Leis de Newton e Plano INclinado
Por: matheusagb • 8/10/2015 • Ensaio • 1.676 Palavras (7 Páginas) • 423 Visualizações
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
FÍSICA EXPERIMENTAL I
LEIS DE NEWTON, ANÁLISE DE FORÇAS E INÉRCIA NO PLANO INCLINADO.
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1. Introdução
Quando pensamos em deslocar um objeto de um ponto x até um ponto y, temos que analisar a forma mais fácil que utilizaremos para transportá-lo. Dependendo de onde este objeto esteja e de seu peso, podemos pensar em inúmeras formas de transportá-lo, com o mínimo esforço e maior rapidez. Portanto, surge a partir desta necessidade de deslocamento e de comodidade, o Plano Inclinado. O Plano inclinado foi uma importante contribuição à evolução dos conceitos da física, sendo considerada, provavelmente, a máquina simples mais antiga do mundo. Na antiguidade, as Civilizações primitivas já utilizavam superfícies inclinadas para subir encostas e transportar cargas em desníveis. Acredita-se que na construção das pirâmides do Egito, foi utilizado o plano inclinado para facilitar o progresso da Obra.
Imagem extraída da web (http://sohciencias.blogspot.com.br/2010/03/as-piramides-do-egito.html)
2. Objetivo Determinar, através de experimento em laboratório, a aceleração de um objeto que parte do repouso, em um plano inclinado.
3. Teoria
Primeira Lei de Newton (Lei da Inércia)
Newton diz em sua primeira lei que se nenhuma força é exercida sobre um corpo, podem acontecer duas coisas dependendo do referencial:
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1 - Se o Corpo estiver em Repouso ele irá permanecer em repouso.
2 – Se o Corpo estiver em movimento retilíneo uniforme, ele manterá esse movimento.
Ou seja, Todo corpo continua no estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que seja obrigado a mudá-lo por forças a ele aplicadas. Sendo assim, quando a força resultando for igual a zero, a velocidade do corpo será constante (Repouso ou MRU).
A primeira lei de Newton define um sistema de referência inercial, que é um referencial no qual é válida a primeira lei de Newton.
Segunda Lei de Newton (Princípio Fundamental da Mecânica)
Nesta Lei, Newton diz que a Aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força resultante agindo sobre o corpo e inversamente proporcional à massa do Corpo. Ou seja, quanto mais intensa for a força resultante, maior será a aceleração adquirida pelo corpo.
𝑎∝Σ𝐹𝑚
Transformando essa proporcionalidade em Igualdade temos que a força resultante é igual ao produto da massa do corpo pela sua aceleração. Onde Σ𝐹 é a força resultante, que é a soma vetorial de todas as forças agindo sobre o corpo de massa m.
Eq 1: Σ𝐹=𝑚𝑎
Ao decompor cada força F e as acelerações nas componentes i, j e k, podemos escrever a equação (EQ 1) como:
Σ(𝐹𝑥𝑖+ 𝐹𝑦𝑗+ 𝐹𝑧𝑘)=𝑚(𝑎𝑥𝑖+𝑎𝑦𝑗+𝑎𝑧𝑘)
E analisando cada equação separadamente temos:
Σ𝐹𝑥=𝑚𝑎𝑥 Σ𝐹𝑦=𝑚𝑎𝑦 Σ𝐹𝑧=𝑚𝑎𝑧 O peso de um corpo se dá pelo produto de sua massa (uma grandeza escalar) pelo módulo da aceleração de queda livre, no caso do planeta terra, o módulo da aceleração gravitacional. Eq 2: 𝑃=𝑚.𝑔 Um corpo estará em equilíbrio se a sua aceleração for nula como podemos ver abaixo. Σ𝐹𝑥,𝑦,𝑧=𝑚𝑎𝑥,𝑦,𝑧 ∴ Σ𝐹𝑥,𝑦,𝑧=𝑚.0=0
As unidades de força no SI é o newton(N), que é definida como a força que, ao atuar sobre 1 kg de massa, produz aceleração de 1 m/s². Assim. As unidades de newton pode ser expressa em termos das unidades fundamentais de massa, comprimento e tempo: 1 𝑁≡1 𝑘𝑔.𝑚.𝑠−2
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Terceira Lei de Newton (Ação e Reação)
Newton em sua terceira lei diz que se um corpo A aplicar uma força sobre um corpo B receberá deste uma força de mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto à força que aplicou em B. essas forças são chamadas de par ação-reação Eq 3: |Fa-b| = |Fb-a|
Ao aplicarmos a terceira lei de Newton, não podemos esquecer que as forças de ação e reação:
Estão associadas a uma única interação, ou seja, correspondem às forças trocadas entre apenas dois corpos;
Tem sempre a mesma natureza (ambas de contato ou ambas de campo), logo, possuem o mesmo nome (o nome da interação);
Atuam sempre em corpos diferentes, logo, não se equilibram.
Equações Lineares
Se a aceleração da partícula for constante, temos a equação:
Eq. 5: S =So + Vo t + ½ a t²
A velocidade será dada por:
Eq. 6: V=Vo + a.t
Tomando como origem a posição inicial do corpo, So=0, a equação que caracteriza o movimento é:
Eq. 7: S= ½ a.t²
Da equação (EQ6) isolamos a variável tempo, t, e substituímos na expressão (Eq.5). Obtemos:
Eq. 8: V²=Vo²+2.a.ΔS
Plano Inclinado
Um plano inclinado consiste em um sistema com uma superfície plana com certa inclinação em relação a uma horizontal, sendo o ângulo entre ele menor que o ângulo reto, capaz de observar o movimento de objetos em linha reta.
Existem inúmeras forças que agem sobre o objeto no Plano Inclinado e são elas que irão determinar a aceleração deste corpo durante a sua trajetória. A Normal (N) é a força que age sobre o bloco e que o impede de “afundar” na superfície onde o mesmo se encontra apoiado.
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Essa força é anulada pelo vetor PY originado da decomposição do vetor da força peso (P), o que nos leva a concluir que a única força que age sobre o corpo é a força Peso Tangencial (PT) ou (PX).
Fig1. Decomposição do vetor P para encontrar suas componentes
Podemos provar que o ângulo
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