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Ensaio Ecce Homo – A Cidade

Por:   •  7/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  574 Palavras (3 Páginas)  •  290 Visualizações

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Ensaio Ecce Homo – A Cidade

Matheus Neves Castelo Branco

Esse documentário incrível relata a história do surgimento das cidades, relata suas diversidades e sua transformação desde seu início,  mostra o surgimento dos centros urbanos e o que isso ocasionou nos setores sociais e econômicos. Mesmo que o documentário foi sucinto com apenas cinquenta minutos, eu o achei bem abrangente, os dados históricos por ele apresentados foram muito enriquecedores, um exemplo é o surgimento da democracia e como os gregos a valorizavam. Suas cidades possuíam apenas 20 a 30 mil habitantes, porque acreditavam que o sistema de democracia não funcionaria com uma quantidade maior de pessoas, pois não conseguiriam ouvir a todos. Vemos também que as cidades em geral são marcadas por intensas atividades, possuindo grandes variedades de pessoas, religiões, costumes, mas mesmo com todas essas diferenças convivem lado a lado, é nas cidades que as decisões políticas e econômicas são tomadas, nelas surgem à origem da moda e tendências, com isso percebemos a influência que a ela exerce, as cidades crescem em densidade e população ocasionando a escassez dos recursos.

Um fato que fica bem frisado no documentário é como as pessoas do campo as enxergam, veem nelas uma busca por oportunidades e esperança para uma mudança de vida, e esse dado desde a produção do filme há quinze anos não mudou, as pessoas ainda tendem a pensarem dessa maneira. O que o homem tem esquecido e que o documentário me fez refletir é que a agricultura foi o fator principal para o surgimento das cidades, pois seus excedentes eram enviados aos centros urbanos e alimentavam os habitantes, e isso se deu a dez mil anos quando o homem inventou a agricultura, não podemos esquecer que a sobrevivência do homem sempre dependeu da generosidade da natureza. Interessante que a Roma Antiga se gloriava por possuir excelentes arquitetos, grandes construtores, mas os seus um milhão de habitantes viviam em situações difíceis, como higiene precária, falta de moraria, poluição, eles valorizavam os espetáculos, mas possuíam altos índices de pessoas sem ocupação.

Percebemos que as pessoas sempre são esquecidas e desvalorizadas, a sede por cidades belas sempre foi cultivada e Roma propagou esse gosto por toda a Europa Ocidental. Aprendemos porque cada cidade tem uma igreja e que esse costume foi herdado desde a Idade Média, pois a igreja fornecia todos os serviços sociais, escolas, hospitais, proteção aos velhos e doentes. Na Idade Média a busca pelas cidades, a fuga do campo, a esperança de nova vida começam a inchar as cidades, trazendo sérios problemas como falta de higiene, doenças e mortes, quanto mais as cidades vão se desenvolvendo mais as pessoas vão embarcando nessa viagem de uma nova vida, e mais pessoas vão se desiludindo com as desesperanças na cidade, o que era sonho se torna tristeza e sentimento de fracasso, pois nem todos conseguem vencer na cidade. A cidade tradicional onde os conceitos de civilidade, urbanidade e democracia deu lugar à metrópole um sinônimo de insegurança, insensibilidade e anonimato, as cidades grandes continuam atraindo as pessoas de diversos lugares, por suas atrações, empregos e vida melhor e com o tempo a crise surge, aumenta o índice de desemprego, criminalidade e as pessoas ricas se refugiam em comunidades cercadas por grades.

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