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FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA MELHORIA CONTÍNUA DE PROCESSOS PRODUTIVOS

Por:   •  18/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  4.887 Palavras (20 Páginas)  •  317 Visualizações

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FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA MELHORIA CONTÍNUA DE PROCESSOS PRODUTIVOS

RESUMO

Algumas dos sistemas empregados para elevarem a qualidade dos processos e produtos das empresas atualmente, são chamadas de ferramentas da qualidade. Estes recursos apresentam base para a reconhecimento e solução de problemas e por este fato, quando bem realizadas, podem ser consideradas diferenciais competitivos e sustentáveis para as empresas. O progressivo aumento e valorização das necessidades dos clientes, grandes empresas têm vindo a escolher sistemas de gestão da qualidade como forma de assegurar a satisfação dos seus clientes. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo mostrar as ferramentas da qualidade, a sua importância e a sua influência dentro das empresas, além de apresentar os benefícios do uso dessas ferramentas.

Palavras Chave: Ferramentas da qualidade, gestão da qualidade, melhoria, qualidade.

  1. INTRODUÇÃO

Em um ambiente competitivo onde o mercado se encontra, distinguir-se dos demais é, sim, uma estratégia obrigatória para garantir a sobrevivência da empresa. Atualmente, os consumidores exigem cada vez mais a qualidade dos processos, produtos e serviços. Portanto, as organizações precisam se ajustar, reduzir custos e buscar se manter à frente no mercado, essas são as características de uma melhor gestão da qualidade e gestão administrativa.

O termo qualidade evoluiu, mas segundo Paladini (2012) o conceito de qualidade e a sua definição é o mesmo ratificado por Juran, Frank e Bingham que remete à “adequação ao uso”. Joseph M. Juran foi um teórico norte-americano que deu início à Gestão da Qualidade Total (GQT), com a qualidade vista de forma global e holística, abrangendo todos os aspectos e processos do gerenciamento e da organização (BRANDÃO JÚNIOR, 2009).

O foco das empresas em questões de qualidade não é recente. Contudo, nas últimas décadas aspectos relacionados com a qualidade foram se desenvolvendo, fazendo assim com que as empresas implantassem os chamados Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ). Esses sistemas visam aplicar métodos e mecanismos que garantam que seus produtos e processos atendam aos padrões de qualidades pré-estabelecidos, mostrando assim que a organização se preocupa com a satisfação do cliente, fortalecendo a imagem da empresa e acompanhando as evoluções do mercado (SILVA, 2009).

As empresas buscam a melhoria contínua como uma abordagem que tem como característica fazer com o que os seus processos estejam em contínuo aperfeiçoamento, sendo um processo iterativo e cíclico.

Para Junior et al. (2018), o uso de práticas de melhoria contínua no sistema produtivo tem profundo impacto no desenvolvimento da empresa e melhora sua competitividade, pois o custo de produção do produto é menor, portanto a margem de lucro e o preço de negociação são maiores.

Um método muito comum e constantemente utilizado nas empresas para implementar uma melhoria contínua é o PDCA (PLAN, DO, CHECK, ACTION) ou também intitulado de ciclo de Demming. O PDCA é caraterizado como uma ferramenta contínua e constante, em que algumas funções são estabelecidas de forma a atingir objetivos traçados e a melhoria contínua (SILVA; SARTORI, 2014).

Existem diversas ferramentas que auxiliam no planejamento, execução e controle das mudanças organizacionais e, quando associadas às etapas do ciclo PDCA, tornam-se essenciais para a aplicação.

O foco deste estudo é a área da qualidade, em especial suas ferramentas básicas. Para o pai do conceito do Controle da Qualidade Total, Ishikawa (1976, apud, MORAES NETO, 2017) as ferramentas básicas da qualidade deveriam ser conhecidas por todos dentro das empresas, pois poderiam ser utilizadas para analisar 90% dos problemas de qualidade.

A partir do exposto, o objetivo deste estudo é abordar as ferramentas básicas da qualidade para a melhoria contínua de processos produtivos, por meio de uma pesquisa bibliográfica. De modo a apresentar como tal aplicação pode resultar no destaque de empresas frente aos consumidores e ao mercado.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

  1. GESTÃO DE QUALIDADE

Inicia-se esta revisão da literatura com a definição de qualidade. De acordo com Maiczuk e Andrade Júnior (2013):

Qualidade é atender sempre as necessidades dos clientes a um preço que eles estejam dispostos a pagar, mas a necessidade da busca pela melhoria da qualidade tende a interpretar que a qualidade é produzir dentro das expectativas do cliente de forma confiável, acessível e segura.

Correia, Mendes e Lopes (2018) trazem a definição de qualidade presente na Norma ISO 8092, ao afirmarem que a qualidade de um produto ou serviço, independentemente do domínio de atividade, é “o conjunto de características de um produto ou serviço que lhe conferem aptidão para satisfazer necessidades implícitas ou explícitas do cliente”. Estes autores ainda apresentam a definição de qualidade sob uma perspectiva cultural, de que a qualidade é “a conformidade e relação a especificações e parâmetros que foram definidos, sendo eles reconhecidos por todos como tal, seja na organização, seja na ótica do cliente”.

Antigamente, antes da Revolução Industrial, a verificação da qualidade do produto era feita através de uma inspeção no produto final apenas. Todo o processo de fabricação era responsabilidade do artesão, isso era justificada pela proximidade que existia entre o artesão e o cliente. O artesão buscava satisfazer as necessidades do cliente com muito rigor e com um alto padrão de qualidade (CARVALHO; PALADINI, 2005).

Com a Revolução Industrial, o aumento do consumo do produto, surgiram ferramentas estatísticas de controle de qualidade, pois a verificação manual de cada produto produzido não era viável (SILVA, 2013).

A qualidade foi vista pela primeira vez como responsabilidade gerencial distinta e independente em 1922, quando surgiu oficialmente o controle da qualidade, com a obra de Radford, G. S., intitulada “The Control of Quality in Manufaturing” (COSTA FILHO, 2011).

Nos dias de hoje a qualidade está ligada à Gestão da Qualidade Total e está evoluindo como uma filosofia de gestão, onde a qualidade, em sua essência, deve estar focada no cliente e em suas necessidades (CORREIA; MENDES; LOPES, 2018).

Para Motta e Corá (2019), a gestão da qualidade total é uma abordagem da escola tradicional de administração, que surgiu com Walter Shewhart em 1930 e se expandiu em estudos do mundo todo, especialmente com William Deming e Joseph Juran nos Estados Unidos em 1980 e com Kaoru Ishikawa no Japão.

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