficiente e consequentemente, facilitou a sedimentação. Os resultados dos ensaios experimentais realizadas na unidade piloto indicaram significativa a eficiência e viabilidade da sedimentação em sedimentadores lamelados.

Palavras-chave: Petróleo, Flotação, Sedimentação

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INTRODUÇÃO

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        A água potável é um bem de consumo indispensável para o ser, sendo ela, fator primordial quando o assunto é qualidade de vida. Segundo Azevedo Neto (1976), devido à pequena quantidade que pode ser diretamente aproveitada, somente 0,3%, sendo a maior parte subterrânea.

        Com o avanço científico e tecnológico que ocorreu durante o século XX, a indústria de tintas, assim como outras do mercado, sentiu um tremendo impacto evolucional, haja vista que a mesma havia sofrido pequena alterações ao longo do tempo. Devido a pressão do mercado por produtos de baixo custo, algumas empresas ainda fazem uso de produtos pigmentados a base de metais pesados, como o chumbo e o alumínio, que associam o baixo custo com boas características como resistência a intempéries e solidez a luz. Muitos desses produtos podem ser tóxicos ou biodegradáveis. Estima-se que uma indústria de tinta de grande porte gere 320 m³/mês de efluente (MANSILLA et al., 2001).

        De acordo com a resolução CONAMA 430/2011, artigo 3º, os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente nos corpos receptores após o devido tratamento. Nota-se, que com isso é comum que haja um interesse crescente por parte das empresas em reduzir os impactos ambientais que as mesmas geram.

        Os tratamentos de efluentes industriais envolvem processos necessários à remoção de impurezas geradas na fabricação de produtos de interesse, que dependerão do tipo de efluente (FREIRE et al., 2000). Di Bernardo et al (1993), diz que destaca-se um tratamento físico, caracterizado por métodos de separação de fases: sedimentação seguida pelo processo de coagulação. De acordo com Kunz et al (2002), apresenta uma elevada eficiência na remoção de material particulado.

        Uma das operações unitárias mais utilizadas na indústria química é a sedimentação. Nessa operação as fases sólida e líquida são separadas devido a diferença de peso. Os sedimentadores geralmente apresentam operação contínua, apresentando uma parte cilíndrica e outra cônica, esta com função de facilitar a retirada da corrente de fundo do equipamento. Na parte superior encontra-se um vertedouro, por onde transborda o líquido clarificado. Alimentação posiciona-se centralizada, podendo ser aplicada no topo ou no interior do equipamento (NUNES et al., 2008).

        O sedimentador lamelado é um clarificador gravitacional consistindo de superfícies inclinadas, agrupadas de modo a formar canais. A vantagem desse tipo de equipamento é a economia de espaço, uma vez que a capacidade de sedimentação por unidade de volume é bem superior aos sedimentadores gravitacionais convencionais. Isto deve-se ao fato da área de sedimentação ser igual à área de cada lamela projetada horizontalmente, multiplicada pelo número de lamelas ativas. Podendo operar na configuração concorrente ou contracorrente (CARVALHO, 1998).