O PROJETO DE MECANIZAÇÃO FLORESTAL

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL DISCIPLINA DE MECANIZAÇÃO FLORESTAL

PROJETO DE MECANIZAÇÃO FLORESTAL

29 de novembro de 2017

1. Introdução

As florestas plantadas de Eucalyptus do Brasil estão entre as mais produtivas do mundo, com incrementos médios anuais que variam de 18 a 80 m³/ha/ano aos 7 anos de idade, o que representa ganhos de produtividade na ordem de 3 a 4 vezes, comparativamente aos observados na década de 60, quando foram iniciados os plantios florestais em grandes áreas no país. Esses ganhos foram obtidos pela conjugação de melhoramento genético e aprimoramento das práticas de manejo, notadamente em termos de preparo do solo, fertilização e controle de plantas daninhas. O setor se destaca no cenário socioeconômico do país, pela geração de renda, tributos, divisas e empregos. Em 2007, a área total de florestas plantadas de eucalipto e de pinus no Brasil atingiu mais de 5,5 milhões de ha, levando o setor a responder pela arrecadação de R$ 9,26 bilhões em tributos e gerando 4,3 milhões de postos de trabalho. Em ambientes tropicais, a sustentabilidade da produção florestal é governada, principalmente, pelos fluxos de água e nutrientes do solo, uma vez que, geralmente, temperatura e radiação solar não são limitantes (Barros & Comerford, 2002). Nessas regiões, a base para a sustentabilidade da produção de florestas plantadas, e, portanto, para a competitividade do setor florestal é a manutenção em bons níveis dos fluxos de água e nutrientes

Com finalidade de produzir celulose, segundo o IPEF o Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden, é o mais indicado em função do clima, solo e uso da madeira, o Eucalyptus grandis é uma espécie do gênero Eucalyptus, base para a indústria de celulose e papel do Brasil, o E. grandis é originário da Austrália, principalmente dos estados de New South Wales (NSW) e Queensland (QLD) e lá forma florestas de grande porte em associação com outras espécies florestais. É uma árvore de grande porte, atingindo facilmente mais de 60 m de altura e diâmetros acima de 1,2m.

2. CARACTERIZAÇÃO DO POVOAMENTO FLORESTAL

2.1. LOCALIÇÃO

A povoamento está localizado no município de Rosário do Sul – RS, a cerca de 20 km da cidade. A fábrica da CMPC Celulose Riograndense localizada na rua São Geraldo, 1680 Bairro Ermo em Guaíba/RS está aproximadamente a 360 km de distância.

2.2. CLIMA

O clima é quente e temperado em Rosário do Sul. Existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. A classificação do clima é de acordo com a Köppen e Geiger. Em Rosário do Sul a temperatura média é 18.8 °C. Tem uma pluviosidade média anual de 1538 mm. Se compararmos o mês mais seco com o mês mais chuvoso verificamos que existe uma diferença de precipitação de 33 mm. As temperaturas médias têm uma variação de 11.3 °C durante o ano. Com uma temperatura média de 24.9 °C, janeiro é o mês mais quente do ano. Ao longo do ano Julho tem uma temperatura média de 13.6 °C. Durante o ano é a temperatura média mais baixa. Novembro é o mês mais seco com 113 mm. Apresentando uma média de 146 mm, o mês de abril é o mês de maior precipitação (INPE, 2017).

2.3. RELEVO

O Município de Rosário do Sul possui território ondulado, sendo constituído coxilhas. O solo é parte arenoso e parte Siltoso.

2.4. ÁREA TOTAL DO POVOAMENTO

Os mapas do povoamento foram criados no SIG Spring 5.3 com imagens do satélite CBERS 4 com o sensor PAN10M, estas imagens possuem resolução espacial de 10 m e a partir delas foram criados mapas da área (Figura 1) e temático (Figura 2).

Figura 1 – Mapa da área.

Figura 2 – Mapa temático da área.

Com o cálculo de medida de classes por geo-classe do Spring 5.3, a área total é de 3.695 ha, sendo que 2399,20 há são de APP’s, RL e Hidrologia, e 1.296,36 ha são dos talhões.

2.5. Espaçamento do plantio será de 2,5 x 3,0, altura média de 20 m e diâmetro médio de 20 cm.

2.6. O número total de árvores na área é de 1.684.800, por hectare será de 1.300 árvores.

2.7. e 2.8. Não será efetuado desbaste e desrama, pois, o objetivo da madeira é para celulose, visando apenas o volume total de madeira na floresta.

2.9. Os talhões possuirão 2 estradas principais com cerca de 450 m e secundária com um retorno, somadas as distâncias tem-se 800 m de extensão com 8 metros de largura ao longo do trajeto, totalizando uma área de 6.400 m² e o comprimento 2,13 Km de extensão com 10 metros de largura, totalizando uma área de 21.300 m². Assim, a área total ocupada por estradas e aceiros no em cada talhão será de 27.700m². Em relação à estrada primária e secundária, a distância ótima de extração (DOE) será de 20m/ha e 10m/ha. A distância máxima (DMáxima) será de 500 metros e a distância média de extração será de 250 metros.

ATIVIDADE DE IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

3.1. Construção das estradas e dos aceiros

Esta deverá ser totalmente limpa. livre de qualquer obstáculo que possa impedir a utilização de outros equipamentos. As estradas deveram ser de 8 m; a partir deste limite. o resto da área será distribuída de tal forma que haja 2 metros para sulcos e 4 metros de cada lado, já os aceiros deveram ter 10 metros. Com margem de segurança ao tráfego, as estradas e aceiros precisam ser devidamente limpas. A estrada primaria será mantida em boas condições devido ao fluxo de veículos tendo em vista que boa parte da produção passará por ela e as estradas secundárias, servirão para as atividades de manejo e colheita.

Drenagem

Toda estrada necessita de uma drenagem perfeita, que depende do tipo de solo, declividade, etc... Quanto ao tipo de solo, é