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Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão

Por:   •  26/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.250 Palavras (5 Páginas)  •  304 Visualizações

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Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão – FACEMA

Engenharia Civil – 5º período

Materiais de Construção

Professor (a): Laíse Rolim

Aluno: Weslei Pedrosa – 13233553

CIMENTO PORTLAND

Caxias MA

Novembro – 2015

Introdução

        Em 1824, o químico britânico Joseph Aspdin fez uma grande descoberta: ao queimar as pedras de calcário e argila juntas, observou que a mistura resultante não se dissolvia em água e que após secar, ficava tão resistente quanto as rochas utilizadas em construções. Devido às grandes semelhanças de cor, durabilidade e solidez entre a mistura e as pedras da ilha britânica de Portland, homenageou tal região denominando sua descoberta de Cimento Portland.

Nomenclatura dos Cimentos Portland

[pic 1]

Adições Comuns aos Cimentos

  • Gesso: Aumenta o tempo de secagem ou pega, permitindo uma maior aplicabilidade da pasta;

  • Fíller: devido às dimensões de suas partículas, aumenta a trabalhabilidade, e reduz a capilaridade e a permeabilidade de argamassa e concreto;
  • Pozolana: possui hidratação lenta, liberando pouco calor e propicia aumento de resistência ao concreto, possibilitando sua utilização em meios agressivos e em grandes produções;
  • Escória: proporciona características de ligante hidráulico e apresenta baixo calor de hidratação, evitando trincas em grandes produções de concreto, e possui grande resistência aos sulfatos presentes no solo;
  • Calcário: utilizado para reduzir o custo do cimento, desde que não prejudique a ação dos outros materiais.

        

Tipos de Cimento

Tipos de cimento

Adições

Propriedades

CP I

Clínquer + Gesso

Resistencia 25 Mpa.

CP I – S

Clínquer + Gesso e Pozolana

Resistencia 25 Mpa.

CP II – E

Clínquer + Gesso, Escória e Fíller

Resistencia 25, 32 e 40 Mpa.

CP II – Z

Clínquer + Gesso, Pozolana e Fíller

Impermeabilidade, Durabilidade e Resistencia 25, 32 e 40 Mpa.

CP II – F

Clínquer + Gesso e Fíller

Resistencia 25, 32 e 40 Mpa

CP III

Clínquer + Gesso, escória e Fíller

Impermeabilidade, Durabilidade e Resistencia 25, 32 e 40 Mpa.

CP IV

Clínquer + Gesso, Pozolana e Fíller

Isolante e Resistencia 25 e 32 Mpa.

CP V – ARI

Clínquer + Gesso e Fíller

Resistencia 26 Mpa.

CPI–32RS

Clínquer + Gesso, Outros Tipos de Material.

Resistencia 25, 32 e 40 Mpa.

CPII-F-32RS

Clínquer + Gesso, Outros Tipos de Material.

Resistencia 25, 32 e 40 Mpa.

CPIII-40RS

Clínquer + Gesso, Escória e Outros Tipos de Material.

Resistencia 25, 32 e 40 Mpa.

CPIV – RS

Clínquer + Gesso, Pozolana e Outros Tipos de Material.

Resistencia 25, 32 e 40 Mpa.

CPV-ARI-RS

Clínquer + Gesso, Fíller e Outros Tipos de Material.

Resistencia 25, 32 e 40 Mpa.

CPI-32BC

Outros Tipos de Material

Resistencia 25, 32 e 40 Mpa.

Aplicações

  • CP I: utiliza apenas o gesso como adição, sendo utilizado de maneira geral, exceto em condições especiais, como quando há exposição a sulfatos do solo ou águas subterrâneas;

  • CP I-S: possui as mesmas características do CP I, porém, com a adição de 5% de Pozolana, tornando-o menos permeável;
  • CP II-E: com a adição de Escória, gerando baixo calor de hidratação e aumento de resistência, sendo utilizado devido a necessidade de um desprendimento de calor lento ou quando pode ser atacado por sulfatos;
  • CP II-Z: com a adição de Pozolana, tornando-o mais impermeável e durável, sendo indicado em obras marítimas, subterrâneas e industriais. Utilizado também para produção de argamassas, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados e artefatos.
  • CP II-F: com a adição de Fíller, sendo aplicado na produção de argamassas de assentamento, revestimento, armada, concreto simples, protendido, rolado, armado, magro, projetado, massa, elementos pré-moldados e artefatos, pisos, solo, etc.;
  • CP III: com a adição de Escória, apresentando maior impermeabilidade e durabilidade, baixo calor de hidratação, alta resistência à expansão e a sulfatos. Aplicação semelhante ao CP II-F, porém, muito vantajoso em obras de Concreto-massa;
  • CP IV: com a adição de Pozolana, apresentando maior impermeabilidade, durabilidade, resistência mecânica à compressão e baixo calor de hidratação. É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos;
  • CP V-ARI: devido a uma dosagem diferente de calcário e argila na produção do Clínquer, e uma moagem mais fina do cimento, possui alta resistência inicial, sendo indicado em aplicações que necessitem de resistência inicial elevada e desforma rápida;
  • CP-RS: oferece resistência aos meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos;
  • CP-BC: possui baixo calor de hidratação, retardando o desprendimento de calor em peças de grande massa, evitando fissuras, devido ao calor de hidratação do cimento;
  • CPB: a partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de ferro e manganês, se diferenciando por coloração, e está classificado em dois subtipos:
  • Estrutural: aplicado em concretos brancos para fins arquitetônicos, com classes de resistência 25, 32 e 40;
  • Não estrutural: não tem indicações de classe e é aplicado, por exemplo, em rejuntamento de azulejos e em aplicações não estruturais.
  • CPP: formado com clínquer e gesso para retardar o tempo de pega, possuindo propriedades reológicas (plasticidade) necessárias nas condições de pressão e temperatura elevadas presentes a grandes profundidades. Possui aplicação bastante específica, qual seja a cimentação de poços petrolíferos.

Composição dos Cimentos Portland

[pic 2]

Cimentos que recebem o mesmo tipo de adição

        Os vários tipos de cimento possuem as vezes uma ou mais adições comuns, porém nunca são totalmente iguais, pois diferem em algum aspecto, como na formação, na dosagem de uma adição semelhante, ou por possuírem em sua composição, misturas diferentes.

        Eles se diferenciam de acordo com a proporção de clínquer e sulfatos de cálcio, material carbonático e de adições, tais como escórias, pozolanas e calcário, acrescentadas no processo de moagem. Podem diferir também em função de propriedades intrínsecas, como alta resistência inicial, a cor branca etc. O próprio Cimento Portland Comum (CP I) pode conter adição (CP I-S), neste caso, de 1% a 5% de material pozolânico, escória ou fíler calcário e o restante de clínquer. O Cimento Portland Composto (CP II- E, CP II-Z e CP II-F) tem adições de escória, pozolana e fíler, respectivamente, mas em proporções um pouco maiores que no CP I-S. Já o Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) e o Cimento Portland Pozolânico (CP IV) contam com proporções maiores de adições: escória, de 35% a 70% (CP III), e pozolana de 15% a 50% (CP IV). Cito aqui alguns casos:

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