MÉTODOS PARA RESOLVER OS PROBLEMAS DE TRÊS RESERVATÓRIOS
Por: Jaqueline Alves • 12/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.262 Palavras (6 Páginas) • 1.192 Visualizações
MÉTODOS PARA RESOLVER OS PROBLEMAS DE TRÊS RESERVATÓRIOS
Quando os condutos interligam três ou mais reservatórios, não é possível saber de início o sentido de escoamento em todos os trechos da tubulação, como era o caso de dois reservatórios ligados por uma tubulação onde bastava conhecer o desnível de água entre os reservatórios, o diâmetro, o comprimento, o coeficiente de perda de carga e utilizar uma das equações de perdas de carga conhecidas.
Porém, é evidente que o reservatório mais elevado fornece água ao sistema e o mais baixo recebe, mas os reservatórios intermediários poderão tanto receber quanto fornecer água para o sistema, dependendo apenas das cotas piezométricas das interligações.
A figura abaixo, apresenta um esquema da interligação de 3 reservatórios, que serão melhor analisados a seguir.
[pic 1]
Quando se tem um problema dos três reservatórios como mostra a figura anterior, uma forma analítica de resolver este problema é utilizando o Método de Belanger.
Segundo este método, para determinar a vazão dos condutos interligados aos reservatórios, é necessário conhecer inicialmente as cotas dos níveis de água dos reservatórios, além dos diâmetros, comprimentos e os coeficientes de perda de carga.
Considerando que a cota do nível de água do reservatório 1 é maior que a 2, e que a do 2 é maior que a do 3, pode-se concluir que os sentidos de escoamento dos trechos 1 e 3 são de B para E e de E para G. Enquanto que o escoamento do trecho 2 pode ter o sentido de E para D ou de D para E, dependendo apenas da cota piezométrica em E. Isto porque:
- Se o reservatório é alimentado pelos outros dois. Então:[pic 2][pic 3]
[pic 4]
- Se o reservatório alimenta os outros dois. Então:[pic 5][pic 6]
[pic 7]
- Se o reservatório não recebe e nem cede água aos outros dois. Então:[pic 8][pic 9]
[pic 10]
A forma mais simples de determinar o sentido do fluxo em DE, é utilizando a hipótese que , e calcular as outras vazões a partir de uma equação de perda de carga, da seguinte forma:[pic 11]
[pic 12]
Se os valores de forem iguais, esta hipótese está correta e o problema está resolvido.[pic 13]
Se => , e o sentido do fluxo é de E para D. Então a resolução do problema se dará da seguinte forma:[pic 14][pic 15]
Trecho BE [pic 16]
Trecho DE e [pic 17][pic 18]
Trecho EG [pic 19]
Se => , e o sentido do fluxo é de D para E. Então a resolução do problema se dará da seguinte forma:[pic 20][pic 21]
Trecho BE [pic 22]
Trecho DE e [pic 23][pic 24]
Trecho EG [pic 25]
Outra forma de resolver o mesmo problema dos três reservatórios mostrado na figura anterior, é por um processo iterativo chamado de Método do Balanço das Vazões ou também chamado de Método de Cornish.
O Método de Cornish possui uma aplicação mais ampla, já que não possui limitação quanto ao número de reservatórios interligados a serem analisados em um problema.
A figura abaixo apresenta uma outra situação além da anterior, onde este método pode ser aplicado.
[pic 26]
O processo iterativo deste método, se inicia com a estimativa da cota piezométrica da junção no ponto E, e a partir disso as vazões são calculadas para cada um dos trechos e testadas na equação da continuidade.
Um ponto importante que não se deve esquecer é que, o “sinal” indicado a seguir nas equações será positivo se a diferença entre as piezométricas no trecho analisado seja positiva, indicando que o fluxo está na direção da junção. Mas caso a diferença seja negativa, o sinal também será o que indica que a vazão escoada no trecho de analise está saindo da junção E.
O cálculo das vazões em cada um dos trecho será utilizando as seguintes equações:
Trecho AE [pic 27]
Trecho BE [pic 28]
Trecho CE Equação da Continuidade[pic 29]
Trecho DE [pic 30]
Se o valor da cota piezométrica em E não gerar vazões que validem a Equação da Continuidade, será necessário realizar uma correção ∆ na cota piezométrica. A correção será feita da seguinte forma:[pic 31]
Para um trecho genérico i [pic 32]
Correção [pic 33]
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