Os impactos da construção civil ao meio ambiente
Por: Scarlat Carvalho • 23/11/2018 • Trabalho acadêmico • 1.809 Palavras (8 Páginas) • 261 Visualizações
Os impactos da construção civil ao meio ambiente, e o uso de práticas sustentáveis
Discente de Engenharia Civil: Nathan Barroso Pinheiro de Souza
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo dialogar sobre os impactos gerados pela construção civil no meio ambiente, e demonstrar que é possível empregar ferramentas e ideias novas e criaturas que possibilitam uma construção sustentável, diante do crescimento desenfreado das populações, vive-se o conflito da ocupação e da construção de maneira inadequada o que acarreta prejuízos ambientais, cerca de 80% da população brasileira reside nos grandes centros urbanos o que além de refletir na construção irregular, podem-se elencar diversos danos gerados tais como: a extração de materiais primas, execução, manutenção predial, demolição e destinação de resíduos, a poluição, a destinação irregular dos resíduos, o uso inadequado das fontes de matéria prima, o aumento do consumo de energia, o desperdício de água, o aquecimento global dentre vários outros reflexos. De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, existem três maneiras de emissão de gases de efeito estufa, que acontecem através da construção civil, sendo eles no uso de combustível fóssil na fabricação e transporte de materiais, na decomposição de calcário e outros carbonatos, a extração de madeira nativa, especialmente a não manejada (que serve tanto como material como combustível), além de seus danos serem de longa duração não encerrando com fim da obra.
Palavras-chave: Construção civil; Sustentável; Meio ambiente; Resíduos; Danos.
1.0 INTRODUÇÃO
Entende-se por construção civil as atividades de produção de obra, sendo consideradas atividades relativas ao planejamento e projeto, execução, e restauração de obras, gerenciamento. Enquanto construção sustentável segundo Araújo (2014) baseia-se em um modelo de desenvolvimento, que enfrenta os problemas ambientais, que atua de forma preventiva e recuperadora, mas que não abre mão à modernidade busca-se estratégias inovadoras e criativas que atuem no todo. Podendo ser estes o planejamento integrado, canteiro de obra, aproveitamento de recursos naturais, eficiência energética, gestão e economia de água, gestão dos resíduos, saúde e bem-estar, responsabilidade social dentre várias outras condutas.
- OBEJTIVO
O presente trabalho tem como objetivo analisar os impactos ambientais gerados pela construção civil, como também verificar os procedimentos e estudos realizados que possibilitem a redução desses danos e até mesmo o uso de práticas inovadoras que proporcionam uma construção sustentável.
- METODOLOGIA
Trata-se de um estudo bibliográfico de caráter exploratório pautado em livros, artigos, revistas, e acessos em sites, buscando analisar de forma crítica o mercado da construção civil e suas transformações evolutivas com o passar dos anos. O estudo procurou também conhecer práticas de sustentabilidade inovadoras que amenizassem ou solucionassem os impactos ao meio ambiente.
2.0 A CONSTRUÇÃO CIVIL E A SUSTENTABILIDADE
Em meio um século de revoluções e transformações sejam elas industriais e sociais, a construção civil representa de forma solida, o desenvolvimento financeiro dentro de um país, porém está realidade tem os mais diversos impactos ambientais, o que nos leva a buscar diariamente o uso de práticas que primem pelo crescimento sustentável e organizado, de acordo com Henrique Mendes presume-se que internacionalmenteentre 40% e 75% dos recursos naturais existentes são utilizados por este setor e enquanto no Brasil cerca de 25% do resíduos das industrias são gerados pela construção civil.
A construção civil pode representar também a valorização ou até mesmo a desvalorização de uma área. Existem leis e diretrizes que regulam os impactos a vizinhança e ao meio ambiente. A Lei nº 10.257 de 10 de julho 2001 estabelece diretrizes gerais de políticas urbanas, que determina a criação de planos nacionais, regionais e estaduais do território e do desenvolvimento econômico e social, como também o planejamento municipal que deverá primar pelo plano diretor, zoneamento ambiental, planos, programas e projeto setoriais dentre outros.
Em seu capitulo II trata sobre o estudo de impacto da vizinhança que define:
Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal. Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões: I - adensamento populacional; II - equipamentos urbanos e comunitários; III - uso e ocupação do solo; IV - valorização imobiliária; V - geração de tráfego e demanda por transporte público; VI - ventilação e iluminação; VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado.
O problema ambiental passou a ser tratado como uma questão mundial no ano de 1970, onde ocorre à grande crise do petróleo, em 1992 aconteceu a ECO-92, que debateu as mudanças ambientais sofridas, devido ao crescimento sócio econômico, permanecendo nessa linha de discussões a Agenda 21 traçou um programa de estratégias universal, que visava o desenvolvimento sustentável.
A partir, desses acontecimentos o problema ambiental, passa ser tratado como relevante por todas as camadas da sociedade, buscando-se o que é economicamente sustentável e ecologicamente possível, a Agenda 21 em sua programação estabeleceu que a construção civil devesse aderir medidas que propiciem a redução de impactos através de mudanças nos projetos de suas construções, o que seria introduzido pelo uso de energias alternativas, e diminuição na emissão de poluentes, o uso de materiais recicláveis, preservação de áreas verdes, utilização de iluminação natural dentre outros.
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