PREPARAÇÃO E ANÁLISE MICROESTRUTURAL - PARTE A - DETERMINAÇÃO DE TAMANHO DE GRÃO
Artigos Científicos: PREPARAÇÃO E ANÁLISE MICROESTRUTURAL - PARTE A - DETERMINAÇÃO DE TAMANHO DE GRÃO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: brunorez • 22/3/2015 • 683 Palavras (3 Páginas) • 353 Visualizações
O veículo jornalístico, embalado como mercadoria, precisa atingir o maior público possível para maximizar a razão retorno/investimento. A padronização desenvolvida para esses fins acabou transformando o jornalismo dos grandes grupos midiáticos em uma commodity. A produção e circulação de notícias dependiam de caros meios de produção, de sistemas de logística e da divisão do trabalho de grandes equipes. Hoje, com o barateamento e simplificação das formas de publicação na Internet, a informação se desgarra do imperativo industrial. É através da potencialização da comunicação, dos afetos, do trabalho voluntário, dos movimentos de colaboração e das interações em redes que o jornalismo vai se transformando no contexto da cibercultura. Esse é o percurso que constituirá o jornalismo em rede.
Hoje, com a digitalização dos processos de comunicação, o cenário é bastante diferente. A esfera global de notícias ultrapassou os limites impostos pelas tecnologias ponto-a-ponto (por exemplo, de uma antena de transmissão para outra de recepção, que amplifica o sinal e o retransmite para outra repetidora). Diferentemente dos centros monopolistas de transmissão que controlavam a circulação de informações, as redes digitais da contemporaneidade passam a ser caracterizadas por um fluxo não linear, que altera significativamente a forma do que chama de esfera global de notícias. As práticas jornalísticas de hoje envolvem um número maior de produtores e distribuidores de notícias, sendo que uma importante parcela destes não faz parte de organizações jornalísticas. Cada um dos participantes é um nó em uma densa rede de informações. A conexão interativa entre esses nós é o que a autora chama de “jornalismo em rede”. Este conceito visa descrever a revisão da forma organizacional de todo sistema midiático. Contudo o jornalismo em rede não é sinônimo de jornalismo digital, nem tampouco circunscreve-se à web, smartphones e tablets: jornais e revistas impressos, rádio e televisão também transformaram-se substancialmente na sociedade em rede. Tais trabalhos davam à interação entre participação cívica e ação jornalística. Apesar de reconhecer a pertinência das discussões sobre rearticulação das relações de trabalho impostas pelas tecnologias digitais e a crescente participação dos cidadãos no processo jornalístico, o jornalismo em rede é mais do que isso. O conceito é pensado em suas implicações estruturais, no sentido de abordar como o jornalismo se reorganiza globalmente.
Ao operar em uma rede global, onde cada veículo é um nó dessa malha interconectada, as organizações midiáticas sofrem transformações profundas. A estrutura anterior, razoavelmente estável, de fluxos controlados e lineares de informação, foi substituída por uma estrutura mais caótica: o que ocorre não é uma simples mudança de uma instituição para outra (de organizações jornalísticas para coletivos, por exemplo), mas a própria redefinição do que é notícia. Os seguintes exemplos ilustram bem como o jornalismo em rede opera segundo um funcionamento que se distancia das definições clássicas. As informações produzidas e publicadas por pessoas presentes em acontecimentos como o pouso forçado do voo 1549 da US Airways no rio Hudson em 2009 e a explosão de bombas em Mumbai em 2008 são um bom exemplo. Se atos espontâneos e colaborativos via smatphones e
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