Estudo comparativo de construção em drywall e alvenaria convencional de uma edificação residencial térrea
Por: Carlos André Castro • 31/10/2016 • Monografia • 3.278 Palavras (14 Páginas) • 799 Visualizações
Estudo comparativo de construção em drywall e alvenaria convencional de uma edificação residencial térrea Jorge, L. C.1 Graduando, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil Nascimento, M. S.2 Professora,Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil 1lucasjorgeng@hotmail.com; 2mariaalnascimento@hotmail.com |
RESUMO: Este artigo científico visa obter os conhecimentos do uso do sistema Drywall no processo de construção a seco de vedação vertical interna, o qual mostra ter uma significativa vantagem em relação as paredes de alvenaria convencional de bloco cerâmico, sendo avaliados os quesitos relacionados à maior produtividade e melhor desempenho. Entretanto, o sistema drywall demonstrou ter um custo excedente de 20% ao da alvenaria, dado que foi utilizado uma casa térrea de 102 m², para aplicação do estudo. Visto que o drywall garante uma maior rapidez na execução do serviço e um melhor padrão de qualidade, fica à critério do proprietário sua tomada de decisão à qual método adotar, sabendo que a alvenaria convencional é mais econômica, e o drywall tem melhor desempenho construtivo. Drywall é o sistema para construção de paredes e forros. Onde, a parede tem a mesma aparência da parede de alvenaria por fora, podendo até ter um melhor acabamento, e por dentro é uma combinação de estruturas de aço galvanizado que dão sustentação à chapas de gesso de alta resistência mecânica e acústica, e o forro da um melhor acabamento ao teto e gera maior economia, e por serem pré-fabricadas garantem um rigoroso padrão de qualidade. Palavras-chaves:drywall, gesso acartonado, economia em obra, obra seca, parede interna. Área de Concentração:01 – Construção Civil |
introDUção
Na construção civil brasileira há o predomínio do uso da alvenaria, tanto em tijolo cerâmico quanto em bloco de concreto. Em Goiás não é diferente. É nítido a preferência desse sistema, devido, talvez, ao pouco conhecimento sobre outros possíveis sistemas construtivos que já atuam no mercado brasileiro como o drywall por exemplo.
O drywall, no português “parede seca”, mais conhecido pelos usuários por gesso acartonado, é um tipo de construção seca onde se utiliza placas pré-fabricadas de gesso, revestidas de papel acartonado sustentadas por uma combinação de estruturas de aço galvanizado. Ele tem como função principal vedar e dividir ambientes internos, sendo vetado o uso em áreas externas à edificação devido às intempéries e a alta porosidade e absorção de água que o gesso possui. Para ambientes internos que há um percentual de umidade alto, é necessário a utilização de placas de gesso acartonado resistente a umidade (RU), indicado à áreas molhadas como banheiros, área de serviço e cozinha. O sistema é simples, porém exige uma mão de obra qualificada para chegar a uma execução satisfatória que atenda perfeitamente as expectativas do usuário.
Os brasileiros têm uma certa resistência ao utilizar o sistema drywall pelo fato das paredes aparentarem fragilidade e não ter eficiência mecânica e acústica, por serem constituídas de duas chapas de gesso e formam paredes ocas. Mas isto é uma situação que não condiz com a realidade. De fato, o sistema apresenta sim, um bom desempenho para os dois parâmetros, pois os fabricantes cumprem todos os requisitos de acústica, resistência mecânica e, ainda, comportamento ao fogo expressos na Norma de Desempenho de Edificações (ABNT NBR 15575), em vigor desde 19 de fevereiro de 2013 (MARTINS, 2013). Portanto, com sua devida execução, montantes metálicos dão a estruturação ao sistema e ainda podem ser reforçados. As paredes podem ser preenchidas com tábuas de madeira ou chapas metálicas para fixação de bancadas ou armários, por exemplo, garantindo assim a eficiência mecânica desejada. E para atingir uma resistência acústica satisfatória, as paredes ocas podem ser preenchidas com lã mineral, ou lã de vidro, o que garante um isolamento até superior ao das paredes de alvenaria convencional, como afirma a Associação Brasileira do Drywall (2012a) - a qual abordarei agora como ABD.
A ABD (2012b) afirma que a montagem de uma parede de divisória utilizando-se o sistema drywall para criação de um novo ambiente em uma casa ou apartamento, demora apenas 24 h a 48 h. Neste prazo, a parede está pronta, com porta, tomadas e interruptores instalados, pronta para receber o acabamento (apenas pintura). Em contra partida a mesma parede utilizando-se o sistema convencional levaria de 7 a 10 dias pronta para receber o acabamento (revestimento argamassado, emassamento e pintura).
Em razão da melhor trabalhabilidade e da limpeza da montagem do sistema drywall, em caso de reformar o imóvel, se torna mais simples utilizando este sistema, pois além dele permitir soluções criativas como o uso de curvas e recortes para iluminação embutida, ele também é mais econômico na hora de consertar um vazamento de água (por exemplo). O gesso tem uma maior absorção de água (comparado ao do tijolo de argila) dado a sua baixa granulometria e suas propriedades químicas e morfológicas (GPEM, 2014). Portanto, havendo um vazamento, desencadeia-se uma mancha na região, o que facilita a localização do problema, evitando então o "quebra-quebra". É necessário apenas um recorte no local e depois de finalizar o reparo, reposicionar a parte recortada e dar o acabamento. Enquanto que na alvenaria convencional, a manutenção para reparos de vazamentos é difícil. O vazamento não acusa a região como no gesso. É necessário o projeto hidráulico em mãos para saber exatamente aonde estão locados as tubulações, e assim supor aonde está o problema exigindo quebra de paredes, sendo um trabalho demorado (quebrar, consertar, preencher espaço aberto, esperar secar a massa, retocar com massa corrida, lixar, pintar ou rejuntar) e que não garante o resultado final de acabamento perfeito (LIMA, 2014).
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