Em Busca do Novo

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Em busca do novo

Resenha

Lucas Pereira Vizioli

Brasília, 24, Agosto de 2018.

UNIVERSIDADE DE BRASILIA

Faculdade de Tecnologia

Curso de Graduação em Engenharia de Produção

O artigo “Em busca do novo” apresenta o conceito de competências essências desenvolvido por C.K. Prahalad além de realçar a enorme necessidade das empresas de estarem sempre buscando por crescimento como forma de se manterem relevantes no  mercado.

Primeiro, para que possa entender melhor as ideias por ele propostas é fundamental que se conheça a definição de competências essências, muitas vezes mal interpretada pelas empresas como sinônimo apenas de alto nível tecnológico ou de infraestrutura. Para ele existe um teste simples, dividido em 3 etapas que as empresas podem aplicar internamente caso queiram identificar se realmente possuem determinadas competências.

Primeiro a empresa deve avaliar se ela possui um conjunto de habilidades único que alinha um componente tecnológico juntamente a um componente de aprendizagem. Se sim, não basta que esse conjunto esteja presente em apenas uma unidade do negócio, devendo estar presente em várias delas. Em segundo lugar é importante que tal competência seja difícil de ser replicada por outras empresas, garantindo uma maior chance de sobrevivência no mercado. Por fim, é necessário também se assegurar de que o que se esta sendo criado pode ser também empregado na criação de novas oportunidades de negócios. Caso a empresa esteja caminhando nessa direção, pode-se dizer que ela possui o que Prahalad definiu como uma competências essências.

Tais competências seriam fundamentais para garantir o crescimento de uma organização. Se por um lado a década de 80 foi marcada pela preocupação em reduzir custos, diminuir da capacidade ociosa e melhorar os processos administrativos, atualmente, dada a globalização, tais medidas não são mais suficientes para garantir a sobrevivência de um negocio.  Além disso, o autor também afirma que o crescimento esta intimamente ligado ao aperfeiçoamento continuo que, se não é, deveria ser, o grande motivador de todo negocio. Isso porque conforme a empresa vai se aperfeiçoando, o número de pessoas necessárias para se realizar um mesmo trabalho tende a ir reduzindo de maneira significava. Dessa forma, caso a empresa não esteja crescendo de maneira simultânea, ela terá que demitir seus funcionários que com o passar do tempo vão aprender que, ao melhorarem seu desempenho, perderão seu emprego. Sendo assim, ele afirma que esse é um dos motivos pelos quais empresas que buscam o aperfeiçoamento contínuo sem crescer acabam, após certo tempo, deixando de se aperfeiçoar.

Segundo o autor, muitos gestores e até mesmo donos de negócio consideram que a melhor maneira de descobrir as competências essenciais seria por meio de entrevistas internas, entretanto ele discorda disso. Para ele, o ideal seria começar entrevistando os clientes pois ele considera que os clientes, na maior parte das vezes, têm uma visão mais clara das competências essenciais do que os funcionários.

O autor afirma também que existem muitas oportunidades de crescimento dentro do mercado se levarmos em consideração o grande numero de profissionais que ingressam o mercado todos anos e as mudanças descontínuas na tecnologia e nos mercados. No entanto, um grande empecilho ao crescimento destacado pelo autor consiste na grande dificuldade que empresas tem em abandonar um padrão de comportamento muitas vezes obsoleto e praticado há 20 ou até 30 anos.