Força Restauradora - Lei de Hooke
Por: JoaoVitor777 • 2/12/2015 • Relatório de pesquisa • 907 Palavras (4 Páginas) • 1.759 Visualizações
Prática V – Força Restauradora – Lei de Hooke
Objetivo: Obtenção da constante elástica da mola.
Introdução
A lei de Hooke descreve a força restauradora que existe em diversos sistemas quando comprimidos ou distendidos. Qualquer material sobre o qual exercermos uma força sofrerá uma deformação, que pode ou não ser observada. Apertar ou torcer uma borracha, esticar ou comprimir uma mola, são situações onde a deformação nos materiais pode ser notada com facilidade. Mesmo ao pressionar uma parede com a mão, tanto o concreto quanto a mão sofrem deformações, apesar de não serem visíveis. A força restauradora surge sempre no sentido de recuperar o formato original do material e tem origem nas forças intermoleculares que mantém as moléculas e ou átomos unidos. Assim, por exemplo, uma mola esticada ou comprimida irá retornar ao seu comprimento original devido a ação dessa força restauradora. Enquanto a deformação for pequena diz-se que o material está no regime elástico, ou seja, retorna a sua forma original quando a força que gerou a deformação cessa. Quando as deformações são grandes, o material pode adquirir uma deformação permanente, caracterizando o regime plástico. A figura 1a mostra uma mola com comprimento natural xₒ. Se esta for comprimida até um comprimento x
[pic 1]
Em outras palavras, no regime elástico há uma dependência linear entre F e a deformação ∆x. Este é o comportamento descrito pela lei de Hooke:
F = −k∆x
Onde k é a constante de proporcionalidade chamada de constante elástica da mola, e é uma grandeza característica da mola. O sinal negativo indica o fato de que a força F tem sentido contrário a ∆x. Se k é muito grande significa que devemos realizar forças muito grandes para esticar ou comprimir a mola, portanto seria o caso de uma mola ”dura”. Se k é pequeno quer dizer que a força necessária para realizar uma deformação é pequena, o que corresponde a uma mola ”macia”. As figuras 2a e 2b mostram a situação que iremos tratar nesta experiência. Consiste de uma mola não distendida suspensa verticalmente, com comprimento natural xₒ. Em 1b, temos a mesma mola sujeita a ação de uma força que a distende até um comprimento x=xₒ+∆x. A força que distende a mola ´e devida ao peso P de um corpo com massa m, pendurado na extremidade inferior da mola. Na situação de equilíbrio mostrada na figura 1b, temos duas forças de m´módulos iguais e sentidos contrários F e P agindo sobre o corpo. Uma delas é devida ao peso P=mg, onde g é a aceleração da gravidade. A outra deve-se a força restauradora da mola e é tal que F=-P. Temos então da Lei de Hooke:
F = −k∆x = −P =⇒ P=k∆x
Ou, analisando a equação em módulo:
P = k∆x
[pic 2]
Figura 2: (a) Mola sem ação de força externa xₒ corresponde ao seu comprimento natural. (b) Mola sob ação de um corpo de peso P=mg, o qual deforma a mola de um valor ∆x = x − xₒ.
Materiais
- Molas ou materiais deformáveis que obedeçam a Lei de Hooke;
- Suporte para molas;
- Conjunto de maças para serem penduradas nas molas;
- Suporte com régua ou escala ajustável na ponta.
[pic 3]
Figura 3 – Materiais usados no experimento.
Desenvolvimento e execução
Marcamos o xₒ da mola junto com o suporte para colocarmos as massas. Medimos a deformação das molas que se encontravam na bancada (utilizando o xₒ como referência). Marcamos, utilizando as anilhas, quatro deformações da mola (para cada deformação usamos uma anilha). Os dados da força elástica e das deformações da mola estão contidos na Tabela 1 para mola maior e Tabela 2 para mola menor. Calculamos, para cada deformação da mola, a constante elástica k, utilizando a Eq.(1). Calculamos o valor médio para a constante k. Assim construímos os gráficos de Força elástica em função da sua elongação (x), Gráfico 1 para mola maior e Gráfico 2 para mola menor. Esta função representada graficamente é a Lei de Hooke.
F=k.x – (Eq.1)
Encontramos, utilizando o gráfico, a equação da reta e a constante elástica da mola. É possível obter a aceleração da gravidade com uma mola de constante elástica (k) conhecida. Resolução no Anexo 1.
Tabela 01
X(cm) | ∆x(cm) | Fel | |
1° | 14,5 | 0,4 | 7,54 |
2° | 16,4 | 2,3 | 8,53 |
3° | 14,9 | 0,8 | 7,75 |
4° | 15,0 | 0,9 | 7,8 |
X – Elongação ∆x – Deformação Fel – Força Elástica
Tabela 02
X(cm) | ∆x(cm) | Fel | |
1° | 9 | 1,0 | 1,71 |
2° | 14,2 | 6,2 | 2,70 |
3° | 9,9 | 1,9 | 1,90 |
4° | 10,8 | 2,8 | 2,05 |
X – Elongação ∆x – Deformação Fel – Força Elástica
Gráfico 1
[pic 4]
Gráfico 2
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