O Depósito do Morro do Ouro
Por: Amanda Thomaz • 13/11/2021 • Resenha • 3.116 Palavras (13 Páginas) • 133 Visualizações
SERVIÇO PUBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS
FACULDADE DE GEOLOGIA
DEPÓSITO DO MORRO DO OURO - MG
Marabá – PA
2021
AMANDA TOMAZ SILVA ALMEIDA – 201540603020
DEPÓSITO DO MORRO DO OURO - MG
Trabalho da disciplina de Prática Integrada de Campo em Depósitos Minerais, apresentado ao Professor Dr. Gustavo Souza Craveiro da Faculdade de Geologia da UNIFESSPA.
Marabá – PA
2021
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO 5
1.1 – Faixa Dobrada Brasiliana 5
2– GEOLOGIA DO MORRO DO OURO 5
3– PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE MINÉRIO 6
1.1 – Arsenopirita FeAsS 7
1.2 – Esfalerita - ZnS 7
1.3 – Galena – PbS 9
1.4 – Pirrotita – Fe (1-x)S (x= 0 - 0.2) 10
1.5 – Pirita – FeS2 11
1.6 – Ouro Nativo - Au 12
1.7 – Mineralogia do minério 14
4 – CONCLUSÃO 14
5 – REFERÊNCIAS 15
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Características diagnosticas da Arsenopirita. 7
TABELA 2 - Características diagnosticas da Esfalerita. 7
TABELA 3 - Características diagnosticas da Esfalerita em luz transmitida. 8
TABELA 4 - Características diagnosticas da Esfalerita em luz refletida. 8
TABELA 5 - Características diagnosticas da Galena. 9
TABELA 6 - Características diagnosticas da Galena em luz refletida. 10
TABELA 7 - Características diagnosticas da Pirrotita. 10
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – Faixa Dobrada Brasiliana
A Faixa neoproterozóica de dobramentos e empurrões Brasília é uma estrutura geológica do Brasil Central e possui grande parte, oriunda da orogênese Brasiliana, que estabeleceu uma rede de faixas de dobramentos separadas por Crátons. As faixas representam as bacias sedimentares mesoproterozóicas e neoproterozóicas que passaram por processos tectônicos de inversão, enquanto que os Crátons são áreas estáveis, não afetadas pelos processos orogenéticos brasilianos (Uhlein, 2002).
A Faixa Brasília está inserida em um cinturão de dobramentos de idade neoproterozóica que ocorre na borda ocidental do Cráton do São Francisco, disposto cobrindo partes dos Estados de Tocantins, Goiás e Minas Gerais. Possui aproximadamente 1200 Km de comprimento por 300 Km de largura (Uhlein, 2002).
As Faixas Dobradas Brasilianas possuem numerosos depósitos minerais, os principais depósitos minerais neoproterozóicos são associados ao Arco Magmático de Goiás sendo eles: cobre, ouro e esmeraldas, às sequências sedimentares dos grupos Vazante e Bambuí possuem: fosfato, chumbo e zinco, às zonas de cisalhamento regionais ouro e aos Complexos MáficoUltramáficos temos cobre, níquel, cobalto (Uhlein, 2002). O depósito estudado é o do Morro do Ouro, localizado a norte da cidade de Paracatu (Noroeste de Minas Gerais), está encaixado nos filitos carbonosos da base da Formação Paracatu (Membro Morro do Ouro).
2– GEOLOGIA DO MORRO DO OURO
Na Faixa Brasília, temos diversos depósitos de ouro que são associados ao desenvolvimento de zonas de cisalhamento de alto ângulo: Buracão, Santa Rita, Rio do Carmo, Buraco do Ouro; e de baixo ângulo: Araxá, Luziânia, Morro do Ouro (Dardenne, 2001).
Segundo Möller et al,. (2001), o depósito do Morro do Ouro se encontra alojado nos filitos carbonosos, quartizitos, filitos ou xistos, membro do Morro do Ouro da Formação Paracatu que pertence ao Grupo Canastra que está cavalgando o Grupo Vazante na zona externa da Faixa Brasília. O Grupo Vazante segundo, Dardenne, (1981, 2000), possui sedimentos argilocarbonáticos suavemente dobrados a sub-horizontais e extensas coberturas fanerozóicas. Sendo definido como um domínio autóctone, onde o embasamento não está envolvido na deformação.
A mineralização é associada a uma estrutura monoclinal desenvolvida na parte interna do Morro do Ouro e relacionada a uma falha de empurrão de caráter regional orientada N10W/15SW. Durante a deformação, o cavalgamento proporcionou o desenvolvimento de zonas de cisalhamento caracterizadas por foliação monolítica, foliações S/C, boudinage de veios de quartzo, lineações de estiramento e lineações minerais (Dardenne, 2001).
A lineação de estiramento principal é observada com forma constante e orientada S70W/15 (Freitas-Silva, 1996). O ouro é disseminado nas segregações de quartzo metamórfico na forma de boudins, milimétricas variando a centimétricas, contendo também, arsenopirita, pirita, esfalerita, galena, siderita e sericita. A alteração hidrotermal é restrita à proximidade dos boudins, os principais processos sendo piritização, sideritização e sericitização (Dardenne, 2001).
O ouro ocorre geralmente sob a forma livre no quartzo, com porções pequenas associadas diretamente a sulfetos. As partículas de ouro são encontradas preferentemente nas bordas dos boudins de forma concentrada e nas proximidades dos sulfetos (esfalerita e galena) e carbonatos (siderita) (Dardenne, 2001).
O teor médio
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