Livro de referência sobre automação industrial
Resenha: Livro de referência sobre automação industrial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AndressaG10 • 6/4/2014 • Resenha • 9.074 Palavras (37 Páginas) • 575 Visualizações
FUMEP – Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba
EEP – Escola de Engenharia de Piracicaba
COTIP – Colégio Técnico Industrial de Piracicaba
CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
Prof. Msc. Marcelo Eurípedes da Silva
Piracicaba, 05 de Setembro de 2007
Apostila de Automação Industrial – Prof. Marcelo Eurípedes – Página 2 - 2
1 - Introdução
A palavra automação está diretamente ligada ao controle automático, ou seja ações
que não dependem da intervenção humana. Este conceito é discutível pois a “mão do
homem” sempre será necessária, pois sem ela não seria possível a construção e
implementação dos processos automáticos. Entretanto não é o objetivo deste trabalho este
tipo de abordagem filosófica, ou sociológica.
Historicamente, o surgimento da automação está ligado com a mecanização, sendo
muito antigo, remontando da época de 3500 e 3200 a.C., com a utilização da roda. O
objetivo era sempre o mesmo, o de simplificar o trabalho do homem, de forma a substituir o
esforço braçal por outros meios e mecanismos, liberando o tempo disponível para outros
afazeres, valorizando o tempo útil para as atividades do intelecto, das artes, lazer ou
simplesmente entretenimento (Silveira & Santos, 1998). Enfim, nos tempos modernos,
entende-se por automação qualquer sistema apoiado em microprocessadores que substitua
o trabalho humano.
Atualmente a automação industrial é muito aplicada para melhorar a produtividade e
qualidade nos processos considerados repetitivos, estando presente no dia-a-dia das
empresas para apoiar conceitos de produção tais como os Sistemas Flexíveis de
Manufatura e até mesmo o famoso Sistema Toytota de Produção.
Sob o ponto de vista produtivo, a automação industrial pode ser dividida em três
classes: a rígida, a flexível e a programável, aplicadas a grandes, médios e pequenos lotes
de fabricação, respectivamente (Rosário, 2005).
Ainda segundo Rosário (2005), a automação industrial pode ser entendida como uma
tecnologia integradora de três áreas: a eletrônica responsável pelo hardware, a mecânica na
forma de dispositivos mecânicos (atuadores) e a informática responsável pelo software que
irá controlar todo o sistema. Desse modo, para efetivar projetos nesta área exige-se uma
grande gama de conhecimentos, impondo uma formação muito ampla e diversificada dos
projetistas, ou então um trabalho de equipe muito bem coordenado com perfis
interdisciplinares. Os grandes projetos neste campo envolvem uma infinidade de
profissionais e os custos são suportados geralmente por grandes empresas.
Recentemente, para formar profissionais aptos ao trabalho com automação, surgiu a
disciplina “mecatrônica”. Entretanto é uma tarefa muito difícil a absorção de forma completa
todos os conhecimentos necessários, e este profissional com certeza se torna um
“generalista” que eventualmente pode precisar da ajuda de especialistas de outras áreas.
Este ainda é um desafio didático a ser resolvido, mas ainda existe uma alternativa que é a
criação de equipes multidisciplinares.
Apostila de Automação Industrial – Prof. Marcelo Eurípedes – Página 3 - 3
Os sistemas automatizados podem ser aplicados em simples máquina ou em toda
indústria, como é o caso das usinas de cana e açúcar. A diferença está no número de
elementos monitorados e controlados, denominados de “pontos”. Estes podem ser simples
válvulas ou servomotores, cuja eletrônica de controle é bem complexa. De uma forma geral
o processo sob controle tem o diagrama semelhante ao mostrado na figura 1.1, onde os
citados pontos correspondem tanto aos atuadores quanto aos sensores.
Figura 1.1 – Diagrama simplificado de um sistema de controle automático
Os sensores são os elementos que fornecem informações sobre o sistema,
correspondendo as entradas do controlador. Esses podem indicar variáveis físicas, tais
como pressão e temperatura, ou simples estados, tal como um fim-de-curso posicionado em
um cilindro pneumático.
Os atuadores são os dispositivos responsáveis pela realização de trabalho no
processo ao qual está se aplicando a automação. Podem ser magnéticos, hidráulicos,
pneumáticos, elétricos, ou de acionamento misto.
O controlador é o elemento responsável pelo acionamento dos atuadores, levando
em conta o estado das entradas (sensores) e as instruções do programa inserido em sua
memória. Neste curso esses elemento será denominado de Controlador Lógico Programável
(CLP).
A completa automatização de um sistema envolve o estudo dos quatro elementos da
figura 1.1, seja o sistema de pequeno, médio ou
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