O TRABALHO DO ENGENHEIRO DE AUTOMAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A CRIATIVIDADE, A OBSERVAÇÃO CIENTÍFICA, A APLICABILIDADE DE IDEIAS E INVENÇÕES EM RELAÇÃO AS TENDÊNCIAS SOCIAIS, CULTURAIS E ECONÔMICAS DA ÉPOCA
Por: Pastel 99 • 6/3/2021 • Trabalho acadêmico • 974 Palavras (4 Páginas) • 157 Visualizações
O TRABALHO DO ENGENHEIRO DE AUTOMAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A CRIATIVIDADE, A OBSERVAÇÃO CIENTÍFICA, A APLICABILIDADE DE IDEIAS E INVENÇÕES EM RELAÇÃO AS TENDÊNCIAS SOCIAIS, CULTURAIS E ECONÔMICAS DA ÉPOCA
O mundo moderno é um mundo de constante mudança, e uma grande parte dessas mudanças tem um engenheiro responsável por trás do desenvolvimento. Muitos enxergam o engenheiro como um profissional que sabe utilizar papel e lápis (ou, no mundo moderno, que escreve documentos em um computador), mas se esquecem que as verdadeiras ferramentas de um engenheiro são a Criatividade, a Inovação e um grande leque de Conhecimento.
De todo o leque de disciplinas que caem sob o domínio da Engenharia, existe muito em comum. Para qualquer disciplina, seja civil, química, elétrica, automação, ou outro, o engenheiro deve gostar de Criar, Projetar, Construir e posteriormente “Fuçar” nas suas próprias criações, ou seja, um engenheiro sempre busca sempre desenvolvimento tecnológico. No nosso caso de engenheiros de automação, nosso interesse é melhorar processos industriais, solucionar problemas de produção, viabilizar a produção de produtos inovadores e novas tecnologias, entre outros.
De certa forma podemos dizer que o desenvolvimento tecnológico nem sempre foi tão valorizado para a sociedade (em especial em relação aos campos da filosofia e da ciência). Podemos olhar para o passado, para todo o período da Antiguidade Clássica (800 a.C. – 476), especialmente as civilizações egípcias, gregas e romanas, onde a ciência era focada em entender o mundo e a “essência humana” como são (disciplina intelectual atualmente caracterizada como filosofia), totalmente desconectada do desenvolvimento tecnológico (onde o foco é modificar o mundo para atender as vontades humanas).
Podemos citar nesse aspecto o grego Tales de Mileto (624 — 546 a.C), dos maiores sábios da Grécia Antiga, descobridor de diversos teoremas matemáticos fundamentais, mas sua obra magna foi descrever a água como a essência de todas as coisas (inclusive a vida). Foi pioneiro na questão de pensar na essência do mundo e da mente humana, por isso, é considerado o fundador da filosofia.
Há evidências que na Grécia Antiga foram desenvolvidas tecnologias fundamentais para o desenvolvimento tecnológico humano, como parafusos, engrenagens, guindastes, diversos instrumentos de medição, entre outros. Podemos dizer que boa parte da base tecnológica para o desdobramento da Revolução Industrial foi criada ainda na Grécia Antiga, mas por não ser o foco dos intelectuais e da sociedade da época, as tecnologias quase nunca eram utilizadas para fins práticos, muita tecnologia era usada somente como demonstração e impressionismo, quase que como fenômenos paranormais.
Nesse contexto é válido falar de outro grande grego, Heron de Alexandria (10 — 85 a.C). Heron hoje é visto como um cara à frente de seu tempo, desenvolveu na época equipamentos e mecanismos que só viriam a ser utilizados no desdobramento da Revolução Industrial. Heron descreveu em suas obras o uso de ar, água, vapor ou outros fluidos para realização de trabalho e até mesmo tratou da confecção de mecanismos automáticos (autômatos), conhecimentos que no mundo moderno iniciaram os pensamentos em pneumática, automação e robótica, porém, em sua obra, Heron emprega esses mecanismos como ferramentas de impressionismo a serem aplicadas nos templos religiosos da época.
Algumas vertentes de pensadores afirmam que o desenvolvimento tecnológico só é viabilizado sob a ótica capitalista (ou, pelo menos, sob a ótica da economia liberal). Apesar de pessoalmente discordar, é notável que o início da Revolução Industrial corrobora um pouco desse pensamento.
O escocês James Watt (1736 — 1819), foi um grande mecânico trabalhando e coordenando sua oficina mecânica de instrumentos para servir a Universidade de Glasgow. Seu trabalho em oficina era relevante, mas ficou ainda mais
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