Embraer A Líder Mundial em Jatos Regionais
Por: rafaellobo2016 • 5/12/2016 • Trabalho acadêmico • 1.314 Palavras (6 Páginas) • 537 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Fichamento de Estudo de Caso
Trabalho da disciplina Estratégia Empresarial,
Tutor: Prof.
XXXX
2015
Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais?
Estratégia Empresarial
GHEMAWHAT, Pankaj; HERRERO, Gustavo A.; MONTEIRO, Luiz Felipe. Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais Harvard Business School. 2000.
A Embraer surgiu da necessidade do governo brasileiro incentivar a indústria aeronáutica, através da pesquisa, desenvolvimento, ampliando a capacidade de produzir equipamentos aeronáuticos tecnologicamente sofisticados e competitivos, implantando assim uma gestão empresarial e tecnológica, consequentemente, trazendo desenvolvimento à empresa. A Embraer foi criada pelo Governo Federal no ano de 1969 sendo fundada em janeiro de 1970, e seu objetivo era implantar e expandir a indústria aeronáutica pelo país, atuando no projeto, desenvolvimento, fabricação e venda de aeronaves.
O processo de privatização da Embraer embora marcado por fortes resistências provocadas pelas divergências de natureza política, econômica, ideológica e cultural, foi responsável desenvolvimento de diversos setores da empresa.
O grande prejuízo contabilizado pela Embraer no início dos anos 90, chegava ao valor de 1 bilhão de dólares, o governo realizou uma manobra financeira onde assumiu com 700 milhões da dívida da empresa. O processo privatização da empresa foi adiado várias vezes devido à manifestações e questões envolvendo os sindicatos locais.
O vice-presidente executivo de planejamento que trabalhava na empresa desde de 1974 comparou o antes e o depois da privatização:
“Nunca seríamos capazes de tomar as decisões que tomamos, com a rapidez com que as tomamos, se fossemos uma empresa estatal. As aprovações são muito mais lentas quando se lida com funcionários do governo – naquela época, precisávamos de pré-aprovações até mesmo para viagens ao exterior”.
Com o fim do processo de privatização foi dado foco a mudança da visão estratégica da empresa, sendo desta forma, nomeado diretor presidente Mauricio Botelho, Engenheiro Mecânico, formado pela escola Nacional de Engenharia.
Foi adotado o sistema de estrutura matricial reestruturando a empresa, procurando aumentar a flexibilidade, a interação e a autonomia, ao mesmo tempo em que diminuía custos e tempo de desenvolvimento de novos produtos.
Grande parte da estrutura organizacional da Embraer foi direcionada para uma busca de integração entre as necessidades produtivas, técnicas e de mercado que resultaram em uma forte demanda pela aquisição, geração e utilização de novos conhecimentos por parte dos funcionários da empresa, evidenciando também a necessidade do recurso humano nesta organização.
No contexto da visão de negócios da Embraer, todos os envolvidos na produção e venda de aeronaves, incluindo pesquisadores e cientistas, precisavam estar cientes de que o êxito de seu trabalho dependia de resultados práticos. Os produtos bem avaliados em testes de mercado e aceitos pelos consumidores, eram importantes para o processo de consolidação da organização. Investir em pesquisa e desenvolvimento, promovia um crescimento constante, somente se justificando quando um resultado era satisfatório.
Ações de reestruturação da empresa proporcionaram redução dos prejuízos, contudo ainda sem lucro líquido, devido ao histórico de endividamento, era necessário o lançamento de um novo produto de sucesso para uma retomada do desempenho. Surgia assim, a ideia do jato regional criado anteriormente em 1989, chamado ERJ145, que se transformaria no turboélice Brasília mais longo e otimizando o projeto do CBA123, o qual foi lançado em 1995 e certificado em 1996, tendo como principal concorrente a aeronave CRJ-200 da Bombardier, que possuía elevado custo de produção.
A rivalidade nas vendas entre Bombardier CRJ-200 e o Embraer ERJ-145 foi vencido pela Embraer devido a sua agilidade no aumento de sua capacidade operacional e redução do tempo de produção, que juntamente com as vendas da aeronave ERJ-135 alcançou 83% da receita total em 1999, o que representava aproximadamente em 75% do crescimento total das receitas da Embraer no período de 1997 a 1999.
Em 1999, a Embraer deu início a produção de jatos regionais de 70 a 100 lugares, o que ganhou impulso e conquista de mercado. Logo a Crossair, líder europeia, adquiriu a produção de 160 aeronaves, confirmando a aprovação do projeto pela diretoria da Embraer, assumindo assim o compromisso de entrega dos primeiros ERJ-170 no fim de 2002.
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