Pesquisa Operacional
Ensaios: Pesquisa Operacional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luizpaper • 2/3/2015 • 1.023 Palavras (5 Páginas) • 291 Visualizações
All,
Achei bem interessante este artigo.
Abraços e boa leitura
As descobertas de uma professora disfarçada de caloura universitária
The New York Times
16:05 23/08
Diana Jean Schemo
FLAGSTAFF, Arizona - Por que será que os estudantes universitários parecem alérgicos aos debates intelectuais? Por que todos parecem sair correndo no instante em que a aula acaba? Eles namoram? O cachorro realmente comeu suas lições de casa?
Leia abaixo o texto
Todos esses julgamentos disfarçados de perguntas começaram a intrigar Cathy A. Small, professora de Antropologia. Ela percebeu que já havia ouvido histórias semelhantes na sua época de estudante, 30 anos atrás.
Mas ao invés de ceder à alienação que suas questões sugeriram, Small, uma mulher compacta e energética, foi procurar respostas em seu kit antropológico. Usando o pseudônimo de Rebekah Nathan, ela se matriculou como caloura na Northern Arizona University no ano de 2002, determinada a aplicar as mesmas técnicas que utilizava quando estudou as sociedades tribais, a fim de entender melhor os 18 mil alunos no campus em que leciona.
"Usei minha alienação como trampolim para este projeto", disse. "Não era apenas observar os alunos, e sim me tornar um deles e saber de onde vinham".
Small enxergava seu estudo como um "livro bem pequeno", porém "My Freshman Year: What a Professor Learned by Becoming a Student" (Meu Primeiro Ano: O que uma Professora Aprendeu ao se Tornar Aluna) já foi reimpresso cinco vezes. Uma edição em papel jornal, lançada pela Penguin Books nesse mês, esgotou suas 14.500 cópias em uma semana.
"Existe uma corda que arrebentou", disse Small durante um jantar, onde comeu canja tailandesa, com cogumelos e leite de coco, uma mistura que traz lembranças de seus anos no Pacífico Sul, onde morou em Tonga. "As pessoas estão dispostas a discutirem esse assunto".
Seu livro mostoru os alunos de hoje "não como elites, não tão preparados" para a faculdade como as gerações anteriores, e entupidos de dívidas. "Eles são mais práticos em sua educação", declarou.
De perto, ela descobriu que os alunos podem ser intelectualmente engajados, porém, ao invés de se engajarem em discussões políticas e filosóficas, tendem a conversar mais sobre como completaram tarefas específicas, muitas vezes com o mínimo esforço. Eles enxergam a socialização no campus como premissa crucial, e os desafios acadêmicos e intelectuais como questões meramente secundárias em sua educação.
"Acredito que as pessoas estão mais engajadas do que parecem, mas existe uma pressão para mostrarem desinteresse no lado acadêmico da vida", disse Small.
Os alunos também parecem indiferentes à valores como diversidade.
Ainda que a universidade seja uma "experiência limiar" - um local de potencial criativo enorme, onde novas identidades podem ser forjadas e destinos transformados - ela encontrou uma ênfase penetrante no conformismo e no cinismo.
Small, uma nativa do Brooklyn que pratica tanto o judaísmo quanto a meditação budista, fez seu doutorado sobre o impacto da imigração nas pessoas de Tonga.
Para conduzir a pesquisa, ela morou na ilha por três anos, participando de uma cooperativa de mulheres que faziam tecidos usando a cortiça de uma árvore chamada tapa. Um grande pedaço desse trabalho fica pendurado em sua casa, visível da sala no andar de baixo.
Escrever seu livro não foi a primeira vez em que Small usou sua experiência antropológica numa situação da vida moderna.
Em 1993, ela criou um catálogo para ajudar tribos nativas americanas a comercializarem seus artesanatos sem intermediários.
Em "My Freshman Year", Small chamou a universidade de AnyU, descrevendo-a como uma universidade pública de porte médio, não particularmente seletiva. Um repórter do The New York Sun juntou as peças e dicas em seu
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