PROJETO INCLUSIBILIDADE: INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE
Por: suzanemorais • 4/12/2016 • Trabalho acadêmico • 5.148 Palavras (21 Páginas) • 478 Visualizações
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: COLOQUE O NOME DELA
EQUIPE: SUZANE MORAIS E OUTROS, SE HOUVER
SE TIVER QUE SER INTEGRADOR VC COLOCA
PROJETO INCLUSIBILIDADE: INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE
Acessibilidade no Campus da UNIPÊ
Acesso às salas de aula
JOÃO PESSOA
2013
1. INTRODUÇÃO
“É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens” Constituição Federal, art.5°, XV.
Quando se fala em acessibilidade, logo se pensa nos espaços físicos adequados para receber e incluir as pessoas com necessidades especiais. E quando se pensa na acessibilidade em escolas, faculdades e instituições de ensino, de modo geral, o pensamento sobre acessibilidade não muda muito.
Acessibilidade significa então, inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, melhorando sua adaptação e locomoção. A acessibilidade é muito mais que rampas ou sinalizações, é a conscientização de que todos tem direito a igual oportunidade de uso, de forma imediata e permanente dos espaços, respeitadas as diferenças.
Portanto, no processo inclusivo, porém, devem-se ainda articular os procedimentos e os direcionamentos pedagógicos, despertando uma consciência social de respeito às diferenças de cada ser humano.
Assim, este projeto parte deste principio: pensar e proporcionar condições de acesso e de permanência destes indivíduos nos lugares em que desejam e precisem estar dentro do campus da UNIPÊ no tocante ao acesso das salas de aula.
Milhões de brasileiros não saem de casa porque não podem circular sem a ajuda de algum parente ou amigo. Segundo estimativas da ONU, para os países em estágio de desenvolvimento, como é o caso do Brasil, 10% da população, ou seja, aproximadamente 15 milhões de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência. Conforme os dados do IBGE, através do último Censo, 32,6 milhões de pessoas são portadoras de pelo menos um tipo de deficiência ou incapacidade, o que corresponde a 24,6% da população brasileira. Uma parcela da população que está marginalizada quando poderia estar atuando em condições de igualdade dentro da sociedade (BRASIL, 2010).
É importante destacar, ainda na perspectiva do IBGE, que a proporção de pessoas portadoras de deficiência aumenta com a idade e à medida que a estrutura da população está mais envelhecida, a proporção de portadores de deficiência aumenta, surgindo um novo elenco de demandas para atender as necessidades específicas deste grupo.
Em relação ao setor educacional, de acordo com os mais recentes dados do INEP (BRASIL, 2004, p.8), o número percentual de deficientes físicos matriculados em escolas públicas e privadas, no país, é baixíssimo, devido exatamente a falta de interesse destes deficientes em passar por humilhação, bullyng e desrespeito. Daí a real e urgente necessidade de rever esta situação.
1.1 Justificativa
O problema não é recente, a marginalização do processo produtivo afronta os deficientes em sua dignidade e os transformam em totais dependentes para situações, das mais simples do nosso cotidiano.
Por isso, justifica-se a pesquisa sobre a referida temática por ser de extrema utilidade para a dignidade da pessoa humana. E para a academia, uma das áreas que muito merece atenção é a formação da Engenharia Civil. Nela deve ser iniciada a conscientização quanto aos aspectos de uma eficiente e eficaz construção a serviço de todos, que permita atender a maior gama possível de pessoas ao mesmo tempo. Significa planejar ou projetar para a diversidade, buscar a universalidade usando a equidade aristotélica (tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente).
Quando se volta essa discussão para a área da educação, fica claro que sem instalações adequadas não pode haver trabalho educativo. O prédio, a estrutura física é preliminar para qualquer programa educacional.
Esta pesquisa tem em si como intenção maior analisar as instalações do campus da UNIPÊ no tocante ao acesso às salas de aula, no sentido de visualizar adaptações estruturais, para que seu uso possa ser estendido a todas as pessoas com deficiências físicas, de modo que elas tenham condições e oportunidades de assumir responsabilidades e exercer direitos iguais aos de todos os outros membros da sociedade.
Para as pessoas sem problemas de locomoção as barreiras passam despercebidas, mas nossas construções são injustas para com aquela parcela da população.
De toda sorte, como desenvolver a Educação Inclusiva dentro de uma realidade social que exclui boa parte da população?
Muitas são as questões que circundam este tema de estudo. É sabido que numa sociedade capitalista centrada nas questões de lucratividade, discutir e promover espaços de inclusão e integração social de pessoas que não correspondem ao perfil produtivo esperado é algo ainda polêmico e de pouca expressão social. Contudo, muitos movimentos vêm sendo feitos no sentido de reverter este quadro. Não se pretende aqui usar de filosofia ou demagogia,
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