O limiar entre a saúde e a doença: uma visão do limite de tolerância.
Por: Lívia Loyola Tanure • 31/5/2019 • Trabalho acadêmico • 261 Palavras (2 Páginas) • 150 Visualizações
No Brasil, foram adotados em 1978 os LTs copiados dos EUA, a partir da lista da American Conference of Governmental Industrial Hygiene - ACGIH, que por sua vez teve sua lista de TLV’s - Thresold Limit Value iniciada em 1942 e fundamentava-se em estudos de intoxicação de animais (ratos, camundongos, etc.) em laboratório, segundo João Roberto Penna para a Associação de Combate aos Poluentes – ACPO. Logo, o limite foi definido de forma indireta, o que pode não representar precisamente a realidade de danos quando da exposição de seres humanos.
Segundo a ACGIH: “Os TLV’s são níveis ou concentrações a que se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde”. (ACGIH, 1958). A definição acima indica que os limites não são fronteiras divisórias fixas entre garantia de saúde e possibilidade de doenças uma vez que existem pessoas mais susceptíveis a ação de determinado agente nocivo, por motivos diversos. (ACGIH, 2003)
Além da falta de atualização, a norma é falha por não considerar o efeito combinado e suas consequências para a saúde humana e a maioria dos limites de tolerância considera a absorção por via respiratória, ou por via cutânea, mas, não consideram o efeito combinado das duas exposições como consequência no efeito final.
Desse modo, estar acima do limite de tolerância pode ser um risco ao trabalhador, assim como estar abaixo do limite definido pode prejudicar pessoas mais sensíveis ou que estão sob efeitos combinados de substâncias nocivas. Logo, não podemos considerar os LTS’s como linhas divisórias entre a saúde e a doença.
...