Os Escoamentos viscosos em tubulações
Por: leandromanoel • 17/9/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.085 Palavras (5 Páginas) • 282 Visualizações
[pic 1] | Faculdade de Engenharia de Sorocaba Laboratório de Fenômenos de Transporte e Hidráulica Aplicada – sala L16 | |
Nome | Nº Matrícula / RA | Data |
Turma | ||
Escoamentos viscosos em tubulações
- Objetivo: determinação da curva Q x J de uma tubulação horizontal de PVC novo.
- Introdução – Perda de carga distribuída numa tubulação
No escoamento de fluidos reais em condutos (tubos e canais) ocorre um intercâmbio de quantidade de movimento (QM) entre o fluido, que se move, e a parede do conduto. Esse intercâmbio induz à uma distribuição de velocidade não uniforme. O caráter viscoso dos fluidos e a diferença de velocidades produzem um efeito de atrito. Esse atrito é um efeito dissipativo, sendo o responsável pela conversão de energia de pressão em energia térmica.
Nos escoamentos laminares esse efeito de atrito se deve exclusivamente à diferença de velocidade entre as “camadas” de fluido, sendo que essa diferença de velocidade está distribuída quase igualmente desde a parede do conduto até a região central.
Nos escoamentos turbulentos o perfil é achatado e o efeito de atrito devido às diferenças de velocidade se concentram numa fina camada laminar próxima à parede. A partir dessa região laminar é crescente a presença e o efeito entre os turbilhões (vórtices) característicos do escoamento turbulento e que dissipam energia de pressão transformada em energia térmica. Essa perda de energia de pressão é chamada perda de carga distribuída porque ocorre ao longo de todo o conduto.
Nos casos laminares a perda de carga distribuída não é dependente da rugosidade da parede dos condutos porque o efeito de atrito, devido unicamente ao gradiente de velocidade, está distribuído por toda a seção do escoamento. Nos casos turbulentos o efeito ao gradiente se concentra muito próximo à parede e, portanto, é dependente da rugosidade da parede. Porém, à medida que Rey aumenta, cresce o efeito do atrito interturbilhonar até que este fique muito maior que o efeito da parede.
- Equacionamento
Seja uma tubulação horizontal de comprimento L e diâmetro constante D na qual escoa um fluido de massa específica ρ com vazão volumétrica Q, conforme figura 3.1.
Fig. 3.1: Modelo físico de uma tubulação horizontal de diâmetro constante
[pic 2]
As condições do sistema são:
z1 = z2 → tubulação na horizontal
V1 = V2 → equação da Continuidade
Fazendo-se o balanço energético e aplicando a equação de Bernoulli entre os pontos 1 e 2 tem-se a equação 3.1, mais conhecida como equação da perda de carga total Ht.[pic 3]
Dividindo-se a perda de carga total pelo comprimento do trecho entre os pontos 1 e 2 tem-se a perda de carga unitária J dada pela equação 3.2:
[pic 4]
A relação entre a vazão volumétrica Q e os parâmetros J e D podem ser dados pelas seguintes equações:
- Equação de Fair-Whipple-Hsiao (1930): esta equação é válida para diâmetros de tubulações abaixo de 50 mm e, para o PVC conduzindo água fria, ela é dada pela equação 3.3:
[pic 5]
- Equação de Flamant (1892): embora mais antiga do que a equação 3.3 esta equação também pode ser empregada em tubos rígidos de PVC conduzindo água fria e é dada pela equação 3.4:
[pic 6]
Serão esboçadas curvas Q x J para se comparar os valores reais de vazão Q do sistema com as equações 3.3 e 3.4 propostas.
- Material Utilizado
O material utilizado para esta experiência consta de:
- Trena ou fita métrica;
- Bancada de Hidráulica;
- Tubo de PVC de ¾ in instalado na bancada de Hidráulica;
- 2 x manômetros digitais;
- Procedimento Experimental:
- fechar todas as válvulas de entrada e saída das tubulações da bancada de Hidráulica, EXCETO as válvulas que formarão o circuito hidráulico por onde a água deverá passar, isto é, no tubo de ¾ in de PVC em série com o rotâmetro;
- ligar as mangueiras manométricas nas tomadas de pressão dos pontos de entrada e saída do tubo de ¾ in onde será lida a diferença de pressão Δp;
- ligar a bancada à tomada V = 220 V;
- posicionar o potenciômetro do inversor de freqüência, presente no painel de acionamentos da bancada, em sua posição mínima, rotacionando-o totalmente em sentido anti horário;
- soltar o botão de parada de emergência, presente no painel de acionamentos da bancada;
- ligar o motor de acionamento da bomba centrífuga, apertando o botão “I” de cor verde, presente no painel de acionamentos da bancada;
- através do potenciômetro do inversor de freqüência, ajustar o sistema hidráulico para uma vazão inicial de 2000 L/h lida no rotâmetro;
- retirar as bolhas de ar das mangueiras manométricas ligadas ao tubo de PVC de ¾ in;
- acoplar as mangueiras provindas do tubo de PVC de ¾ in aos manômetros digitais;
- medir a distância horizontal, sobre o tubo de PVC de ¾ in, entre as tomadas de pressão que estão ligadas aos manômetros digitais;
- para esta vazão de 2000 L/h ajustada no rotâmetro, medir a variação de pressão Δp medida nos manômetros digitais;
- variar a vazão lida no rotâmetro, variando a posição do potenciômetro ligado no inversor de freqüência, presente no painel de acionamentos do sistema hidráulico;
- Resultados Obtidos
- anotar a distância entre as tomadas de pressão: L = ________ m;
- preencher a tabela 6.1.
Tab. 6.1: vazão medida no rotâmetro e variação de pressão efetiva no tubo de PVC de ¾ in
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