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O Desmatamento Na Engenharia

Por:   •  30/10/2021  •  Resenha  •  1.229 Palavras (5 Páginas)  •  151 Visualizações

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DESMATAMENTO

Afim de se falar do quão problemático o desmatamento acaba sendo para a região amazônica, primeiro se faz necessário entender a sua importância. A Amazônia abriga a maior biodiversidade do planeta que é abrangida através de diversos ecossistemas, como matas de terra firma, várzeas, igapós, cerrados e possui a maior rede hidrográfica do planeta (GEOAMAZÔNIA, 2008).

Além disso, os serviços ambientais da floresta amazônica incluem seus papéis evitando o aquecimento global, na reciclagem de água, no armazenamento de carbono e na manutenção da biodiversidade.

A importância das florestas para a região, corrobora no fornecimento de uma grande variedade de produtos materiais , como madeira, borracha e castanha do Pará, que muitas vezes acabam sendo a fonte de sustento das populações locais e que tendem a ser perdidas uma vez que as áreas são desmatadas.

   Figura 1. Mapa referente a Amazônia Legal

[pic 1]

Fonte IBGE-IBGE atualiza Mapa da Amazônia Legal (https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/28089-ibge-atualiza-mapa-da-amazonia-legal)

Como dito por Mello, Andréa (2020), historicamente o desenvolvimento econômico na região amazônica acarreta a conversão das florestas nativas em uso distintos. Segundo Rivero et al.(2009). “O desmatamento  na Amazônia brasileira tem como principais causas diretas a pecuária, a agricultura de larga escala e a agricultura de corte e queima.”

Assim sendo podemos inferir que as altas taxas de desmatamento na qual tem se ambientado a floresta Amazônica nos últimos 30 anos, está amplamente ligada a uma tentativa de impacto negativo de projetos desenvolvimentistas de cunho econômico.

Figura 2. Desmatamento na região amazônica

[pic 2]

Fonte: PRODES/INPE(2017)

Analisando a figura 2, pode-se inferir que as altas taxas de desmatamento na Amazônia sofridas desde 1988 apresentou uma diminuição se compara a década atual, mas ainda sim esse índice volta a crescer no ano de 2012 e permanece ate o ano de 2017, final da série avaliada.

De acordo com Mello e Feitosa(2020) e corroborando o trabalho de Arraes et al(2012) , infere-se que o desmatamento apresenta oscilações decorrentes de incêndios, comércio de madeiras, aumento da densidade populacional, aumento da atividade agrícola e até a facilitação através de incentivos fiscais tendem a colaborar no aumento do desmatamento. Tal degradação, contribui para a perde da biodiversidade, redução da ciclagem da água e contribuição para o efeito de aquecimento global.

De acordo com um estudo feito durante a pandemia, pode-se perceber que com a chegada do corona vírus (Covid-19) no Brasil, o avanço do desmatamento na região vem se intensificando, podendo agravar não somente  impactos ambientais como econômicos e sociais.

Segundo dados no INPE(2020), durante o primeiro trimestre de 2020, houve um aumento de 51% na taxa de desmatamento, se comparado ao mesmo período de 2019. E no meio de uma pandemia, e seguindo certas regras de contenção do vírus, houve diminuição das ações de fiscalização, o que facilita a invasão e consequente desmatamento, sobretudo em áreas indígenas e de proteção ambiental.

Segundo Fearnside (2005), as consequências do desmatamento envolvem a perda de oportunidades para o uso sustentável, incluindo a produção de mercadorias por manejo florestal por madeira como produtos não-madeireiros, perdas de serviços ambientais tais como: biodiversidade, ciclagem de água e armazenamento de carbono.

 Pode-se inferir até que o desmatamento proporciona a perda de partes importantes da floresta reduzindo a biodiversidade, sendo esta mais significativa em áreas de floresta remanescente (PINHO,2014)

Podemos apresentar como consequências pela destruição e desaparecimento a ausência da cobertura vegetal; alteração das condições e características locais; geração de desequilíbrio ecológico em grandes dimensões; escoamento superficial de resíduos para o leito dos rios, com acúmulo de sedimentos e o rebaixamento do nível do lençol freático; perda da fertilidade do solo; extinção de espécies de animais terrestres e aquáticos; consequências as quais geram sempre resultados negativos.

Para Monteiro e Coelho (2004), o desenvolvimento econômico da região, repercurtiu nas dinâmicas sociais e ecológicas da região, acelerando a substituição das florestas e a ampliação da concentração fundiária no Estado do Pará, desencadeando, problemas ambientais e sociais, os quais vem se intensificando com o passar dos anos.

Um dos principais instrumentos para a redução do desmatamento na região amazônica é o Fundo Amazônia, que atualmente é reconhecido coo a principal iniciativa do Governo Brasileiro no que tange à Redução da Emissão DE Gases do Efeito Estufa por Desflorestamento e Degradação – REED. Todos os projetos apoiados pelo Fundo Amazônia devem contribuir para a redução do desmatamento na Amazônia, com perspectivas de alcançar resultados específicos para cada área temática do Fundo da Amazônia, tais como: atividades econômicas de uso sustentável das florestas; gestão de florestas públicas e áreas protegidas; manejo florestal sustentável; controle, monitoramento e fiscalização ambiental; zoneamento ecológico econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária e conservação e uso sustentável da biodiversidade.

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